18/05/2015

Folha de São Paulo: Ronaldo Caiado põe o senado para pagar funcionário que administra 07 fazendas suas


O senador Goiano, Ronaldo Caiado (DEM), um dos mais duros críticos dos governos do PT e tido como paladino da moralidade está caindo em desgraça na política nacional. O jornal Folha de São Paulo traz nesta segunda-feira, 18/05, matéria que é uma verdadeira bomba na reputação de Caiado. Segundo o jornal o senador do DEM usa de forma ilegal estrutura do Senado Federal para beneficiar negócios particulares seus e de sua família. O jornal informa que Ronaldo Caiado usa funcionária do senado para cuidar de suas 07 fazendas em Goiás e de outras propriedades de seu irmão.
Confira na íntegra a matéria da Folha de São Paulo!
Pouco antes das 14 horas do dia 9 de abril, a servidora do Senado Meiry Rosa de Oliveira, nomeada pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), cumpriu sua rotina de parar o carro no estacionamento privativo e abrir o cadeado do escritório localizado em uma casa na rua 26, em Goiânia (GO), onde trabalha.
Duas semanas depois, a Folha encontrou a assessora novamente no local.
O escritório político informado por Caiado à direção do Senado, porém, fica em outro endereço. Pelas regras da Casa, assessores dos senadores nos Estados devem trabalhar nos escritórios políticos indicados previamente ao Senado pelos congressistas.
O prédio em que Meiry atua é o escritório de apoio às fazendas de Caiado, também frequentado por seu irmão, Rondon, que, segundo a assessoria do senador, auxilia na administração das propriedades rurais da família. Caiado declara ter sete fazendas no interior de Goiás. Segundo Meiry, o escritório particular também é usado para cuidar dos negócios do senador do DEM. “Escritório financeiro dele, no geral. (…) Cuida de todas as finanças, de todos os pagamentos dele.” 
“Então, esse assunto, onde ela fica, isso é uma coisa muito relativa. Ela despacha comigo na minha casa, despacha comigo no escritório político, despacha comigo no escritório [em] que você viu meu irmão. Agora, falar que ela é fixa naquele local, isso não procede”, disse. Em entrevista à Folha, Caiado disse que o escritório das fazendas não é o local fixo de trabalho da assessora.
Caiado confirmou que o escritório frequentado por Meiry também cuida dos assuntos das fazendas. “Ali, eu e meu irmão, nós temos vários negócios de família, (…) assuntos que ficaram em comum”, disse o senador.
Caiado também informou que tem nove assessores morando em cidades do interior do Estado. Segundo o senador, eles encaminham relatórios de trabalho e periodicamente vão a Goiânia para participar de reuniões.
Funcionária irregular de Ronaldo Caiado
ESPALHADO
O gabinete dividiu o Estado em nove regiões, nas quais vive e trabalha cada um dos assessores. Em ofício ao Senado em março, Caiado informou que mantém apenas um escritório de apoio em Goiás, na rua 1.130, em Goiânia, a cerca de 2 km do escritório das fazendas.
Em 2009, após o escândalo dos atos secretos, o Senado procurou moralizar a situação dos assessores nos Estados. Em ato próprio, a Comissão Diretora estabeleceu que os senadores podem criar “escritórios de apoio” nos Estados, mas os endereços precisam ser comunicados por escrito.
O ato não prevê punições, no entanto deve ser obedecido por todos os gabinetes. Em caso de descumprimento, o Ministério Público pode ajuizar ações de improbidade e buscar ressarcimento aos cofres públicos.
Folha indagou ao Senado onde devem trabalhar assessores dos senadores nos Estados. A Casa respondeu: “O servidor deve prestar serviços nessa unidade ou, alternativamente, em outra, caso o senador tenha mais de uma unidade no Estado”.
Falando em tese, sem saber do caso concreto, três senadores disseram à reportagem que o Senado impede que assessores vivam e trabalhem em municípios que não contam com escritórios políticos previamente informados à Casa.
OUTRO LADO
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) negou que a assessora Meiry Oliveira e outros nove assessores que trabalham no interior de Goiás estejam em situação irregular.
Caiado disse que os assessores do interior costumam ir ao escritório político, em Goiânia, para reuniões periódicas. Os encontros não são semanais. “Não toda segunda-feira. Isso é impossível. Nós temos pessoas que estão a 400 km de distância, outros estão a 300 km de distância. Mas todos têm que prestar contas a esse escritório central”, disse o senador.
Meiry, segundo Caiado, “é ajudante de ordens. Como tal ela cumpre toda essa função e essa prerrogativa de poder acompanhar toda minha atuação lá dentro da Casa como também de prestar contas daquilo que eu tenho que prestar ao Senado Federal”.
Segundo a assessoria do parlamentar, o trabalho dos assessores no interior do Estado é “feito em consonância com o escritório político, onde eles se reúnem frequentemente”. Os assessores têm como tarefa “estabelecer contatos com lideranças urbanas e rurais dessas cidades, ouvindo demandas e necessidades das comunidades da região, levantando as áreas mais carentes para a destinação de emendas parlamentares”, assim como “coordenar visitas, junto com o escritório político do senador, às cidades representadas por cada um”.
A assessoria do senador apresentou à Folha a resposta a uma “consulta” ao Senado sobre o assunto. “Lendo atentamente o texto abaixo e baseado nas considerações contidas, podemos atestar que os procedimentos estabelecidos pelo ato que rege a matéria estão sendo cumpridos”, respondeu a Coordenação de Registros Parlamentares e Pessoal Comissionado.
Porém, a dúvida encaminhada pela assessoria à coordenação é diferente das dúvidas formuladas pela Folha. Segundo o texto da assessoria, “foi definido um escritório na capital do Estado, em Goiânia, que centraliza e coordena a atividade dos servidores que por sua vez visitam os municípios e viabilizam os interesses políticos do Senador em todo o território do Estado de Goiás”.
Conforme manifestações anteriores do próprio Caiado, o que ocorre é o contrário, os servidores moram no interior e periodicamente vão à capital goiana.

