06/11/2024

Toffoli elege o cidadão comum do Brasil que é para o que será. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!


 

Ministro completa 15 anos no STF e coletânea de artigos escritos por personalidades políticas mostra que suas decisões ajudam a fazer o que será um país melhor

A editora Fórum lançou os 2 volumes de “Constituição, Democracia e Diálogo – 15 anos de jurisdição constitucional do ministro Dias Toffoli”. A obra, com 1.750 páginas, foi coordenada por um colega seu do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e 2 conselheiros, Daiane Nogueira de Lira (do CNJ) e Alexandre Freire (da Anatel). Os 4 não são de fazer livros só para encher estante e esses de agora furam qualquer fila de leitura.

O mosaico de decisões e a qualidade dos votos são, simplesmente, impressionantes. Sobre eles se debruçaram 191 autores dos 133 textos, advogados, professores, conselheiros, integrantes do Ministério Público, desembargadores (4 deles de Tribunais Regionais Federais) e 34 ministros atuais da área jurídica (STF, STJ, TCU, TSE, STM, AGU, Justiça), o dobro se contados os ex.

Da política, o de Estado da Defesa, o presidente do Congresso (Rodrigo Pacheco, ministeriável do Supremo) e 2 ex-presidentes da República (José Sarney e Michel Temer). Essas autoridades se esmeraram e o resultado é monumental não só na quantidade.

1/8 – Ministros do STF prestigiam Toffoli em lançamento de livro

Cada voto é uma história, cada relatório é o futuro em movimento. Em conjunto, dão ideia da grandiosidade do Toffoli ministro, pois o que sai dos livros é um portento.

A prisão depois da condenação em 2ª instância, por exemplo, esteve em mídias e tribunais até o grupo ter o destemor, a sabedoria e o discernimento de cumprir o princípio constitucional da presunção de inocência. Conteúdo impopular? Sim. Como presidente do Supremo, Toffoli deu o voto de minerva para acabar com o populismo penal.

Além da Constituição, sua agilidade salvou vidas durante a crise provocada pela covid-19. Gilmar lembra que, sob a liderança de Toffoli, o STF funcionou com a celeridade que o momento impunha às providências legais necessárias. “Cuidou da competência dos entes federados para legislar e adotar medidas sanitárias de combate à epidemia” e, no auge da já transformada em pandemia, declarou a constitucionalidade da parte da medida provisória “permitindo a conciliação do binômio manutenção de empregos e atividade empresarial”.

Sua argúcia também apareceu na conexão entre as áreas de educação, saúde e tecnologia, garantindo recursos para internet no período do coronavírus.

Assim, foi na última década e meia, conciliando, exibindo “uma percepção profunda das sutilezas do direito e um talento excepcional para harmonizar os múltiplos interesses” em assuntos muito diversificados.

De reconhecimento de paternidade ao transporte de pessoas com deficiência, que devem ser integradas igualmente no ambiente de ensino. Da tributação de e-book à classificação indicativa de atrações para crianças e adolescentes. Enfrentou a violência contra a mulher, jogou no lixo a abjeta tese da legítima defesa da honra e postou-se de arrimo a quem não consegue pagar exame de DNA.

O ministro José Múcio recorda que “Toffoli teve uma atuação destacada em diversos outros julgamentos de relevância, como na análise da Lei da Ficha Limpa e em casos tributários e econômicos”.

Conforme o procurador Lenio Streck, a “13ª Vara de Curitiba, com chancela do MPF, usou todo tipo de artifícios para impedir o acesso às provas produzidas indevidamente por meio de acordos de leniência. Tantas artimanhas que até mentira contaram nos autos”, mas ressalta que Toffoli pontuou “a fragilidade dos atos da Lava Jato e aquele projeto de poder de Sergio Moro e Deltan Dallagnol”.

O presidente Roberto Barroso e mais 3 integrantes do Supremo, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Edson Fachin, escrevem sobre seu trabalho. Barroso conta que o Toffoli gestor, à frente do TSE, “implementou diversas medidas que constituem verdadeiro legado para o país”, como obrigar que se comprove, sob o olhar geral, a segurança do sistema eletrônico de votação e apuração, e propor “a criação do revolucionário Registro Civil Nacional”.

