17/10/2013

Governador do diálogo, Marconi Perillo, recebe trabalhadores sem terra no palácio.


Uma comissão representativa dos integrantes dos movimentos sociais ligados ao campo que ocuparam as dependências externas da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, na desta quarta-feira (16), foi recebida no final da tarde pelo governador Marconi Perillo. O encontro só foi possível depois que os manifestantes aceitaram deixar a sede da Sefaz em troca de uma reunião com o governador, os secretários da Fazenda, José Taveira, e da Segurança Pública, Joaquim Mesquita, além do chefe do Gabinete Militar da Governadoria, coronel Adailton Florentino.
A manifestação de hoje marcou, em todo o mundo, o Dia Internacional da Alimentação. Ocupações, como a ocorrida em Goiânia, foram registradas em todos os estados brasileiros e em praticamente todos os países de todos os continentes.
Cerca de dez representantes dos camponeses discutiram, com o governador e equipe, uma extensa pauta de reivindicações, que vai desde melhorias em estradas, saneamento básico, moradias, educação e cultura, até a concessão de crédito para a produção. “Eles estão querendo fixar suas famílias no campo, um movimento inverso ao que ocorre hoje no mundo, quando muitos querem deixar a zona rural para se estabelecer nas cidades. Portanto, é um movimento que tem um objetivo muito nobre”, declarou o governador durante entrevista coletiva à imprensa.
Marconi afiançou que muitas das reivindicações apresentadas poderão ser atendidas. Outras, precisam ser melhor avaliadas. “Vamos verificar o que é possível fazer dentro da legislação”, informou à comissão.
Para que todos os itens da pauta possam ser analisados em detalhes, o governador definiu no encontro a criação de um grupo de trabalho. Em nome dele, o grupo vai coordenar um diálogo permanente com os representantes das entidades. Coordenado pelo superintendente Executivo da SSP, coronel Edson Araújo, e pelo secretário da Agricultura, Antônio Flávio de Lima, o grupo irá discutir as demandas “para que possamos, num curto espaço de tempo, atender aquelas reivindicações que estão ao nosso alcance”, afirmou Marconi.
Na avaliação dele, a conversa foi respeitosa. “Foi uma manifestação pacífica e ordeira. E por isso fizemos questão de recebê-los aqui no Palácio das Esmeraldas, para juntarmos forças no sentido de atender tudo aquilo que estiver ao alcance e for da alçada do Governo do Estado”, salientou.
“O mais importante – prosseguiu o governador – é que nós estamos abrindo um diálogo para buscar resultados que fixem essas pessoas no campo e deem a elas condições de trabalhar com dignidade. Não adianta doar terra sem dar condições para que elas produzam. Tudo o que pudermos fazer para fixação de pessoas no campo, nós procuraremos fazer. As cidades estão inchadas, as pessoas estão com dificuldades para conseguir bons empregos. Todos nós – governos federal, estaduais e municipais – precisamos estabelecer políticas públicas que deem condições a essas famílias de se organizarem no campo. Isso será bom para todos”, finalizou.
O presidente da Fetaeg, Alair dos Santos, disse que o movimento vai avaliar o resultado do encontro. “Podemos adiantar que é um sinal que o governador nos dá no sentido de discutir a pauta, atender alguns pontos. O importante é que o governador, sob seu comando, abre um processo de negociação que nos permite discutir o que será possível fazer para que possamos retomar as discussões num período mais breve possível”.

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