Gazetapress – Ídolo no Grêmio, o ex-jogador e atual deputado estadual Jardel foi afastado de seu cargo legislativo sob suspeita de corrupção. O ex-atleta foi eleito pelo Rio Grande do Sul e é membro do PSD (Partido Social Democrático).
Durante mais de dois meses, a operação batizada de “Gol Contra”, comandada pelo Ministério Público, investigou Jardel e apurou indícios de crimes como concussão, peculato, falsidade documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além disso, o ex-jogador também é investigado por um possível financiamento ao tráfico de drogas. Para isso, como aporte financeiro, seria utilizado dinheiro público desviado do parlamento.
Em virtude dos indícios coletados pelo MP na Operação, Jardel teve o afastamento de suas funções parlamentares decretado por 180 dias. A medida foi adotada como alternativa a um pedido de prisão preventiva, já que um parlamentar só pode ser preso por crime inafiançável, como prevê aConstituição.
Além de Jardel, outras oito pessoas também foram investigadas e ainda podem ser presas. A operação “Gol Contra” teve como base principal gravações telefônicas de Jardel. Em abril, o ex-jogador causou polêmica ao demitir todo seu gabinete e se afastar da Assembleia.
Nesta segunda-feira, buscas estão sendo realizadas no gabinete, na casa do ex-atacante e em endereços de outros membros da assembleia. As investigações chegam até em funcionários fantasmas, que receberiam salário do parlamento mesmo sem trabalhar.
Segundo o apurado com a investigação, Jardel lucraria entre R$30 mil e R$50 mil mensais através da exigência de percentuais dos salários dos funcionários de seu gabinete e da bancada do PSD, além da fraude diária de viagens e valores de indenização veicular.
Jardel atuou no Grêmio entre 1995 e 1996, marcando 67 gols em 73 jogos e ajudando o time a conquistar o Campeonato Brasileiro e Libertadores nesses anos. Ele também foi ídolo de Porto eSporting no futebol europeu.