Marconi diz que indústria europeia poderá investir R$1 bilhão em Goiás
Sobre obras, assegurou que todas iniciadas serão entregues até o final deste mandato
O governador Marconi Perillo concedeu entrevista ao programa Hora do Almoço, da TV Goiânia Band. Ele fez um balanço da missão comercial à Europa, e disse que está tudo acertado para que uma importante indústria europeia invista R$ 1 bilhão para instalação de uma fábrica em Goiás. Falou sobre as obras concluídas e entregues neste ano, sobre o andamento de obras rodoviárias; e segurança pública. Ele assegurou que entregará à população goiana até o final do mandato todas as obras que foram iniciadas. “Temos tudo programado no nosso plano de governo. Tivemos de priorizar algumas obras devido à grave crise econômica que o país atravessa”, explicou.
Marconi ressaltou que a atual crise econômica é a mais séria da história recente do país, e que foi necessário reestruturar a máquina governamental com o corte de despesas já no início do ano: “Eu não me lembro de nenhuma crise nos últimos 30 anos tão séria como essa crise econômica. Uma crise política muito séria e, além disso, uma crise ética, moral”. Questionado sobre o andamento das obras em um ano de crise, explicou que o governo estadual priorizou prosseguir com o bom funcionamento dos hospitais, dando continuidade a programas como o Bolsa Universitária e o Bolsa Futuro, e com obras estratégicas e muito importantes para os goianos, como a do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), entregue julho.
“Neste ano, nós já entregamos à população o Hugol, que é o maior hospital público do Centro-Oeste brasileiro, que conta com mais de três mil funcionários, 497 médicos, 21 centros cirúrgicos. Abrimos o trânsito na duplicação entre Goiânia e Itaberaí, e já estamos chegando até o trevo de Mossâmedes; entregamos ao longo do ano também algumas rodovias concluídas, reconstruídas. Estamos concluindo o Centro de Excelência do Esporte; estamos prosseguindo com obras de duplicação como a de Nerópolis até o trevo de São Francisco, na Belém-Brasília; já inauguramos neste ano a duplicação com iluminação e ciclovia de Goiânia a Senador Canedo, que ficou uma estrada maravilhosa, de bom gosto, segura. Já estamos com a rodovia duplicada de Goiânia a Bela Vista praticamente pronta, também iluminada e com ciclovia. Obras importantes prosseguiram, outras tivemos que desacelerar exatamente por conta da crise. Mas tudo está planejado para ser concluído ao longo desses três anos que nos faltam”, elucidou.
Missão
Sobre a missão comercial à Europa, Marconi disse que participou de 48 eventos, dentre seminários, palestras, audiências e visitas a universidades. Dentre as apresentações das potencialidades de Goiás aos investidores, segundo o governador, pelo menos três indústrias deverão se instalar em Goiás. “É importante ressaltar que visitei inúmeras indústrias, e pelo menos três delas virão para Goiás, e nesta semana eu devo anunciar uma importante indústria que trará aproximadamente R$ 1 bilhão de investimentos para Goiás. Em um momento de crise, em que as pessoas não estão investindo, isso é muito importante, alvissareiro”, afirmou.
Ele destacou, também, a importância das missões oficiais que o governo realiza. “Lá fora, as pessoas não conhecem nosso Estado. Não têm informação de que nós somos um estado central, estratégico, desenvolvido economicamente e que oferece uma série de oportunidades. E nessas palestras e seminários eu levo todas as informações econômicas e sociais sobre o nosso Estado. As pessoas ficam surpresas. E muitas delas que sequer tinham pensado em trazer investimentos para o Brasil começam a cogitar a investir aqui, a vir para Goiás. Afinal de contas, se juntarmos com Brasília nós somos um mercado consumidor de mais de 10 milhões de pessoas, e isso é um mercado poderoso em qualquer parte do mundo”, explicou.
Marconi discorreu, ainda, sobre o programa Andorinhas, que auxilia emigrantes a voltarem para o Brasil e terem condições de abrirem seu próprio negócio com o apoio do Sebrae, do governo estadual e do Banco do Brasil; e falou também sobre o programa Goiás Sem Fronteiras. “Nós queremos levar doutores, mestres, acadêmicos, e os melhores estudantes do Ensino Médio das nossas escolas para estudarem nesses países, internacionalizarem nosso Estado e aprimorarem seus conhecimentos”, disse.
Segurança Pública
Ele comentou a palestra que proferiu em Caldas Novas no dia 30 de outubro, sobre segurança pública. Lembrou que, no Brasil, praticamente todas as ocorrências de homicídios têm ligação com tráfico ou contrabando de armas. “Falei para juízes e desembargadores do país inteiro: o primeiro passo é o governo federal assumir a responsabilidade de coordenador a política de segurança pública, colocar dinheiro e não deixar só para os estados”, reafirmou.
O segundo passo, segundo ele, seria fechar as fronteiras do país à entrada de drogas e armas. “Tenho defendido que boa parte do contingente das forças armadas seja deslocada para essas fronteiras. E sanções diplomáticas com governos que permitem vinda de contrabando de armas e drogas para o Brasil. Defendo também que o fundo penitenciário nacional, hoje na ordem de R$ 12 bilhões, seja direcionado à construção de mais presídios, principalmente os de segurança máxima”, declarou.