25/10/2024

Hospitais do estado realizam serviços de excelência em Goiânia


 A atual gestão do estado tem ampliado os serviços de saúde em todas as regiões de Goiás, com a política de regionalização. Contudo, Goiânia continua sendo um polo de excelência para a Saúde Pública da Região Centro-Oeste do País. A capital concentra os principais serviços de saúde promovidos pelos hospitais da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Atualmente, a região possui linha de cuidados de alta complexidade para atendimentos a infarto, queimados, traumas, Acidente Vascular Cerebral (AVC), cirurgia para separação de siameses, dentre outras especialidades. Além disso, a capital é referência em infectologia e dermatologia e atendimento para mulher com alto risco, além de ser modelo para transplantes. Todos esses serviços nas unidades de saúde do estado localizadas em Goiânia.

Os serviços são reflexo dos investimentos em Saúde promovidos pela atual gestão do Governo de Goiás. Anualmente, são disponibilizados R$ 1.4 bilhão para custear os hospitais do estado. Já em relação a investimentos nas unidades, foram aportados R$ 134 milhões para ampliação ou construção, aquisição de equipamentos e mobiliários, implantação de sistemas de informação e criação de outros serviços.

Unidades importantes como o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), entre outras, receberam aportes financeiros importantes para promover a melhoria dos serviços. Somente em equipamentos foram investidos, em 2024, R$ 22 milhões em todos as unidades da capital.

“Os hospitais da capital servem como modelo para implantação de linhas de cuidado nas unidades que estão espalhadas e distribuídas em todo o estado. A importância dessas unidades para Goiânia não se refere apenas ao número de leitos, mas à complexidade dos serviços oferecidos”, comenta Luciano de Moura, subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde.

O gestor destaca ainda que Goiânia é um grande centro formador, com programas de residência médica que estão concentrados na capital.

“Essas unidades são modelos e naturalmente se tornam referência para as unidades do interior”.

Serviços de excelência e investimentos

O governador e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein assinaram, em agosto, termo de colaboração para a administração do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), pela entidade. Ronaldo Caiado informou que os R$ 100 milhões vão transformar o Hugo em um hospital altamente especializado, referência em cardiologia.

Deste total de recursos, R$ 60 milhões estão sendo destinados à realização de obras; R$ 35 milhões direcionados para aquisição de equipamentos e mobiliário e R$ 5 milhões, na modernização tecnológica.

Na gestão de Caiado importantes obras foram realizadas na capital para promover a melhoria da Saúde Pública de Goiânia. O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) é um exemplo. A unidade foi inaugurada em dezembro de 2021, com investimentos de 135 milhões, entre obras e equipamentos.

Outra obra importante é a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). As obras do hospital estão em ritmo acelerado, com mais de 60% de conclusão. Com projeto para ter 44 mil metros quadrados de área construída e previsão de 148 leitos, serão investidos R$ 427 milhões do Tesouro Estadual.

Além dessa medida para o atendimento em oncologia, o Hospital Araújo Jorge (unidade filantrópica) conta, desde 2019, com apoio financeiro do estado, por meio do Plano de Fortalecimento. Em 2024 a contrapartida estadual foi renovada. A previsão é de repasses na ordem de R$ 21,6 milhões ao hospital. Assim, o Governo de Goiás está implementando a rede de oncologia em todo Estado.

Outro avanço promovido pela rede pública estadual foi a realização de transplante de medula óssea para pacientes com câncer no sistema linfático. O primeiro procedimento foi realizado no HGG, em Goiânia, que tem capacidade para realizar seis transplantes por mês, além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes. O departamento conta com 32 leitos – seis deles exclusivos para transplante de medula óssea.

Em 2021, uma medida importante foi a transferência da gestão da regulação das unidades da rede estadual localizadas em Goiânia para a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A decisão foi aprovada em 2021 em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Com isso, o estado conseguiu diminuir o tempo de espera dos pacientes e qualificar a gestão dos leitos hospitalares.

