07/12/2013

Preso há 20 dias, o mensaleiro Delúbio está ansioso para começar a trabalhar. Agora ele quer trabalhar?


Delúbio preso
Preso desde o último dia 16 no presídio da Papuda em Brasília, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares está pronto para começar a trabalhar. Após receber proposta para atuar no atendimento aos sindicalizados da CUT (Central Única dos Trabalhadores), com salário entre R$ 4.000 e R$ 5.000, ele aguarda autorização da Justiça. Segundo o advogado de Delúbio, Arnaldo Malheiros Filho, ele se mantém firme na cadeia enquanto espera a decisão.
— Delúbio é um cara muito forte, não se deixa abater, então ele está enfrentando bem tudo isso. É melhor trabalhar do que ficar na cela. Além disso, ele vai trabalhar em Brasília, e já indicamos quem serão os responsáveis pela fiscalização do trabalho dele.
Semiaberto 
De acordo com a Lei de Execução Penal, condenados que cumprem pena no regime semiaberto podem trabalhar dentro do presídio, em oficinas de marcenaria e serigrafia, por exemplo, ou externamente, em uma empresa que contrate detentos.  O juiz da VEP (Vara de Execuções Penais) Mario José de Assis Pegado determinou que a Seção Psicossocial avalie a proposta de trabalho e elabore um relatório sobre a idoneidade do pedido da defesa de Delúbio. Malheiros está otimista.
— Estamos aguardando a decisão. Na verdade, não sei se tem um prazo, mas sei que o pedido será atendido rigorosamente na ordem e, pelo que parece, tem bastante. Mas vai dar certo, Delúbio tem uma grande experiência no assunto, tem qualificação. O ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto no processo do mensalão. Delúbio chegou a pedir transferência para São Paulo, para ficar perto da mulher Mônica Valente, mas ela não quis. Mônia o visita com frequência na Papuda e, segundo Malheiros, Brasília é melhor do que São Paulo para Delúbio.
— Em São Paulo, ele teria que ficar numa cadeia no interior e arrumar um trabalho lá. No regime semiaberto em Brasília é melhor. 

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