Denúncia: CBF vendeu a Seleção Brasileira a empresários


seleção brasileira de futebol não é do Brasil. Os contratos secretos da CBF com empresários que lucram milhões de dólares com realização de amistosos deram a investidores estrangeiros o controle total sobre a maior seleção da história, sequestrando a emoção do torcedor para garantir lucros e transformando os jogadores em meros atores de uma indústria do entretenimento.
Pelos acordos, a lista de convocados precisa atender a critérios estabelecidos pelos parceiros comerciais e qualquer substituição precisa ser realizada em “mútuo acordo” entre CBF e empresários. O contrato deixa claro: o jogador que substituir um “titular” precisa ter o mesmo “valor de marketing” do substituído.
As condições fazem parte de minutas de contratos secretos obtidos pela reportagem do jornal Estado de S. Paulo e que revelam, de forma inédita, como a CBF leiloou a seleção brasileira em troca de milhões de dólares em comissões a agentes, cartolas, testas de ferro e o envolvimento de empresas em paraísos fiscais, longe do controle da Receita Federal brasileira.
Desde 2006, a CBF mantém um contrato com a companhia ISE para a realização dos amistosos da seleção. O acordo foi mantido em total sigilo por quase 10 anos. Documentos obtidos pela reportagem revelam agora que a ISE é uma empresa de fachada com sede nas Ilhas Cayman. Não tem escritório nem funcionários. É mera Caixa Postal, número 1111, na rua Harbour Drive, em Grand Cayman. A ISE é apenas uma subsidiária do grupo Dallah Al Baraka, um dos maiores conglomerados do Oriente Médio, com 38 mil funcionários pelo mundo.
Em 2011, esse contrato de 2006 foi renovado por 10 anos pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em um encontro em Doha, no dia 15 de novembro. Ele seria oficializado no dia 27 de dezembro daquele ano. Entre 2006 e 2012, a ISE sublicenciou a operação para a Kentaro, companhia que passou a implementar cada partida da seleção com base no acordo.
Em 2012, o contrato de operação passou para as mãos da Pitch International, depois de uma negociação com a ISE e a CBF, que continua em vigência.
Nos primeiros acordos e emendas entre a CBF e a ISE, os termos não faziam qualquer menção às regras para a convocação de jogadores. Tudo mudaria em 2011. Os aspectos esportivos foram colocados em segundo plano. Trata-se, acima de tudo, de um esquema para explorar a marca da seleção em todos os seus limites, independentemente do resultado em campo ou do significado de uma partida para a preparação do time.
Convocados 
Pelo acordo secreto, ficou estipulado que a seleção deveria entrar em campo sempre com seus principais jogadores, sem qualquer possibilidade de testar jovens promessas ou usar amistosos para preparar o grupo olímpico. “A CBF garantirá e assegurará que os jogadores do Time A que estão jogando nas competições oficiais participarão em qualquer e toda partida”, disse o artigo 9.1.
Qualquer violação desse acordo significa pagamento menor de cota. “Se acaso os jogadores de qualquer partida não são os do Time A, a taxa de comparecimento prevista nesse acordo será reduzida em 50%”, estipula o contrato. Por jogo, a CBF sai com US$ 1,05 milhão (R$ 3,14 milhões) se seguir o acordo.
Caso um jogador seja cortado por contusão, por exemplo, a CBF precisa provar com um certificado médico aos empresários da ISE que o atleta não tem condições de jogar. “Qualquer alteração à lista será comunicada por escrito à ISE e confirmada por mútuo acordo. Nesse caso, a CBF fará o possível para substituir com novos jogadores de nível similar, com relação ao valor de marketing, habilidades técnicas, reputação”.
Para deixar claro o que significa “Time A”, a ISE alerta que não aceitaria o que ocorreu em novembro de 2011 quando o Brasil foi ao Gabão e depois a Doha para enfrentar o Egito. Na época, o então treinador, Mano Menezes, não contou com Neymar, Paulo Henrique Ganso, Lucas, Marcelo, Kaká e Leandro Damião, nomes da lista original para os amistosos.
No novo contrato (o que passou a valer em dezembro daquele ano e vai até 2022), a empresa deixou claro que tal situação passaria a ser punida com uma redução em 50% do cachê pago. Além disso, todos os direitos de transmissão, copyright ou qualquer outro aspecto ficam sob controle total da empresa de fachada registrada nas Ilhas Cayman. Em um dos artigos do contrato, fica ainda estipulado que, mesmo que o acordo for suspenso, os direitos de copyright são mantidos sem data para acabar. Qualquer violação significa que a CBF teria de pagar uma multa de US$ 1 milhão.