24/10/2024

Goiás Social firma parceira para 2 mil vagas em cursos


 O Goiás Social firmou parceria nesta quarta-feira (23/10) com a Federação das Indústrias do Estado (Fieg) para oferecer 2 mil vagas gratuitas em cursos de qualificação profissional voltados à construção civil. As formações serão oferecidas presencialmente pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Goiânia, e na modalidade a distância.

“Identificamos a demanda por mão de obra e nossa missão é resolver, buscando saídas inteligentes. Fomos procurar parceiros capazes e vamos estabelecer em Goiás uma verdadeira escola da construção civil”, declarou a primeira-dama Gracinha Caiado, durante a solenidade de assinatura do convênio.

Cursos de qualificação

Os cursos presenciais são voltados para pedreiros, gesseiros de drywall, instaladores hidráulicos, assentadores de piso e pintores de obras imobiliárias. Na educação a distância, há vagas para mídias digitais, gráfica, automotiva, gestão, alimentos e bebidas, meio ambiente, química e segurança do trabalho. A duração varia de dois a quatro meses.

O governo vai investir R$ 1,7 milhão na contratação do Senai, com recursos do Goiás Social. A instituição, por sua vez, terá uma contrapartida de R$ 600 mil.

“Muitas pessoas não querem ingressar na área de construção civil por preconceito, mas estamos aqui para desmistificar isso. Economizamos recursos para promover uma qualificação mais assertiva. Nosso objetivo é tirar as pessoas da vulnerabilidade e gerar mais empregos”, salientou o titular da Secretaria da Retomada, César Moura.

“A missão da indústria é trazer competitividade. Infelizmente, temos um déficit na mão de obra e o governo estadual, sensível a isso, firma essa parceria para que possamos atender os já profissionais, mas quem ainda quer aprender”, disse o presidente em exercício da Fieg, André Rocha.

A estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Goiás) é que existem pelo menos 5 mil vagas abertas no setor na grande Goiânia.

Inscrições

Para a inscrição nos cursos, basta procurar a unidade do Senai na Vila Canaã, na Rua Professor Lázaro Costa, nº 348, ou a Central Mais Empregos do Governo de Goiás, na esquina da Avenida Araguaia com a Rua 15, no Centro. É preciso ter ensino fundamental completo e 18 anos ou mais. As primeiras turmas devem iniciar as aulas ainda em novembro deste ano.

23/10/2024

República deve defender 4 dos melhores brasileiros. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!


 

É preciso reagir à estratégia macabra de todo dia pingar lama na água cristalina dos puros

Se não existe almoço grátis, imagine um banquete com 4 vagas no Superior Tribunal de Justiça… A máquina de moer reputações, na estratégia do gotejamento, tenta dissolver o prestígio dos ministros do STJ Isabel Gallotti, Nancy Andrighi, Moura Ribeiro e Og Fernandes. Escolheram mal o poder e pior ainda os personagens.

Desse quarteto não existe nada a ser explorado. Nada, nada vezes nada noves fora nada. Quem os conhece ou a seu trabalho pode dar o testemunho de que as decisões de todos são como suas biografias, irretocáveis. O advogado e o lobista sócios na trama nem se fossem honestos teriam acesso aos ministros. A dupla de salteadores nem com muito esforço entraria na agenda de Suas Excelências, ainda que para tratar de processo em andamento com algum dos 4 na relatoria.

Com toda elegância do mundo, Nancy Andrighi jamais trocaria com tipos como aqueles algo além de um educado “bom dia”. Isabel Gallotti não lhes daria chance de se aproximar nem à custa de mandinga da parte deles. De Og Fernandes não receberiam mais que um educado meneio de cabeça caso se cruzassem num corredor de shopping. E de Moura Ribeiro só chegariam perto para selfie mais rápida que um flash durante algum evento. Enfim, não dá nem para imaginar que 4 dos melhores brasileiros teriam caminhos conjuntos com os de 2 desqualificados como aqueles.

