A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (28/2) a “Operação Kukuanaland”, que visa dar cumprimento a mandados de busca e apreensão tendo como objetivo identificar e desarticular organização criminosa dedicada a extração ilegal de ouro, sua comercialização, exportação e lavagem do dinheiro, extraídos de reservas indígenas e unidades de conservação federal.
São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia/GO e Santos/SP, todos expedidos pela Vara Única da Subseção Judiciária de Gurupi/TO.
As investigações revelaram que, na posse de uma Permissão de Lavra Garimpeira – PLG, localizada em Natividade/TO, os suspeitos emitiam notas fiscais ideologicamente falsas da venda do ouro, acobertando assim a extração em terras indígenas e de garimpos ilegais em outros estados. Viabilizando a venda a instituições financeiras e exportadoras. Foi constatado que na PLG indicada não houve a lavra da quantidade de ouro declarada.
Até o momento, foi identificada a “lavagem” de ouro retirado de forma ilegal no valor de mais de R$ 130 milhões, o que representa em torno de 300 kg de ouro puro.
Os objetos apreendidos serão analisados visando à identificação de todas as pessoas que praticam a extração e o comércio ilegal de ouro. O trabalho se concentrará na identificação de todos os envolvidos e na recuperação do prejuízo sofrido pelos cofres públicos.
Os envolvidos poderão responder por crimes contra a ordem econômica – usurpação; realização de pesquisa/lavra/extração de recursos minerais sem autorização/permissão/concessão ou licença); lavagem de capital; falsidade ideológica; e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 29 anos de reclusão.