Rincón não acredita que Iris tenha condições de se candidatar a prefeito de Goiânia em 2016
O presidente da Agetop ( Agencia Goiana de Obras Públicas e Transportes), Jayme Rincón, foi o entrevistado desta semana pelo Clube de Repórteres Políticos de Goiás. Segundo Jayme, não há como o atual grupo liderado por PT e PMDB que comanda Goiânia há 12 anos, fugir da comparação das gestões de PT/PMDB com as gestões tucanas em Goiás e mesmo em Goiânia.
Rincón afirmou que é necessário mostrar como era Goiás antes e como é depois deMarconi Perillo, e da mesma forma tem que mostrar ao goianiense como era a Goiânia deixada por Nion Albernaz e como será a Goiânia deixada por Paulo Garcia. Essa comparação prova o quanto o modelo de gestão do PT e do PMDB é fraca e o quanto ela perde para o grupo liderado por Marconi Perillo. E olha que ainda temos R$ 1 bilhão planejados para outros investimentos e obras em 2015″, pontuou Jayme.
Disputa de 2016 em Goiânia
Diante do caos administrativo em Goiânia, e pelo histórico das últimas eleições na capital, Jayme Rincón afirma que está mais que na hora do PSDB ter candidato a prefeito na capital. O PSDB tem nomes muitos fortes para a disputa, lembrou o tucano. Fábio Sousa, Giuseppe Vecci, Delegado Waldir, João Campos são alguns dos muito qualificados para disputar a eleição em 2016 em Goiânia, apontou Jayme sem se inserir neste contexto. “O PSDB terá em 2016 candidato para disputar e vencer as eleições, independente de quem saia pela situação”, previu.
Sobre uma possível disputa contra Iris Rezende (PMDB) em Goiânia, Jayme Rincón disse que isso é pouco provável, uma vez que Iris afirmou na campanha eleitoral de 2014 que aquela seria sua última disputa. Jayme disse ainda que Iris é candidato de uma nota só e que ninguém o aguenta mais. Jayme deixou claro a diferença entre seu grupo e o grupo de Iris quanto a realização de obras. “Há uma grande diferença: Iris e seu grupo só pensam em dividendos políticos e no imediatismo. Por isso fazem obras sem nenhuma qualidade e muito caras para os cofres públicos. Nós fazemos obras de qualidade, economizando R$ 500 milhões com a média de 16% de desconto nas licitações,.”
Gestão de Paulo Garcia
Jayme Rincón foi chamado a falar da gestão de Paulo Garcia em Goiânia. “A cidade vive hoje talvez o seu pior momento. Nunca esteve tão mal cuidada e tão abandonada como agora. Mas não podemos atribuir isso exclusivamente ao atual prefeito. Está assim por conta de um grupo que está aí há mais de 12 anos”, apontou. O presidente repetiu várias vezes que a responsabilidade não recai apenas sobre Paulo Garcia.
Jayme Rincón jogou pesado ao analisar a relação do prefeito com a oposição. “Ele acha que tudo é conspiração, tentativa de inviabilização ou desestabilização da sua gestão”, comentou, se referindo à eleição da mesa diretora da Câmara dos Vereadores e à derrota ao projeto de reajuste de IPTU/ITU. “A cidade vive hoje talvez o seu pior momento. Nunca esteve tão mal cuidada e tão abandonada como agora. Mas não podemos atribuir isso exclusivamente ao atual prefeito.”
Segundo ele, Paulo Garcia deveria ter feito o dever de casa, com a reforma administrativa. “Que enxugue a máquina, que é inchada e ineficiente, para, depois, ver o que sobra”, sugeriu. Sobre a ajuda que o governo de Goiás acertou com a prefeitura de Goiânia para resolver a crise do lixo no ano passado, Jayme Rincón lembrou que a prefeitura de Goiânia enviou uma conta bancária errada e inválida para o recebimento dos recursos. Com isso, perdeu o tempo determinado pela legislação e a ajuda. “Foi pura incompetência do Paço”, reforçou.
Críticas da oposição à Agetop
Jayme Rincón também falou sobre as críticas que o deputado José Nelto (PMDB) fez à Agetop e aos aditivos que a agência fez em contratos com empreiteiras em várias obras no estado: “se ele realmente preocupasse com algum tipo de gestão, moralidade ou trato com a coisa pública, ele deveria procurar quem contrata sem licitação, quem faz aditivos intermináveis de aumento de preço e acréscimos de serviços. E com certeza não é a Agetop que está fazendo isso”, cutucou. Quero que José Nelto abra todos os contratos da prefeitura de Goiânia, principalmente na gestão de Iris Rezende. Será que ele tem coragem para isso?”
O presidente da Agetop brincou, dizendo que José Nelto “cairá do cavalo” e entregará um “selo de qualidade” para o governo estadual quando a Casa investigar contratos da gestão municipal e federal. “A lei me permite aditivar em 25%. Hoje, temos 5,65% de aditivos. No governo anterior, todas as obras rodoviárias concentravam 25% desses contratos.”
Calendário de entrega de obras rodoviárias
Rincón comentou o andamento das obras de duplicação de rodovias estaduais que partem de Goiânia. “Não temos nenhuma obra parada por falta de recurso financeiro. Acontece que no período de chuva é normal interromper os trabalhos até pela inviabilidade de se fazer alguma coisa”. O presidente da Agetop fez previsão para data de entrega de alguns trechos, como por exemplo da GO-070 entre Itauçu a Itaberaí. De acordo com ele, as obras neste local ficarão prontas antes da temporada do Araguaia, que ocorre no mês de julho. Já o trecho entre Itaberaí e Cidade de Goiás será entregue até o fim do ano.
Para manter a qualidade asfáltica das rodovias, Jayme citou duas soluções. A primeira delas, que ele classificou como uma obsessão pessoal, é a construção e funcionamento de balanças que controlem as cargas dos veículos, evitando excesso de peso. Depois, ele comentou que o serviço de pedágio vai acabar se tornando necessário.
“A partir do momento em que o governo federal coloca pedágio nas principais rodovias que cortam Goiás, mais cedo ou mais tarde seremos obrigados a fazer a mesma coisa. Como nossas estradas são muito boas, elas vão se transformar em rota de fuga, então teremos todo esse trânsito pesado migrando para nossas GOs. Não vou discutir aqui a questão de valores, mas acho pedágio uma taxa justa, porque só paga quem usa”, disse.
Hugo 2 em 45 dias
O calendário de entregas de obras do Governo Marconi Perillo prevê que a conclusão das obras no Hugo 2, localizado na Região Noroeste da capital, deve durar cerca de 45 dias. “Este hospital será referência no país”, comemorou. O Estádio Olímpico também deve ficar pronto no primeiro semestre de 2015. Previsto para novembro do ano passado, Jayme justificou que o atraso das obras foi consequência de uma série de readaptações.
“O estádio era projetado para receber competições de atletismo, mas acabamos construindo para receber partidas de futebol também. Para isso tivemos que construir cabines de imprensa e vestiários, além de melhorar a qualidade do gramado”.