23/03/2015

Garoto de 11 anos morre ao cair em barragem, em Flores de Goiás

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Um menino de 11 anos morreu ao cair em uma barragem do Rio Prainha, na zona rural de Flores de Goiás, no nordeste goiano. Após uma hora de buscas, uma equipe do Corpo de Bombeiros encontrou, na madrugada deste domingo (22), o corpo do garoto próximo ao local da queda, há três metros de profundidade.
O acidente ocorreu às 23h30 de sábado (21). A equipe de resgate chegou ao local por volta da 1h e, uma hora depois, achou o menino.
A criança estava acampada no local com o pai e outros dois familiares. Os parentes informaram ao bombeiros que a vítima estava nas proximidades da fogueira quando saiu para pescar às margens da barragem. Em seguida, o menino passou mal e caiu na água
Segundo os bombeiros, ao que tudo indica, o afogamento foi a causa da morte. No entanto, apenas a perícia do Intituto Médico Legal vai comprovar se o garoto morreu antes da queda ou em decorrência do afogamento. O menino ia completar 12 anos no próximo dia 26.
Fonte: G1 Goiás

Siamês separado segue em estado regular e se alimenta normalmente



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O gêmeo siamês separado Heitor Brandão, de 5 anos, permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. De acordo com boletim médico, divulgado na tarde deste domingo (22), o estado de saúde é regular e ele respira com auxílio de oxigênio inalatório. Além disso, o garoto se alimenta normalmente pela boca e também por meio de uma sonda gástrica.
Na manhã deste domingo, o pai do garoto, Delson Brandão, postou em uma rede social uma foto de Heitor na UTI. O menino segurava um aparelho celular, no qual assistia TV. “Agora é a hora do Chaves!”, destacou o pai.
De acordo o cirurgião pediatra Zacharias Calil, que acompanha o garoto desde o seu nascimento, a melhora do quadro de saúde é reflexo de 12 horas diárias de fisioterapia. Ele revelou, ainda, que o processo de cicatrização também está em evolução. “Antes, os curativos nos locais das lesões tinham que ser feitos diariamente. Agora esse procedimento ocorre de dois em dois dias”, explicou.
Separação
Heitor se recupera da cirurgia de separação do irmão, Arthur, ocorrida no último dia 24 de fevereiro. Três dias após o procedimento, Arthurnão resistiu e morreu em decorrência de uma parada cardíaca.
Natural de Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia, a mãe deArthur e HeitorEliana Ledo Rocha Brandão, veio a Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009. Eles eram unidos pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhando o fígado e genitália.
Os siameses passaram por 15 procedimentos cirúrgicos, entre eles alguns para implantação de expansores no corpo para que tivessem pele suficiente para a separação. Os meninos só alcançaram as condições necessárias para a cirurgia neste ano.
Antes da cirurgia, Eliana afirmou que, apesar das restrições físicas, os filhos não possuíam nenhum problema cognitivo. Com personalidades “totalmente diferentes”, os gêmeos sonhavam com a cirurgia, segundo a mãe. “Eles querem se separar, não querem desistir porque sabem que vão ter liberdade, uma independência maior, poder ir sem precisar da permissão do outro”, disse a mãe antes do procedimento.
Fonte: G1 Goiás

22/03/2015

Papuda neles! Mensaleiro Zé Dirceu recebeu propina disfarçada de consultoria, segundo empresários



