Ao todo estão sendo cumpridos 6 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva e 2 mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Recife.
Nesta etapa são investigados os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa envolvendo verbas desviadas do esquema criminoso na Petrobrás.
Um dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro do Partido Progressista. Foi, juntamente com o deputado, denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão), acusado de sacar cerca de um milhão e cem mil reais de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista, no escândalo criminal conhecido vulgarmente por “Mensalão”.
Naquele feito, foi condenado no julgamento pelo Plenário do STF por corrupção e lavagem, mas houve prescrição quanto à corrupção e, quanto à lavagem, foi ele posteriormente absolvido no julgamento dos sucessivos embargos infringentes sob o argumento de atipicidade.
Surgiram, porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava Jato, onde as investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.
A operação foi batizada de REPESCAGEM em razão do principal investigado já ter sido processado no Mensalão e agora, novamente, na Lava Jato.
Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a PF em Curitiba.
Fonte: O Estadão