De 1983 a 2019, tive auxiliares. Assumi promotorias e chefia de gabinete da Procuradoria Geral. Fui procurador-geral de Justiça e presidente da entidade nacional dos PGJ. Assumi secretarias que iam de Segurança Pública a Justiça, com as 4 polícias, civil, militar, penal e técnico-científica. E sempre dependi da ajuda dos funcionários. Impossível ficar sem assessoria. Imagine num tribunal superior. O presidente Herman Benjamin expôs em O Globo o tamanho da tarefa:

“De 16 de outubro de 2023 até 15 de outubro de 2024, entraram no STJ 518 mil processos. Cada ministro recebeu 17.000 processos. Contando os dias úteis, os ministros teriam que decidir sobre 197 processos. Dividindo esses dias úteis por 8 horas, dá 1 processo a cada 5 minutos por ministro”.

Esses números absurdos se repetem em toda sala do Judiciário. A entrevista foi na 6ª feira (18.out.2024) e até agora ninguém respondeu à sua indagação: “Como é que se pode imaginar que um ministro vai ter controle total do seu gabinete quando, a cada 5 minutos, será elaborada uma decisão?”.

O ministro parafraseia o famoso poema do alemão Martin Niemöller:

“O que estamos assistindo são investidas em resposta ou mesmo em vingança à atuação constitucional e legal dos juízes e dos tribunais. Hoje, pode ser em uma Corte. Amanhã, é nas outras Cortes. E, depois de amanhã, em todos os juízes”.

Se os pistoleiros da honra buscam amedrontar o STJ, vão se lascar. Moura Ribeiro sonhava desde menino ser juiz. Nunca amarelaria para perseguições. Nancy Andrighi está quase completando meio século de magistratura, já aplicou a lei penal em todo tipo de bandido, está tão acima dessas questiúnculas quanto as estrelas da Terra. Og Fernandes é de tal forma destemido que julga quase sempre pró-sociedade, jamais temeria quem é contra a sociedade.

Gallotti é sinônimo de justiça, pois Octavio (pai de Isabel), Luís (avô) e Antônio Pires (bisavô) honraram com suas presenças o Supremo Tribunal Federal. Paulo Gallotti, primo, integrou o STJ até 2009, ano anterior à posse de Isabel. Participei de sua sabatina no Senado e ela demonstrou que conhecimento em direito não é só uma tradição, mas a realidade de quem estuda, pesquisa e se aprimora. Isabel, poliglota, 1º lugar nas provas escritas e orais do Ministério Público Federal, é um orgulho para os Gallottis e para todas as famílias decentes.

A reputação desses ministros é cara para eles, óbvio, todavia igualmente para a República. Quando os meliantes atacam os bons, ela, a República, precisa reagir ou se tornará refém dos maus, que quando pegos na gatunagem no mínimo estariam empatados em honorabilidade com quem presta. Temos de dar o grito.

No silêncio dos bons, o vazamento seletivo, em gotas, voltou à cena para manchar o currículo de quem se diferencia pela retidão. É preciso reagir à estratégia macabra de todo dia pingar lama na água cristalina dos puros na tentativa de os comparar com os acusadores. Não tomar as dores de quem sofre com as fake news é um atalho rápido para se atolar na omissão.

Autoridades com o recato, a discrição e a austeridade de Isabel Gallotti e Nancy Andrighi fazem por merecer que as defendamos, principalmente quando os verdadeiros bandidos se esconderem sob a sombra da liberdade de imprensa ou da penitenciária dos cargos. Espartano na vida particular e rigoroso em suas funções públicas, Og Fernandes é uma preciosidade de que a nação deve zelar. Moura Ribeiro, no mesmo nível, insistiu até entrar na magistratura guiado por versos de Chico Buarque: “Sonhar mais um sonho impossível, lutar quando é fácil ceder, vencer o inimigo invencível”.

No caso, o inimigo não é invencível, é apenas mais um monstro a ser vergado diante de tanta dignidade de suas vítimas.

