08/10/2013

Campanha na internet convida pessoas para conhecer o satanismo



Roupas pretas com capuz, velas, pentagramas de fogo e cruzes invertidas. Essa provavelmente é a primeira imagem que as pessoas têm em mente quando ouvem a palavra satanismo. Desde 1 de outubro, uma campanha publicitária na internet convida as pessoas a descobrirem que o satanismo também é para “pessoas normais”. Usando vídeos com entrevistas de homens e mulheres que afirmam seguir a Satanás, além da hashatg #discoversatanism nas redes sociais. Cartazes com o endereço do site www.discoversatanism.com colados nas ruas de grandes cidades divulgam o endereço.
“Ele está entre nós desde a origem do mundo. Ele nos respeita e não deseja nos mudar… Satanás ama a todos, não há nada a temer”, afirma Daniel, o primeiro a testemunhar nos vídeos oficiais da campanha, chamados Ordinary People [Pessoas normais]. Nos outros vídeos vemos Ivetken, uma menina com cerca de 7 anos olhando para a câmera e dizer: “Satanás é meu amigo. Conto a ele todos os meus problemas”.
Dan e Kyle, um “casal gay” inglês afirma estarem acostumados a sofrer discriminação. Eles dizem ser satanistas, pois “é apenas mais uma escolha” que fizeram e não têm do que se envergonhar. Um motorista de Taxi chamado Bashir diz ouvir o Diabo dizendo a ele o tempo todo “Eu te amo. Eu te quero” e por isso “deveríamos abrir nosso coração para Satanás”.
Também há o relato da espanhola Flor, contando que Deus a abandonou quando ela orou para que seu pai não morresse. Após ele falecer, ela encontrou consolo no satanismo. O chinês Jun diz que no satanismo pôde conseguir tudo que desejava agora. “Por que esperar por uma nova vida?”, questiona. O casal Josh e Amelia afirmam que enquanto muitos pais ensinam os filhos a seguir a Deus, eles ensinarão o seu a obedecer Satanás, “adorando seu verdadeiro Senhor”. Por fim, a dona de casa Molly afirma que “essa é a hora dos satanistas” no mundo.
Uma pesquisa na internet mostra que, oficialmente, seria uma campanha para promover o festival de filmes de terror de Sitges, na Espanha. O site não deixa isso claro e, de fato, tem uma versão em espanhol, assim como os vídeos. Caso realmente seja uma campanha publicitária tentando “viralizar” é potencialmente perigosa. A grande maioria das pessoas que acessarem o vídeo ou lerem o conteúdo do site não perceberão isso. Além disso, parece estranho que não existem mais limites éticos na publicidade, que estaria apelando para algo tão sério para popularizar (ainda mais) filmes de terror, que normalmente já tratam de demônios e temas ocultistas.

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