O município de Orizona, distante pouco mais de 100 km da capital, inaugurou nesta sexta-feira, dia 27, o novo presídio do município. A obra é um projeto do diretor do Foro da Comarca de Orizona, juiz Ricardo de Guimarães e Souza, que, em 2006, idealizou uma parceria entre a comunidade, a Justiça e entidades de classe.
A unidade foi construída com recursos de entidades de classe e comunidade. A partir de agora, o Governo de Goiás passará a gerir a unidade com estrutura necessária.
A nova unidade tem capacidade para 70 vagas e o investimento total é de mais R$ 934.393,79. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), será responsável por ceder servidores, além de custear a alimentação dos detentos e fazer a gestão geral da unidade.
O ato solene contou com as presenças do vice-governador José Eliton, secretário interino de Segurança Pública, coronel Edson Costa, procurador-geral do Ministério Público, Lauro Machado, deputados Célio Silveira e Diego Sorgatto, além de representantes do Poder Judiciário e autoridades estaduais e municipais.
José Eliton, que representou o governador Marconi Perillo na solenidade, elogiou a iniciativa do magistrado e disse que o município “se torna referencial para o Estado e para o País” pelo exemplo de parceria desenvolvida para construção do presídio. Segundo ele, “não existe segurança pública eficiente em nenhum país do mundo se não tivermos o sistema penitenciário adequado”.
Ainda segundo o vice-governador, “é preciso discutir a questão de segurança pública com maturidade, debater um tema que é complexo sob todas as naturezas”. Para ele, “a possibilidade de a iniciativa privada fazer a gestão dos presídios e os marcos regulatórios são temas que precisam ser avaliados pela sociedade brasileira”.
Emocionado, o juiz Ricardo disse que a obra é a concretização de um sonho de 10 anos. “Temos que ser agenciadores de mudanças na nossa sociedade”, discursou.
Novo presídioA nova unidade tem capacidade para 70 vagas, sendo duas celas de triagem, com três vagas cada uma, e
oito de reclusão, com espaço para oito detentos em cada.
O projeto teve início em fevereiro de 2006, depois da primeira reunião com a comunidade, e as obras começaram em 9 de maio de 2016.
Os investimentos são de origens diversas como doações do Sindicato Rural, Câmara de Vereadores, Prefeitura Municipal, pessoas físicas, além de recursos provenientes de transações penais e multas ambientais.