 

22/10/2024

Ipasgo Saúde lança serviço de entrega domiciliar de medicamentos


 Ipasgo Saúde passa a oferecer serviço de entrega domiciliar de medicamentos oncológicos, sem qualquer custo adicional. A ação inaugura o Programa de Atenção Farmacêutica, implantado com objetivo de melhorar o acesso aos tratamentos, garantindo segurança e adesão terapêutica, além de reduzir os custos com serviços assistenciais. Nesta primeira fase, o delivery alcançará 514 beneficiários que já estão em tratamento regular com antineoplásicos orais.

A meta é alcançar todos os beneficiários que fazem uso deste tipo de fármaco. A estimativa é que, até maio de 2025, 1.348 pacientes estejam em atendimento pelo Programa de Atenção Farmacêutica do Ipasgo Saúde.

O novo serviço atenderá tanto beneficiários que residem na capital, onde a entrega será realizada em até cinco dias úteis, quanto aqueles que vivem no interior, cujo prazo para recebimento é de até sete dias úteis.

Além da tranquilidade de receber o medicamento no prazo certo, sem qualquer custo adicional e com total segurança, o serviço inclui acompanhamento pós-entrega, com orientações personalizadas, confirmação do recebimento e monitoramento do tratamento e das prescrições, proporcionando um cuidado completo e contínuo ao paciente.

Suporte necessário

De acordo com o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius Luz, o delivery de medicamentos tem benefícios que vão além da comodidade da entrega em casa. É uma forma também de assegurar que o tratamento seja seguido à risca e de oferecer todo o suporte necessário para que não haja complicações.

“Sabemos o quanto o tratamento oncológico pode ser desafiador. Por isso, a entrega domiciliar de medicamentos é uma maneira de facilitar o dia a dia dos nossos pacientes, permitindo que eles foquem na recuperação. Estamos cuidando de cada detalhe para garantir segurança, eficiência e, o mais importante, tranquilidade para quem precisa”, avalia Vinícius Luz.

O programa faz parte de uma série de ações que a instituição, que completa 62 anos, nesta terça-feira (22/10), tem implementado para modernizar processos e melhorar a prestação de serviços. A expectativa é de que o delivery também contribua para a redução de custos operacionais e para o aumento da satisfação dos beneficiários, ao tornar o acesso ao tratamento mais ágil e eficiente.

“Nosso objetivo é sempre melhorar a experiência do beneficiário e otimizar nossos processos. Com essa iniciativa, estamos conseguindo equilibrar economia e qualidade de atendimento, o que reflete diretamente na satisfação de quem confia no Ipasgo Saúde”, acrescenta o presidente.

Os beneficiários aptos a fazerem parte do programa serão contatados pela própria instituição. No entanto, aqueles que desejarem obter mais informações ou solicitar antecipadamente a inclusão podem entrar em contato com a Gerência de Serviços e Atenção à Saúde através do e-mail: corpa@ipasgo.go.gov.br ou do telefone (62) 3238-3014.

20/10/2024

Vila é goleado em casa pelo Coritiba e demite o treinador Luizinho Lopes


 Depois de uma vergonhosa derrota em casa por 3 x 0 para o Coritiba neste sábado (19), o Vila Nova decidiu demitir o técnico Luizinho Lopes. O Vila Nova que é o melhor mandante do Campeonato Brasileiro pode ter perdido a chance de chegar à Série A extamene por tropeçar em casa.

Luizinho Lopes, que tem 43 anos de idade, foi demitido do Vila Nova após1 1 vitórias, sete empates e oito derrotas em 26 jogos, resultando em um aproveitamento de 51,2%. Luizinho Lopes chegou ao Vila Nova em maio, após a goleada histórica de 6 a 0 sofrida contra o Paysandu, no jogo de ida da final da Copa Verde, que culminou na demissão de Márcio Fernandes.

O Vila Nova após a derrota para o Coritiba está na sexta colocação da Série B do Campeonato Brasileiro com 49 pontos, quatro a menos que o Mirassol, primeiro time no G-4. O próximo compromisso do Colorado é diante do Amazonas na terça-feira (22), às 21h30 (de Brasília), no OBA.