Zé Dirceu mala

O velho e conhecido Zé Dirceu foi mais uma vez pego em atos de corrupção

Empresários e representantes de construtoras envolvidas no escândalo de desvios da Petrobras, investigado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, afirmaram que os valores pagos à empresa do mensaleiro Zé Dirceu a título de consultoria eram na verdade propina do esquema de corrupção. A informação foi publicada em reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo.
Uma das revelações foi feita, segundo o jornal, pelo presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, que está preso em Curitiba. Ele afirmou que os pagamentos a Zé Dirceu eram descontados das comissões que a construtora devia ao esquema, que correspondiam a 2% do valor dos contratos da companhia com a Petrobras. O executivo afirmou ainda que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, autorizava que os valores pagos a Dirceu fossem descontados dos recursos desviados da diretoria de Serviços da Petrobras. Um representante da Camargo Corrêa, por sua vez, acrescentou que a construtora só contratou a consultoria de Dirceu porque temia que o ex-ministro prejudicasse seus negócios com a Petrobras caso se recusasse a pagar a propina.
Dirceu começou a ser investigado na Operação Lava Jato porque a Polícia Federal e o Ministério Público Federal constataram que ele faturou pelo menos 8 milhões de reais de grandes empreiteiras doclube do bilhão, o cartel que fraudava contratos da Petrobras e pagava propina a políticos e partidos. A polícia investiga se os pagamentos eram propina ou recompensas pela influência do petista no governo Lula e Dilma Rousseff. A análise da movimentação financeira de Dirceu mostrou que ele recebia pagamentos não só das construtoras ligadas ao esquema de corrupção mas de diversas outras empresas com negócios regulados pelo governo federal. No total, a JD Assessoria e Consultoria faturou 29,2 milhões de 2006 a 2013 de cinquenta empresas.
Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa no mensalão, Dirceu cumpre pena em regime domiciliar. Além da reclusão, a Justiça determinou que ele devolvesse 920.700 reais aos cofres públicos como multa. Mas, apesar de continuar recebendo dinheiro atrás das grades, ele não precisou colocar a mão no bolso: uma “vaquinha” feita por quase 4.000 simpatizantes do mensaleiro arrecadou mais de 970.000 reais.
Fonte: Veja e O Estadão