O contrato ainda prevê que os períodos de preparação da seleção brasileira para as Copas de 2018 e 2022 também serão de exploração exclusiva da ISE. O acordo ainda termina com termo bem claro: confidencialidade. “Todos os termos e condições deste acordo serão tratados pelas partes como informações confidenciais e nenhuma das partes os divulgará”.
Guerra
Os documentos também revelam uma guerra interna na CBF pela fatia mais importante dos lucros. Quando Ricardo Teixeira assinou o novo acordo com a empresa de Cayman, ele já planejava sua saída da entidade, passando o controle para José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Mas o que se viu na transição de poder dentro da CBF foi um braço de ferro que seria vencido por Teixeira, mesmo já fora da entidade.
E-mails confidenciais obtidos pela reportagem revelam que Marin e Del Nero, o atual presidente da CBF, estavam negociando um novo contrato com a Kentaro, que oferecia aos parceiros valores superiores aos que estavam sobre a mesa, deixados por Teixeira.
Quem convenceu Marin e Del Nero a se lançar na ofensiva foi o Grupo Figer que, conforme mostram documentos, atuando apenas como intermediadora entre Kentaro e CBF, ficaria com US$ 132 milhões por permitir mais de 100 jogos da seleção entre 2012 e 2022 – valor superior ao que a CBF levaria com base no contrato da ISE.
Todos os detalhes fazem parte de uma ação judicial. De acordo com o relato dos fatos, documentos e e-mails juntados no processo, a renegociação dos acordos para realização dos amistosos teria começado logo depois da renúncia de Teixeira, no dia 8 de março de 2012.
Naquele momento, Juan Figer e seus filhos André e Marcel decidiram que o fim da “era Teixeira” poderia ser ocasião para passar a fazer parte dos intermediários que lucrariam com a seleção. O encarregado de falar com Del Nero foi Marcel Figer.
Ainda de acordo com os fatos relatados no processo, encontros se proliferaram na residência de Marin, na rua Padre João Manuel, esquina com Alameda Franca, em um flat de Del Nero em São Paulo, em hotéis em Londres e Budapeste e até na Federação Paulista de Futebol (FPF).
Depois de uma série de discussões, a Kentaro, o Grupo Figer, Marin e Del Nero fixaram encontro em Londres, em 25 de abril de 2012, no hotel Claridge. Em 2 de maio, e-mail enviado por Phillip Grothe, CEO da Kentaro, resumia o encontro e traçava as soluções e estratégias para o sucesso da empreitada.
Para que pudessem montar uma proposta que derrubasse o acordo da ISE, um dos sócios do Grupo Figer, Marcel, pediu e obteve de Del Nero uma cópia traduzida do contrato sigiloso entre a entidade e os sauditas, justamente para servir de base para o novo contrato a ser fechado com a Kentaro. O documento foi mostrado por Del Nero a Marcel em um encontro na sede da FPF, no dia 3 de maio de 2012. No dia seguinte, Marcel e Juan Figer foram ao apartamento de Marin e conseguiram dele sinal verde para tocar o acordo.
Contra-ataque
Mas Teixeira não estava disposto a ver a arquitetura que montara na CBF desabar. No dia 19 de maio de 2012, ele viajou até a Alemanha para um encontro com Marin e Del Nero. Ambos estavam em Munique para a final da Liga dos Campeões da Europa, vencida pelo Chelsea. Teixeira, para não ser visto pela imprensa, ficou em uma cidade mais afastada.
Ainda assim, as negociações para mudar o parceiro da CBF teriam sido mantidas. No dia 21 de maio, o advogado do Grupo Figer, Alexandre Verri, elaborou a minuta do contrato entre Figer e Kentaro. Uma semana depois, uma versão final chegou aos interessados. Entre os itens do acordo estava a comissão de US$ 132 milhões que a Kentaro pagaria para o Grupo Figer.
Mas a renovação pretendida pela Kentaro não vingou. Em 16 de agosto de 2012, um acordo da CBF foi anunciado com a empresa Pitch International, depois de intermediação de Teixeira com os sauditas da ISE. A empresa que jamais havia organizado um jogo de futebol sequer, passaria a operar as partidas da seleção como subcontratada da ISE. O esquema montado por Teixeira estava preservado. Mesmo fora da CBF, continuou mandando na seleção ao lado de seus parceiros comerciais. E isso tudo até 2022. 