18/10/2024

Lula diz em comício na Bahia que ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo


 

“Os ricos da época mandaram crucificar Jesus Cristo”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (17/10), em discurso na Bahia, que “ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo”. A declaração foi feita durante um evento de campanha do candidato do PT à Prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano, em um comício no qual Lula destacou a importância da união entre partidos de esquerda.

O presidente ressaltou a escolha da vice na chapa de Caetano, a Pastora Déa Santos, do PSB.

“Fico muito orgulhoso de ver o Caetano arrumar uma vice, uma mulher negra, uma pastora. Não tem nada mais extraordinário do que essa união de dois partidos de esquerda”, declarou Lula.

Durante o discurso, o presidente fez uma conexão entre a mensagem de Jesus Cristo e os ideais da esquerda.

“A gente não tem medo de dizer que é de esquerda porque ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo. Ninguém brigou mais pelos pobres do que Jesus Cristo. Foi exatamente por defender os pobres, por cuidar dos doentes e atender os mais necessitados, que os ricos da época mandaram crucificar Jesus Cristo”, afirmou o chefe do Executivo.

Lula também citou a religião para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao defender que “ele não acredita em Deus”.

“A gente não pode cometer o erro de 2018, quando ao invés de votar no companheiro com a qualidade do [Fernando] Haddad, votou numa coisa, votou numa coisa que ninguém conhecia a não ser por contar mentira e pregar o ódio. Inventou ate que é evangélico. Ele não acredita em Deus e não acredita em Deus porque o comportamento dele é de quem não acredita”.

O comício ocorreu em meio ao segundo turno das eleições municipais de Camaçari, onde a disputa entre Luiz Caetano (PT) e Flávio Matos (União Brasil) se intensifica. No primeiro turno, o petista terminou à frente por uma margem apertada de pouco mais de 500 votos.

16/10/2024

Hitler, Mussolini, Hirohito e o apagão em São Paulo


 

Conclusão da usina de Angra impulsionaria país na transição energética, além de ajudar a resolver instabilidades no sistema

O que a Guerra Fria e a 2ª Guerra Mundial têm a ver com o apagão em São Paulo? Antes, uma pequena digressão.

Alimentamos o ódio à energia nuclear como nos foi incutida a aversão aos Estados Unidos. Por nada. Ney Matogrosso cantou lindamente, com o grupo Secos & Molhados, o poema “Rosa de Hiroshima”, de Vinicius de Moraes.

Quem não se emociona com as crianças mudas telepáticas, as meninas cegas inexatas, as mulheres rotas alteradas? Os reflexos permanecem: motoristas passam rezando na rodovia Mário Covas ao lado da usina nuclear, em Angra dos Reis (RJ). Medo da rosa radioativa, estúpida, inválida.

 

 

A referência imagética do poetinha é o cogumelo erguido sobre a cidade japonesa como solução norte-americana para o fim da 2ª Guerra Mundial.

Adolf Hitler e Benito Mussolini, parceiros do imperador Hirohito, haviam morrido no fim de abril, em maio a Alemanha assinara a rendição, chovia munição numa Tóquio já indefesa e nada de o soberano japonês reconhecer a derrota. Havia duas alternativas a quem desejava apeá-lo do poder, continuar dizimando a população e demolindo as cidades ou colocar em ação o produto desenvolvido pelo projeto Manhattan, dirigido por Robert Oppenheimer.

Mais conhecido pela cinebiografia ganhadora do Oscar 2024, Oppenheimer pilotou a criação da bomba atômica. O presidente que o contratou, Franklin Delano Roosevelt, enfrentara os maiores monstros da humanidade, mas morreu em 12 de abril de 1945, antes de Mussolini (executado no dia 28 do mesmo mês) e de Hitler (suicidaria 2 dias depois). Sobrou a bomba, literalmente, para Harry Truman, tido como um banana do Missouri.