Diz Zanin que Toffoli “demonstra uma coragem singular, um olhar atento e perspicaz, além de uma sensibilidade única às questões sociais e humanas”. Fux observa a modernidade de Toffoli ao tratar de inteligência artificial já em 2020, quando comandava o CNJ.

Fachin e Carlos Eduardo Lacerda Baptista iluminam o volume 2 citando Pierre Bourdieu, que rememora outro francês: “Se, como afirma Bachelard, ‘todo químico deve combater em si o alquimista’, assim também todo sociólogo deve combater em si o próprio profeta social que, segundo as exigências de seu público, é obrigado a encarnar”.

O humilde busca a perfeição no único que dela dispõe e as entrelinhas dos votos de Toffoli estão recheadas daquilo em que acredita, a fé na vida, fé no homem, fé no que virá”, como no poema de Gonzaguinha e Erasmo Carlos, que neste mês completa 2 anos de saudade.

Traduzidos pelo cidadão comum, a gente do povo, os votos do ministro significam que “nós podemos tudo, nós podemos mais, vamos lá fazer o que será”. Toffoli foi para o STF e há 15 anos faz o que será um país melhor. Portanto, os autores dos artigos sequer precisaram elogiá-lo, bastou-lhes enumerar sua produção.

05/11/2024

Novo RG será obrigatório: confira o prazo e como agendar o seu


 Em busca de maior segurança e praticidade, o Brasil introduziu uma nova versão do Registro Geral (RG), que começará a ser obrigatória para os cidadãos. O novo documento de identificação, denominado Carteira de Identidade Nacional (CIN), visa unificar e simplificar a identificação pessoal, utilizando o número do CPF como referência principal.

De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a adesão ao novo RG já abrange mais de 12 milhões de brasileiros. Este documento moderno também incorpora um QR Code, facilitando a validação de suas informações e mitigando o risco de fraudes.

Por que o Novo RG é Importante?

Novo RG / © Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul

O principal objetivo da atualização do RG é aumentar a segurança. Utilizar o CPF – que já é um cadastro único em nível nacional – como número de identificação, elimina redundâncias e harmoniza os registros existentes. Essa mudança torna o processo de identificação pessoal mais simples e seguro, aumentando a confiança na autenticidade dos documentos.

Além disso, a nova versão do RG permite a inclusão de outros dados, como o número da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o Número de Identificação Social (NIS), entre outros. Essa facilidade centraliza dados importantes em um único documento, tornando o uso diário mais prático para o cidadão.

Como Solicitar a Nova CIN?

  • Agendamento: A maioria dos estados oferece um sistema de agendamento online para solicitar a nova CIN. Essa ferramenta facilita o processo e evita longas filas nos postos de atendimento.
  • Local de Atendimento: O órgão responsável pela emissão do RG em cada estado é o local indicado para solicitar a nova CIN.

Prazo para Emissão e Validade:

  • Cronograma de Transição: O governo federal estabeleceu um prazo para a troca completa do RG tradicional pela nova CIN: até 28 de fevereiro de 2032.
  • Validade do RG Antigo: Após a data limite, o RG tradicional deixará de ser válido em todo o território nacional.

Observação: É importante ressaltar que as informações sobre agendamento, locais de atendimento e prazos podem variar de acordo com cada estado. Recomenda-se consultar o site ou órgão responsável em seu estado para obter informações mais precisas e atualizadas.

Por ser um documento mais seguro e de fácil validação, a nova CIN tende a facilitar diversas situações do dia a dia, como a abertura de contas bancárias, a contratação de serviços de crédito, entre outros. A centralização de informações reduz o número de documentos físicos que uma pessoa precisa carregar, e a presença de um QR Code permite verificações rápidas e eficientes por instituições autorizadas.

Fonte: Terra Brasil Notícias

04/11/2024

Reforma Tributária: prefeitos eleitos começam 2025 com os desafios da transição


 

Novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) passará a substituir o ISS e o ICMS, principais fontes de receita dos municípios brasileiros

Os mais de 5,5 mil prefeitos eleitos em outubro começam 2025 com um desafio dos grandes: conduzir seus municípios na transição tributária prevista pela EC 132/23 para ocorrer entre 2025 e 2028. Nesse período de adaptação, o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) passará a substituir o ISS e o ICMS, impactando diretamente a principal fonte de receita dos municípios brasileiros.