17/05/2015

Pecuária: Marconi anuncia criação do batalhão rural da PM


Seguindo a tradição, o governador Marconi Perillo visitou, na tarde deste sábado, a 70ª Exposição Agropecuária de Goiás e se reuniu com a diretoria da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e com representantes de outros segmentos do agronegócio. Marconi anunciou a criação de um batalhão rural da Polícia Militar, em atendimento às reivindicações das lideranças presentes.
Marconi dialogou e ouviu reivindicações com representantes de entidades e produtores rurais. Mostrando agilidade e interesse, o governador ligou, durante a reunião, para o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, para determinar providências em relação às reivindicações das entidades.
“Quando terminar este mandato, a malha viária de Goiás será a melhor do Brasil“, garantiu o governador, que autorizou a Secretaria de Segurança Pública de Goiás a criar um batalhão rural daPolícia Militar.
Marconi anunciou ainda que vai terminar todas as duplicações este ano e que vai entregar o Centro de Excelência e o Hugo 2. “Vão faltar apenas 13 km para finalizar a duplicação para a Cidade de Goiás“, afirmou.
“O governador sempre prestigia o evento e se mostra disposto e aberto para ouvir e conversar”, disse o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, que elogia ainda o trabalho do Governo de Goiás na recuperação e construção de novas rodovias.
Presidente da SGPAHugo Goldfeld elogiou o trabalho da Polícia Militar na garantia da segurança da exposição e agradeceu o apoio na realização da exposição.
Antes de se reunir com lideranças do meio rural, Marconi visitou o pavilhão da Associação Goiana do Tabapuã, atendeu pedidos de fotos e conversou com os presentes.

16/05/2015

Site criado para atacar Marconi Perillo está registrado em nome do PMDB de Guapó


O site de ataques ao governador Marconi Perillo, intitulado Goiás Real, tem o seu domínio na internet registrado no nome do Diretório Municipal do PMDB de… Guapó. Criado há um mês, o Goiás Realrepete o conteúdo da campanha de Iris Rezende, na campanha passada, quando o velho cacique peemedebista, em entrevistas, discursos e no seu programa de televisão, costumava repetir cansativamente que Goiás “estava um caos” e que o Estado “havia acabado”. A solução, naturalmente, seria a eleição de Iris, mas o mote não convenceu o eleitorado, que reelegeu Marconi Perillo pela quarta vez e deu ao candidato do PMDB a pior votação dentre todos os pleitos que disputou – e perdeu – com o tucano. Agora, o Goiás Real volta a bater na tecla de que “Goiás está um caos”.


Além de estar registrado no nome do PMDB de Guapó, o Goiás Real tem outra peculiaridade: o responsável técnico pelo site é um sobrinho do deputado estadual Adib Elias – de nome Carlos Cesar Elias Filho. A sustentação financeira seria fruto de uma”vaquinha” entre os deputados do PMDB na Assembleia. Outro detalhe interessante do tal Goiás Real é que em apenas alguns dias foram publicadas 110 notas exaltando a ação parlamentar do deputado peemedebista, José Nelto.