Qual nada! Truman resolveu que Hirohito, considerado deus pelos súditos, não sairia por bem. Pois não saiu nem por mal: rendeu-se sem dizer que se rendia, entregou os pontos em agosto de 1945, mas se manteve vivo até 1989.

Poucos se interessaram pelas atrocidades de Hirohito, ficaram as imagens horríveis de mortes e mutilações em Hiroshima e Nagasaki. Entram em cena as narrativas.

Quando se fala em energia nuclear, vem à mente o horror das cidades bombardeadas. A associação é tão indevida quanto se cancelássemos o consumo de água por causa das enchentes. Energia nuclear é limpa e o Brasil deveria investir em usinas, como as de Angra, que já tem duas prontas, uma faltando cerca de 30%.

Nas contas do BNDES, entregues em setembro agora à Eletronuclear, é preciso aplicar R$ 23 bilhões para concluir a Angra 3 ou R$ 21 bilhões para desistir dela. O que retoma o desserviço da Operação Lava Jato ao Brasil: além das maiores empresas de construção do mundo, desmontou também o prestígio da Eletronuclear.

No final de 2023, a ONU fez em Dubai a Conferência do Clima, a COP 28 (como a do próximo mês, no Azerbaijão, será a COP 29 e a do ano que vem, em Belém, a COP 30). A principal decisão de países participantes, como os Estados Unidos foi: triplicar a geração de energia nuclear no 4º de século seguinte. E nós querendo adiar o inadiável.

Da energia utilizada no mundo, 10% são atômicas; no Brasil, só 2%. Portanto, insistir na energia elétrica no modelo anacrônico de reservatório em rios é querer curar a mão arrancando o braço. Mantida a hecatombe no ritmo atual, a água vai continuar evaporando nos lagos artificiais de usinas em gigantes como Paraná (de Itaipu), Tocantins (Tucuruí e Serra da Mesa) e Xingu (Belo Monte).

Existe a ideia maluca de construir diversas outras usinas hidrelétricas na Amazônia. Uma delas, a São Luiz, no Tapajós, ficaria em R$ 54 bilhões, o valor corrigido pela Calculadora do Cidadão, do Banco Central, a partir dos R$ 30 bilhões avaliados para as obras em 2014. Preço de apenas uma usina, hein! O que vai resolver? Nada. E arrebentaria essa joia da natureza que é o Tapajós.

Com essa montanha de dinheiro, é possível entregar a 3ª etapa de Angra, inclusive com os equipamentos, e ainda fazer a maior usina fotovoltaica do planeta.

O combo de rios secos, ar irrespirável e torneiras de que não caem uma gota não pode ser combatido com mais destruição. Atômica, solar ou qualquer outra limpa são melhores que os sucatões monumentais expostos ao lado dos antes caudalosos rios.

Veem perigo na energia nuclear por eventos isolados, esquecendo-se de que acidentes ocorrem também nas hidrelétricas. A fotovoltaica não oferece risco algum. O que não pode é continuar como está, ausência estúpida e inválida de luz e água, o ar palpável de tão sujo. Pode não ser o fim do mundo, mas já está igual ao começo.

14/10/2024

Presidente de El Salvador decide banir ideologia de gênero nas escolas


 A decisão foi anunciada dias depois do presidente Nayib Bukele, recém-reeleito, participar de um encontro conservador nos Estados Unidos e ser saudado por grupos conservadores. Além de Bukele, o presidente da Argentina Javier Milei também proibiu o uso de linguagem inclusiva na administração nacional.

“CONFIRMADO: todo uso ou todo rastro da ideologia de gênero foi retirado das escolas públicas”, escreveu o ministro da Educação, José Mauricio Pineda, em uma rede social. Na mesma rede, o ministério publicou: “Esclarecemos que todos esses conteúdos foram expulsos de guias, livros e outros materiais educativos que foram feitos e difundidos por gestões anteriores”.

O jornal La Prensa Gráfica indicou que o Ministério da Educação “ameaça” demitir professores “se difundirem ‘ideologia de gênero'”.