O IBS, que promete unificar a tributação sobre bens e serviços, surge como uma tentativa do governo federal de simplificar o sistema tributário brasileiro. No entanto, especialistas alertam que essa mudança poderá trazer sérias consequências, especialmente para os municípios menores —  que somam cerca de 4,8 mil cidades no país — que frequentemente dependem de receitas do ISS para financiar serviços essenciais.

O mestre em Direito Tributário pela USP, Carlos Crosara, elenca alguns desses desafios.

“O primeiro deles será a convivência com dois regimes jurídicos tributários — o que já aumenta ainda mais a complexidade do sistema. No período de transição, o ISS ainda vai estar valendo com toda sua legislação e regulamentação e vai começar a entrar em vigor, paulatinamente, o IBS. E vai gerar também uma necessidade de investimento em tecnologia e infraestrutura, para rodar esses dois sistemas.”

Não cumulatividade do IBS

Outro ponto levantado por Crosara, que pode trazer desafios para os gestores municipais, é a questão da não-cumulatividade do IBS.

“A não-cumulatividade consiste em, se você tiver uma tributação numa transação anterior, você pode aproveitar esse imposto que você arcou na operação anterior, para abater do imposto devido na transação posterior.”

Neste ponto, para Crosara, será necessário uma grande modificação na escrituração dos contribuintes para poder usar essa nova sistemática não-cumulativa, já que nem eles, nem os fiscais tributários, estão acostumados a esse novo modelo. “Vai ser um longo período de adaptação até que eles se habituem a esse novo modelo.”

Impacto para as cidades

A expectativa é que o novo imposto traga maior equidade na tributação, mas até que isso aconteça, os prefeitos — principalmente das cidades menores — terão, além de se adaptar às mudanças, garantir que a qualidade dos serviços públicos seja mantida, mesmo em um cenário de incertezas fiscais.

Ranieri Genari, advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET, acredita que o impacto para esses gestores será grande, ainda mais no período de transição.

“Do ponto de vista de planejamento — tanto financeiro quanto orçamentário — esse prefeito vai ter um pouco mais de dificuldade para fazer essa composição orçamentária e para entender o quanto esse município pequeno vai deixar de arrecadar ou ter uma elevação dessa arrecadação. Então ele precisa entender que o estudo preliminar para que ele possa tomar essas decisões vai ser muito importante.”

O tamanho da máquina pública também pode ser um fator importante no período de transição, mas o dinamismo econômico maior das cidades de grande porte também será afetado pela reforma, como acredita o assessor de orçamento Cesar Lima.

“Geralmente, as prefeituras menores dependem mais de transferências intergovernamentais do que de sua própria arrecadação. Já para as maiores, que têm uma movimentação econômica maior, esse impacto será mais sentido, mesmo com os “amortecedores” criados para a transição — e certamente haverá perdas num primeiro momento.”

Lima ainda explica que para essas perdas foi criado o fundo de compensação — Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) — que deve atuar para zerar eventuais perdas de arrecadação advindas da reforma tributária.

O período de transição previsto pela EC 132 será de 7 anos, tempo em que IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS  —  impostos que os brasileiros pagam na hora de comprar um produto ou serviço — serão substituídos por CBS, IBS e IS.

Fonte: Brasil 61

03/11/2024

Vídeo mostra confusão generalizada entre venezuelanos em posto de combustível de Goiânia


 Uma grande confusão envolvendo vários venezuelanos tomou conta de um posto de combustível no Setor Criméia Oeste, em Goiânia, na noite de ontem (2). Quem presenciou o tumulto relata que a situação rapidamente se transformou em uma briga generalizada, mas o motivo da discussão permanece incerto para muitos, pois a barreira do idioma dificultou o entendimento dos fatos. Clientes e funcionários do posto ficaram assustados com a intensidade da briga, que chamou a atenção de transeuntes e motoristas. “De repente, vimos uma gritaria e empurra-empurra. Ninguém conseguia entender o que estava acontecendo, porque falavam em espanhol. Foi tudo muito rápido e confuso,” relatou uma testemunha.

31/10/2024

Vilela e Mabel vão trabalhar em parceria por Aparecida e Goiânia


 Leandro Vilela (MDB), prefeito eleito de Aparecida de Goiânia, e Sandro Mabel (MDB), prefeito eleito de Goiânia, reforçaram em entrevista conjunta ao programa Universo Polithéia, com o jornalista Luiz Gama, na noite desta quarta-feira, 30, o compromisso de parceria entre as gestões das duas cidades, que será iniciada em janeiro de 2025.