21/03/2015

A voz que vem do cerrado! Marconi Perillo é um político nacional que impressiona


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O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), aos 52 anos de idade, já foi eleito deputado estadual, deputado federal, senador da república e foi eleito governador por quatro vezes. Marconi é sem sombra de dúvidas dono de um dos currículos políticos mais ricos do Brasil. O “moço da camisa azul” é um grande vencedor de eleições. O homem já conseguiu façanhas históricas nesta sua brilhante carreira política. A principal delas foi desbancar em 1998 o então imbatível Iris Rezende (PMDB), um dos últimos “coronéis” da política nacional ainda em atividade, que depois conheceu outras derrotas para Marconi Perillo.
O governador goiano é unanimidade em Goiás como um “animal político“. Quem conhece a trajetória de Marconi, sabe que politicamente o jovem tucano é 24 horas por dia antenado com a política local e nacional. O talento de Marconi para a ação política é proporcional ao seu talento como gestor público. É pertinente lembrar que os principais programas sociais de vários governos estaduais Brasil afora, bem como do governo federal, tem origem nos governos de Marconi Perillo. Bolsa Família, Bolsa Universitária, só para citar os dois mais importantes do governo federal, foram criados por Marconi em seu primeiro governo. O Renda Cidadã, programa social de distribuição de renda via cartão eletrônico, criado por Marconi é a origem do Bolsa Família. Não há dúvidas de que o social é a maior marca dos governos de Marconi Perillo.
O fenômeno Marconi Perillo, tanto admirado e aplaudido em Goiás, começa definitivamente ser observado pelo restante do país. Marconi que sobreviveu milagrosamente ao maior movimento de perseguição a um político na história recente deste país – quem não se lembra da CPI do Cachoeira, orquestrada pelo ex-presidente Lula com fim exclusivo de destruir a reputação política de Marconi Perillo, tido e havido como um inimigo mortal do ex-presidente pelo fato de ter revelado ao Brasil que havia informado a Lula sobre a existência do Mensalão em seu governo bem antes da denúncia ter vindo à tona – volta a ser notícia nacional por seu conteúdo político.
Durante visita da presidente Dilma Rousseff (PT) ao estado de Goiás no último dia 19 de março, o governador de Goiás transformou um limão em uma grande limonada. Dilma veio a Goiás para assinar ordem de serviço para a implantação de um BRT em corredor de transporte coletivo na capital goiana via convênio com a prefeitura de Goiânia, que é administrada pelo PT.
Como convidado do evento, Marconi foi chamado a discursar depois do prefeito Paulo Garcia (PT) e antes da presidente Dilma. Uma minúscula claque petista formada por xiitas do PT de Goiás ensaiou uma vaia ao governador com a intenção de constranger Marconi no evento, que na cabeça minguada destes imbecis úteis, não deveria estar presente. Foi aí que Marconi iniciou uma verdadeira aula de política, ética, moral e cívica. Perillo foi perfeito nos argumentos, no conteúdo e na dosagem do tom de seu discurso, demonstrando um preparo emocional e intelectual acima da média. São em momentos assim de extrema dificuldade que um grande líder se apresenta e é notado. Foi exatamente isso que aconteceu naquele 19 de março de 2015. O Brasil conheceu um político com capacidade de liderança e conteúdo impressionantes.
“Estou aqui legitimamente como governador, assim como a presidente foi reeleita de forma legítima. Eu já tive coragem de defendê-la dentro do meu partido”. Eu já tive a coragem de muitas vezes de a defender dentro do meu partido. Porque sou grato pelo que a senhora fez por Goiás”, disse Marconi. “Sou de um partido que faz oposição à senhora, mas eu não. Ninguém nunca ouviu uma palavra minha que não seja de reconhecimento ao que a senhora fez em Goiás”, concluiu o governador.
A verdade é que o discurso do governador de Goiás repercutiu em todo o cenário político Brasileiro. A posição de Marconi a favor da democracia e contra a intolerância encontrou ressonância na grande mídia do país, que destacou o republicanismo do governador goiano em um momento onde radicais de todas as ideologias pregam de certa forma atitudes longe do estado democrático de direito. De forma direta e dura o que Marconi fez foi chamar a atenção do País para uma reflexão política sensata, madura e extremamente democrática. Marconi foi duro com as minorias radicais e intolerantes, contudo não contra a voz que vem das ruas e que tanto mostra a frustração com o momento político nacional.
republicanismo de Marconi Perillo o mostrou para o Brasil com uma maturidade que nenhum dos agentes políticos da oposição ao governo federal demonstrou ter. Xingar por xingar, criticar por criticar, destruir o adversário com ataques baixos, assassinar reputações, atos que bem caracterizam a maioria dos nossos políticos atuais, foram duramente atacados pelo discurso 100% correto de Marconi em Goiás.  Ainda assim houve a tentativa de se fazer conhecer críticas ao comportamento do governador de Goiás por parte daquilo que se diz ser a cúpula da tucanagem nacional. 
A estes críticos, Marconi foi enfático: Ao contrário de falsos moralistas, oportunistas e mesquinhos, exerço minhas funções com responsabilidade e foco nos interesses de Goiás. Seria bom dizer também do respeito que tenho pela democracia, pelo republicanismo e pelas legítimas e pacíficas manifestações nas ruas. Lutando por seus direitos e pelas suas convicções, como ocorreu no último dia 15. Sempre fui coerente em minhas posições políticas. Sou tucano há 20 anos e nunca deixei de cumprir bem meu papel nessa trincheira de luta, ressaltou o governador.
Qual a lição a ser tirada disso tudo? Simples! O PSDB nacional que muito tem vacilado nas suas ações de oposição ao governo petista, seja no seu núcleo principal que é em São Paulo via José Serra e FHC ou no núcleo mineiro via Aécio Neves, tem obrigatoriamente que ouvir a voz que vem do cerrado brasileiro. O PSDB tem a obrigação de ouvir o que tem a dizer Marconi Perillo. A fila andou na política oposicionista no Brasil. Marconi Perillo é sim um político de conteúdo e preparo que o Brasil precisa conhecer melhor. Se o PSDB não souber ler as entrelinhas que o momento exige, tenho certeza absoluta que outras legendas partidárias o farão. Afinal, qual o agrupamento político não deseja ter um líder com a capacidade de Marconi Perillo? Parabéns, Goiás! Parabéns, Brasil! Nem tudo está perdido! Um povo que consegue revelar uma liderança política da qualidade de Marconi Perillo certamente pode e deve ter esperanças. Esperanças de que a política tem jeito, sim senhor! Eu acredito! E olha que Marconi Perillo tem apenas 52 anos de idade. É o tipo do líder político que vai longe, muito longe! O tempo dirá!
Luiz Gama

Governador afasta PM que agiu de forma impensada em manifestação

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Tão logo tomou conhecimento, o governador Marconi Perillodeterminou ao secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Joaquim Mesquita, e ao comandante da Polícia Militar, coronel Sílvio Benedito Alves, o afastamento imediato do policial que se envolveu em incidente com um grupo de manifestantes(veja o vídeo abaixo) durante a visita da presidente Dilma Rousseff aGoiânia, na tarde da última quinta-feira (19 de março).
Governo de Goiás observa que não há qualquer treinamento ou orientação por parte de suas forças de segurança que coadunem com a ação impensada do policial. O Governo de Goiás respeita e defende o direito à livre e pacífica manifestação de seus cidadãos. Esta tem sido a postura em relação a todas as manifestações no Estado.


