Em artigo publicado na edição do jornal O Popular do último sábado (26/9), o governador Marconi Perillo afirma que o Consórcio Interestadual do Brasil Central, formado pelos Estados do Centro-Oeste, de Tocantins e Rondônia, “está preparado para ser o protagonista da retomada do processo de crescimento econômico no País”. No artigo, intitulado A Força do Brasil Central, Marconi afirma a economia do Brasil Central, que se mantém em crescimento e gerando empregos apesar da crise nacional, cria as condições para que o bloco apresente a primeira agenda de desenvolvimento pós-ajuste.
“O Brasil Central é sinônimo de bonança econômica. Mesmo neste momento de crise, o desempenho da região é imprescindível para a composição dos indicadores nacionais”, afirma o governador no artigo. “Os Estados do bloco foram os que mais contribuíram para o comércio exterior brasileiro, em volume, expressividade e geração de saldos superavitários”, sustenta.
O Movimento Brasil Central (MBrC) é um bloco de cooperação político e econômico criado em Goiânia em julho deste ano com a presença dos governadores de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia. O governador topou o desafio proposto em julho pelo então ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger, e do secretário de Estado de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, de liderar a construção de uma agenda de desenvolvimento regional.
No artigo, o governador lembra que “o Fórum de Governadores do Brasil Central nasceu a partir da convicção de que temos as condições políticas, econômicas e sociais para liderar uma agenda propositiva para a retomada do crescimento”. Segundo o governador, baseado na agropecuária, logística, industrialização, educação, empreendedorismo e na inovação, “os objetivos básicos do bloco são ampliar a competitividade da economia e aumentar a produtividade do trabalho” na região.
“A movimentação econômica da região é essencial para a manutenção do Brasil como potência do comércio exterior”, observa o governador. “A soja, o milho, o ferro, as carnes, entre outros tantos produtos que vendemos para Ásia e Oriente Médio, geram empregos e renda para nossos Estados e são primordiais para a 22.ª posição do Brasil entre os 195 países exportadores do mundo”, afirma.
Desde que foi criado, o Fórum de Governadores do Brasil Central já promoveu reuniões em Goiânia (julho), Cuiabá (agosto) e Palmas (setembro). O próximo encontro, quando o Consórcio Interestadual já terá sido criado por todos os Estados membros, será realizado em Campo Grande (MS), no dia 2 de outubro. Em seguida, as reuniões serão realizadas ainda em Brasília (DF), em novembro, e Porto Velho (RO), em dezembro. A reunião de encerramento das atividades do bloco em 2015 também deverá ser realizada em Goiás, em local a ser definido, ainda em dezembro.
Abaixo, a íntegra do artigo do governador Marconi Perillo publicado na edição deste sábado do jornal O Popular:
A força do Brasil Central
Marconi Perillo
A força do Brasil Central
Marconi Perillo
Marconi Perillo
Os Estados do Brasil Central mais uma vez dão exemplo para o Brasil ao lançar a primeira agenda conjunta de desenvolvimento nesses tempos de crise econômica. Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Tocantins e Rondônia uniram suas forças econômicas e políticas para a construção do primeiro conjunto de medidas pós-ajuste fiscal.
O Fórum de Governadores do Brasil Central nasceu a partir da convicção de que temos as condições políticas, econômicas e sociais para liderar uma agenda propositiva para a retomada do crescimento, baseada em seis pilares: agropecuária, logística, industrialização, educação, empreendedorismo e inovação. Seus objetivos básicos são ampliar a competitividade da economia e aumentar a produtividade do trabalho.
O Brasil Central é sinônimo de bonança econômica. Mesmo neste momento de crise, o desempenho da região é imprescindível para a composição dos indicadores nacionais. Os Estados do bloco foram os que mais contribuíram para o comércio exterior brasileiro, em volume, expressividade e geração de saldos superavitários.
A exportação de commodities alimentares garantiu um superávit da balança comercial da região de US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No mesmo período, a balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 5,55 bilhões. Isso significa que, sem o superávit comercial do Brasil Central, o déficit brasileiro poderia ter sido 50% maior entre janeiro e março deste ano.
A movimentação econômica da região é essencial para a manutenção do Brasil como potência do comércio exterior. A soja, o milho, o ferro, as carnes, entre outros tantos produtos que vendemos para Ásia e Oriente Médio, geram empregos e renda para nossos Estados e são primordiais para a 22ª posição do Brasil entre os 195 países exportadores do mundo.
A diversificação da pauta de exportação do Brasil Central é outra realidade confirmada pelos números. Não vendemos apenas as commodities in natura. Estamos colocando à disposição do mercado internacional mais produtos de valor agregado, graças ao crescente processo de industrialização da região. Nos dois primeiros trimestres, a venda de semimanufaturados aumentou 2,5% em média e a de manufaturados ficou estável.
O Brasil Central está preparado para ser o protagonista da retomada do processo de crescimento econômico no País. A firme decisão dos governadores de levar adiante o conjunto de medidas evidencia que somos capazes de deixar diferenças partidárias de lado para atuar em prol do bem comum e que superamos a fase de mero corredor logístico para nos tornarmos agentes do desenvolvimento econômico.
Marconi Perillo é governador do Estado de Goiás.