A colaboração visa unir esforços para o desenvolvimento de Aparecida e Goiânia.

Uma das prioridades destacadas será o desvio da BR-153, que liga as cidades e necessita de melhorias para facilitar o trânsito e reduzir os impactos na vida dos moradores.

“Nós somos amigos e fomos colegas de bancada no Congresso. E juntos vamos atuar para trazer benefícios para as duas cidades junto ao governo federal, por meio das bancadas parlamentares. Tenho certeza de que essa parceria será crucial para atender às demandas dos moradores das duas cidades e da região metropolitana”, comentou Vilela.

Vilela e Mabel buscarão juntos por recursos federais do Ministério dos Transportes para realizar o desvio da rodovia federal fora perímetro urbano.

Além disso, os prefeitos pretendem buscar recursos para construção do viaduto sobre a BR-153 no limite entre as cidades.

Ambos se comprometeram a trabalhar em conjunto para transformar essas melhorias em realidade, aproveitando a proximidade entre as cidades e os interesses comuns da população.

“Precisamos melhorar a mobilidade em pontos de gargalos no trânsito entre as duas cidades. Por isso vamos trabalhar para trazer os viadutos necessários para a BR-153, no Jardim Bela Vista, melhorando o fluxo e facilitando a vida do condutor que muitas vezes passa horas dentro do carro”, sublinha Mabel.

Os prefeitos eleitos destacaram que irão honrar os compromissos assumidos com os eleitores, promovendo o desenvolvimento de Aparecida e Goiânia. Vilela e Mabel ressaltaram que, com o apoio das bancadas estaduais e federais, pretendem implementar melhorias em transporte, educação e qualidade de vida para todos os habitantes da região metropolitana. Ambos declararam-se motivados para iniciar suas gestões com um trabalho conjunto focado nas necessidades da população.

“Juntos vamos fazer as duas cidades crescer e alcançar novos patamares. Trabalharemos na otimização dos recursos públicos para maximizar os benefícios para os cidadãos. Atuaremos com eficiência e responsabilidade fiscal, priorizando investimentos em setores essenciais como saúde e educação”, concluiu Vilela.

30/10/2024

O presidente de 2010 absolvido com 14 anos de atraso. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!


 

Ao absolver José Dirceu, o ministro Gilmar Mendes reafirma a garantia da Constituição e do Estado Democrático de Direito brasileiros

A vida de julgador realmente não é fácil. Há alguns anos, Gilmar Mendes era xingado por condenar José Dirceu no Mensalão. Agora, o mesmo ministro do Supremo Tribunal Federal é criticado por absolver o mesmo petista.

Mas há um 3º personagem nos 2 casos, além do magistrado e do político, o Estado Democrático de Direito. Os amigos e os adversários de Dirceu só podem ser uma coisa e outra porque existe a liberdade garantida pela Constituição. Quando o juiz decide a favor, os favoráveis vibram; se a sentença é contra, os contrários festejam; já o magistrado, alheio a agrados e desagrados, só pode vibrar e festejar o fato de o “livrinho” manter livre o país.

Os constitucionalistas formados na WU, a famosa WhatsApp University, estão de volta para comentar a notícia Gilmar Mendes anula as condenações de Zé Dirceu na Lava Jato, como divulgou este jornal digital, ou com texto dele derivado.

O juiz da causa, Sergio Moro, atuou com “motivação política e interesse pessoal” nos processos contra Lula, o que impediu “julgamento justo e imparcial” a Dirceu. Cadê o erro do ministro? A WU tem de abrir turmas e mais turmas de pós-graduação em DAW (direito achado na web), senão seus seguidores ficarão sem argumentos:

“Bandidos devolveram dinheiro, o que comprova o crime” 

Houve delito, sim. E o dinheiro devolvido não será reembolsado pelos corruptos. Mas essa é outra história. A suspeição entendida por Gilmar residiu na cabeça de Moro contra Lula, o que afetou o julgamento dos demais petistas. Ou alguém discorda que o ex-juiz curitibano lucrou com a desgraça alheia um ministério e o mandato de senador?

