Na tarde deste sábado, ocorreu o segundo ato do protesto “Diga Não ao Tapetão”, responsável por contestar o rebaixamento da Portuguesa à Série B do Campeonato Brasileiro. Embora tenha sido organizada por torcedores do clube rubro-verde, a manifestação contou com a aceitação de simpatizantes dos times rivais.
Camisas de Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos e até Juventus foram comuns durante a passeata, que teve início no quarteirão do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e se estendeu pelo sentido Consolação da Avenida Paulista, ocupando as três faixas do logradouro. Dentre as principais personalidades presentes, estavam o maestro João Carlos Martins e o cantor Roberto Leal, deputado estadual pelo PSDB.
“Estão dizendo que a Portuguesa não tem razão, mas é mentira. A Lei prova isso. Precisam aparecer juristas para expor isso ao público. É o artigo 36 do Estatuto do Torcedor e o artigo 43, parágrafo segundo, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Eles não querem ler esses dispositivos. Então, tem que fazer protesto mesmo”, declarou Capez.
“Os cariocas têm que disputar a Série B. Não vamos querer que o Fluminense faça mais um ‘tapetão’. Como torcedores, sabemos que não fomos respeitados. A CBF fez uma coisa que não poderia fazer. Porém, antes de tudo, fomos prejudicados dentro de campo em Curitiba, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Com esses pontos somados, não cairíamos, mesmo com essa vergonha que fizeram conosco”, disse um dos torcedores.
Ao final, Capez fez questão de proferir um discurso no microfone, que foi atentamente acompanhado por todos protestantes: “O que está acontecendo aqui não é apenas uma revolta ou manifestação emocional. A Lei Federal, o Estatuto do Torcedor, no seu artigo 36, diz claramente, pra quem quiser ler, que a decisão que condenou Héverton a dois jogos de suspensão só tem valor depois de publicada no site da CBF. Porém, isso foi publicado na segunda-feira. Então, a decisão é nula. É importante que vocês saibam que ele não estava irregular. A condenação da Justiça Desportiva não tinha surtido efeito. Não precisa ser advogado pra entender. É só entrar na internet e imprimir o que lhes disse. A Justiça Desportiva não vai ler pois não quer”, bradou.