20/03/2015

Caiado tem surto de dor de cotovelo ao ver o republicanismo de Marconi Perillo



Caiado

O surto dor de cotovelo de Ronaldo Caiado tem explicação no seu sonho de ser governador de Goiás

O senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) surtou ontem no Twitter, depois que o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, participou de um ato ao lado da presidente Dilma Rousseff, sobre mobilidade urbana na capital Goiânia.
“Marconi envergonha Goiás diante de todo o País ao tomar uma atitude submissa diante de Dilma e atacar manifestantes nas ruas”, disse Caiado.
No entanto, o mesmo Caiado que posa de moralista não apresenta boas credenciais nesse quesito. Recentemente, saiu em defesa do presidente do seu partido, senador Agripino Maia (DEM/RN), acusado de receber uma propina de R$ 1,1 milhão para liberar a inspeção veicular em seu estado.
O mesmo Caiado que hoje participa de passeatas pelo impeachment da presidente Dilma votou contra o afastamento do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. Recentemente, foi um dos únicos parlamentares a votar contra a Proposta de Emenda Constitucional do trabalho escravo.
O mais grave, no entanto, tem sido a postura intolerante e até fascista do senador Caiado, como foi destacado em artigo recente da colunista Tereza Cruvinel. Leia abaixo:
CAIADO OFENDEU TODOS OS QUE TÊM DEFICIÊNCIAS
O povo na rua é sempre bonito. Mas a manifestação de domingo teve algumas coisas que me horrorizaram, como os  pedidos de intervenção militar, justo na data em que deveríamos celebrar o enterro da ditadura com a eleição de Tancredo Neves há 30 anos.  Horrorizou-se particularmente a camiseta amarela do senador Ronaldo Caiado, com um basta acima de uma mão com apenas quatro dedos. A mão de Lula, que teve o mindinho decepado numa prensa quando era operário.
Ronaldo Caiado é um médico, e nós temos a ilusão de que os  médicos são humanistas, mesmo quando são conservadores. Estigmatizar uma pessoa por sua diferença física, por sua raça, sexo ou cor estão entre as coisas mais abomináveis de que o ser humano é capaz.  Isso é facismo,  sim, porque remete à eugenia, ao culto da pureza e da perfeição físicas,  pensamento que embasou o racismo e o fascismo, a escravidão e o sentimento eurocentrista que justificou a colonização dos “povos inferiores”, como os ameríndios e os  africanos pelos europeus.
Caiado pode dizer tudo o que quiser de Lula mas não deve reduzir a pessoa do ex-presidente ao dedo que não tem. Quando reduzimos uma pessoa com deficiência ao que lhe falta, estamos negando tudo que é ela tem e é, de bom e de ruim. Vale para Lula e para os 15% de brasileiros com alguma deficiência, física, mental ou sensorial. Se não a Lula, e estes Caiado devia pedir desculpas. Se discrimina quem não tem um dedo, fará o mesmo com quem não anda, não tem uma perna, um braço, com quem tem problemas de voz, audição ou cognição.
Fonte: Brasil247

Discurso de Marconi contra a intolerância é destaque no Jornal Nacional

Marconi discursa

Governador Marconi deu um show de como é ser republicano e respeitoso

O governador de Goiás, Marconi Perillo, deu hoje, 19/03, um verdadeiro show de como deve ser o comportamento republicano de um governante que tem real compromisso com a democracia, e principalmente o compromisso de não aceitar a intolerância de forma alguma. Marconi compareceu a um ato na Prefeitura de Goiânia com a presença da presidente da república, Dilma Rousseff,  onde foi assinada a ordem de serviço para o início das obras do corredor Norte-Sul do BRT, sistema de transporte que prevê corredores exclusivos para ônibus na capital goiana.
Enfrentando de cabeça erguida uma claque que compareceu ao evento para vaiar o governador, Marconi Perillo fez um discurso brilhante que muito surpreendeu a presidente.
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), disse nesta quinta-feira (19) à presidente Dilma Rousseff, em Goiânia, que pertence a um partido de oposição, mas que não faz oposição a ela. “Sou de um partido que faz oposição à senhora, mas eu, não. Ninguém nunca me ouviu, aqui em Goiás, dizer uma só palavra minha que não fosse de respeito e reconhecimento ao trabalho que vossa excelência fez pelo estado de Goiás”, disse o governador, sendo muito aplaudido a partir deste momento.
Do lado de fora do evento, havia cerca de 20 manifestantes, que protestavam contra o governo federal e que foram contidos por homens da Guarda Civil da Prefeitura de Goiânia. 
O comportamento diplomático do governador de Goiás foi destaque em matéria do Jornal Nacional da Rede Globo, bem como rendeu matérias em todos os grandes jornais do Brasil.
Assista a matéria do Jornal Nacional!


