O ajuste nas contas públicas do estado de Goiás promovido por Marconi Perillo é referência para o Brasil
O ajuste fiscal promovido pelo governador Marconi Perillo nas contas públicas do Estado foi apresentado como referência para o País em reportagem da Globo News veiculada na noite de sexta-feira (17) no telejornal GloboNews Em Pauta. Ao abordar a crise financeira atravessada pelo Estado do Rio de Janeiro – que ontem decretou situação de calamidade pública em função da forte queda na arrecadação por conta da crise econômica nacional e da crise na Petrobras –, a jornalista e comentarista de economia Mara Luquet citou o Governo de Goiás como modelo de administração estadual que adotou enfrentou o custo político e atuou de forma antecipada para aplicar as medidas de redução de gastos necessárias para manter suas obrigações em dia.
Mara Luquet elogiou as ações implementadas pelo governador Marconi Perillo e afirmou que as contas do Estado de Goiás estão em ordem porque a administração se antecipou à crise e fez um severo ajuste nas despesas levando em conta o cenário de crise e a tendência de crescimento das despesas. Segundo ela, se outros Estados, como o Rio de Janeiro, tivessem feito o mesmo, a situação fiscal atual dessas unidades da federação seria mais confortável. “Eu conversei com a secretária de Fazenda de Goiás, a Ana Carla (Abrão) Costa e ela me relatou que em Goiás foi feito um ajuste fortíssimo”, disse a jornalista.
Mara Luquet afirmou que o governador Marconi Perillo teve “a coragem necessária para enfrentar a crise financeira”, porque promover ajustes nas contas públicas “tem custo político”, especialmente em função da “pressão dos servidores por aumentos salariais”. A jornalista lembrou, no entanto, que o Governo de Goiás encarou o desafio e promoveu o ajuste, que só foi possível graças “à determinação da secretária de Fazenda” e de todo o governo. “É importante [que os outros Estados observem esse modelo] pois também terão que passar por essa reestruturação”, afirmou Luquet.
A jornalista ressaltou ainda que sem essas ações, que permitiram o maior ajuste fiscal proporcional do País, Goiás estaria em situação semelhante à de outros Estados, como é o caso de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Mara Luquet esteve em Goiânia participando de um congresso sobre universidades de negócios promovido por instituição de ensino superior do Estado conveniada à Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na quinta-feira, em seu comentário diário no Jornal da CBN, transmitido de São Paulo para toda a rede da emissora de rádio, Luquet já havia relatado o ajuste feito pelo Governo de Goiás nas contas públicas.
À CBN, Mara Luquet destacou as medidas adotadas pela Secretaria da Fazenda de Goiás, por determinação do governador Marconi Perillo, e o empenho da secretária Ana Carla Abrão, para aplicar as medidas a partir de janeiro do ano passado. Com uma frustração de receitas de mais de R$ 3,3 bilhões, o Estado tomou as atitudes corretas para economizar e evitar uma situação de colapso, avaliou Mara, que completou dizendo que o ajuste de Goiás foi interessante porque mirou investimentos e despesas com pessoal (que apresentaram crescimento vegetativo de 6% no período), mesmo correndo “alto custo político”. Ela ponderou que “atacar isso é um desafio”.
Reforma de Marconi foi a maior feita no País
O ajuste nas contas do Governo de Goiás foi definido pelo governador Marconi Perillo ainda em novembro de 2014, quando surgiram os primeiros sinais da forte crise econômica que se abateria sobre o País a partir do ano seguinte. Na ocasião, o governador encaminhou para apreciação e votação na Assembleia Legislativa um conjunto de medidas de contenção de despesas que estabeleceu a redução do número de secretarias de 16 para 10, a extinção de 5 mil cargos comissionados e a suspensão de 6 mil contratos temporários.
As medidas permitiram que o Estado mantivesse em dia o pagamento de contratos, a continuidade dos investimentos e a regularidade da folha do funcionalismo, quitada rigorosamente dentro da lei. Paralelamente, Marconi determinou um forte ajuste nos custos com manutenção da máquina administrativa, especialmente com diárias de viagens, telefones, energia elétrica, alugueis e materiais de consumo em geral.
As primeiras medidas, como a redução de secretarias e extinção de cargos, passaram a vigorar em 1.º de janeiro de 2015, primeiro dia do quarto mandato do governador e apontavam para uma redução geral de R$ 1 bilhão nas despesas. Em março, reportagem do jornal Folha de S.Paulo comparou as medidas de ajuste realizadas pelos governadores e Goiás surgiu como o Estado que mais reduziu o tamanho da máquina e como tendo promovido o maior corte de despesas.
Em abril e maio, a crise econômica nacional se agravou e o governador Marconi Perillo determinou novo aperto no cinto das despesas públicas. A pedido do Poder Executivo, a Assembleia Legislativa aprovou o chamado Orçamento realista, que revia os valores dos contratos de prestação de serviços sem prejuízo para as atividades essenciais, como os investimentos em Educação, Segurança e Saúde. As medidas permitiram o redimensionando das despesas com vistas à manutenção dos investimentos.
Diante do impacto das medidas, o governador sempre afirmou que eles garantiriam que Goiás atravessasse a crise com mais tranquilidade que outras unidades da federação e preparariam o Estado para a retomada do crescimento. “Demoramos mais a entrar na crise e vamos sair dela mais cedo, retomando o crescimento acelerado e acima da média que alcançamos nos últimos anos”, afirmou o governador em entrevistas ao comentar as medidas em implantação. “Eu sou um otimista, sempre acredito que vamos superar os obstáculos e alcançar os resultados que traçamos, mas, nestes dias, estou ainda mais animado e motivado, porque o horizonte para Goiás é muito positivo”, disse o governador em uma das ocasiões.
Fonte: Goiás247