19/03/2015

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, demite ministro da educação de Dilma Rousseff



Cid Gomes

O Ministro da Educação de Dilma demonstrou na Câmara Federal ser mesmo muito mal educado

Depois de provocar a ira de deputados governistas e de oposição, a quem chamou de “achacadores“, e comprar briga com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro da Educação, Cid Gomes, foi demitido do cargo na tarde desta quarta-feira. A informação foi divulgada pelo próprio presidente da Câmara e recebida com aplausos pelo plenário.
A passagem do ministro pelo plenário foi tensa do começo ao fim. Gomes foi convocado pelos parlamentares para explicar a frase de que “a Câmara tinha 300 a 400 achacadores”, dita durante palestra para estudantes na Universidade Federal do Pará há vinte dias. Porém, ao contrário do que os deputados esperavam – uma retratação -, ele repetiu a frase e ainda provocou diretamente Eduardo Cunha: “Eu fui acusado de ser mal educado. O ministro da Educação é mal educado”, afirmou, em referência à declaração de Cunha, feita logo após articular a convocação de Gomes. E continuou, apontando para o chefe da Câmara: “Eu prefiro ser acusado por ele do que ser como ele, acusado de achaque, que é o que diz a manchete da Folha de S. Paulo“, continuou o ministro da Educação, em alusão às denúncias de envolvimento de Cunha com o esquema do petrolão.
A fala incendiou o plenário e provocou uma reação multipartidária, com parlamentares se revezando na tribuna para emparedá-lo. Gomes decidiu deixar a Câmara quando, da tribuna, o deputado Sérvio Zveiter (PSD-RJ) afirmou: “No fundo o senhor está fazendo papel de palhaço. Era melhor colocar uma melancia no pescoço”. Cid Gomes interrompeu o discurso do deputado para cobrar respeito. Foi quando Cunha interferiu: “Desliguem o microfone, há um orador na tribuna e vossa Excelência nem parlamentar é”. Enquanto Zveiter repetia a frase que acabara de dizer, Cid Gomes se dirigiu à saída do plenário.
Do lado de fora, cercado pela claque de prefeitos do interior do Ceará que levou a Brasília, o ministro disse que não pediria demissão. “Eu sou ministro até o dia em que a presidente Dilma desejar”, disse. Mas o estrago já estava feito: simultaneamente, o PMDB anunciava que não votaria mais projetos de interesse do Executivo. Enquanto Cid Gomes seguia até o Palácio do Planalto, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, telefonou para Cunha para dar a notícia: Cid Gomes não era mais o ministro da Educação. Cunha, a maior pedra no sapato do governo, acabava de ganhar mais uma queda de braço, em mais uma demonstração de força aos seus comandados. Desta vez, com a anuência de Dilma. Nos bastidores, aliados do governo entenderam o gesto como uma tentativa de recomposição.
Ao deixar o Palácio do Planalto, Cid admitiu que deixava o posto por ter atiçado a já inflamada relação do governo com o Congresso. “A minha declaração e, mais do que ela, a forma como eu coloquei na Câmara, é óbvio que criam dificuldade na base do governo. Portanto, eu não quis criar qualquer constrangimento.”
Polêmicas – A exemplo do irmão, o ex-ministro lulista Ciro Gomes, Cid tem um extenso histórico de polêmicas em suas duas passagens pelo governo do Ceará. Além de excentricidades , como um contrato de mais de 3 milhões de reais por ano para abastecer a cozinha do Executivo com um cardápio de luxo, Cid enfrentou professores cearenses em 2011 ao afirmar que eles deveriam trabalhar por “amor” e sugerir que os docentes pedissem demissão e fossem para o ensino privado caso quisessem salários maiores.
Em sua gestão no governo do Ceará, Cid utilizou um jatinho pago com dinheiro público para levar a família para passear na Europa e foi alvo do Ministério Público por ter contratado a cantora Ivete Sangalo e o tenor Plácido Domingo para shows de inauguração de obras locais – apenas o cachê do cantor espanhol chegou a 3,1 milhões de reais.
Fonte: O Estadão