Dirceu não devolveu dinheiro porque nada havia subtraído, enquanto Moro dava saltinhos de alegria com os holofotes e os procuradores armavam um superbanco como butim. Se alguém deve reembolsar alguém é Moro, pagando a Dirceu pelos 2 anos em que o trancou na cadeia.

“Deveria estar cumprindo a pena, não se livrando dela”  

Num processo, Moro condenou Dirceu a mais de 23 anos de prisão.  No Tribunal Regional Federal em Porto Alegre, a pena caiu para 8 anos e 10 meses. No STJ, para 4 anos e 7 meses. No STF, para nada. Quanto mais subiu o processo, mais caiu a pena. Tem sido assim desde que os colegiados acordaram para a incrível fábrica de horrores montada no Paraná por Moro&procuradores conluiados.

–“Logo agora que a esquerda tomou uma rasteira nas urnas aparece com essa”

Em maio, mês sem eleição, o STF já havia considerado a prescrição de outra pena desproporcional, de 11 anos e 3 meses.

O DAW descende do DAR (direito achado na rua). Querem quebrar a cabeça dos acusados, porém só até as penas capitais rondarem os seus. De uns tiram a vida, como a do reitor Luiz Carlos Cancellier, que cometeu suicídio depois de ser preso por uma aberração de que o Tribunal de Contas da União o inocentaria. De outros, muitos outros, a liberdade.

De Dirceu tiraram uma junção de ambas, pois o prestígio nacional de que desfrutava era sua vida, era como se sentia liberto, era o que lhe renderia a Presidência da República em 2010.

Ninguém criticou José Dirceu mais do que este articulista. Porém, não nas bases nem com as consequências das páginas que chegaram à operação Lava Jato. Atirar pedras é fácil, até porque geralmente é Golias tentando derrubar Davi. Se o estilo Moro tivesse triunfado, o Brasil estaria vivendo a barbárie. Bastaria alguém contar a uma autoridade que viu fulano furtar uma jaca para o acusado pegar 60 anos por lavagem de dinheiro, organização criminosa, associação para o tráfico, gaguejar em frente ao delegado, pisar em falso perto do japonês da Federal, olhar com cara feia para o órgão do Ministério Público ou apresentar-se despenteado diante do juiz.

Apesar da grita, o Supremo merece ser louvado por cortar as asas da tirania de Moro. Estava sem freio nem contrapeso. Primeiro, prendeu os empreiteiros e levou suas empresas à falência. Depois, iria para cima do restante do patrimônio. Se ninguém o contivesse, a etapa seguinte seria subjugar serventes e pedreiros. Sabe-se lá onde a fúria por dinheiro e poder levaria aquele sujeito. Todavia, ainda há juízes em Brasília.

A coragem de Gilmar, sobejamente conhecida, legou à nação diversas conquistas:

  • a maior delas é o escrivão ad hoc lá dos confins saber que aqueles documentos que está digitando serão içados até a Suprema Corte sem arrepios no braço forte da lei;
  • o guarda da esquina respeitar os direitos do motoqueiro por reconhecer que até os ministros se rendem a esse saco de pancadas da turba chamado presunção de inocência;
  • o policial proteger a integridade do preso em flagrante por saber que os tribunais superiores já chegaram ao século 21 em termos de dignidade da pessoa humana.

E o Dirceu tinha mesmo condição de chegar à Presidência da República ou é recurso de retórica? Tinha. Assim como proporcionou os meios políticos e partidários que alavancaram Lula das 3 derrotas consecutivas ao Palácio do Planalto, Dirceu dispunha de articulação em tantos segmentos que sequer dependeria de 2º turno. Graças a inteligência incrível, capacidade de trabalho e talento para formar equipe.

Se Lula conseguiu para Dilma, com bem mais facilidade alcançaria por Dirceu, que era temido, respeitado, admirado e seguido. Sua cabeça ser levada a prêmio mostrou a relevância de sua figura. Os abutres não se contentariam com menos.

28/10/2024

Vilela diz que vai governar para todos e agradece o Caiado, Daniel, Gustavo e das mulheres


 O ex-deputado federal Leandro Vilela (MDB) foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia com um vitória histórica ao obter 63,6% dos votos válidos. 132.230 eleitores consagraram o sobrinho do ex-prefeito Maguito Vilela, considerado o melhor gestor da história da cidade, como prefeito pelos próximos quatros anos.

Vilela foi lançado candidato a prefeito no final de junho com o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB), do vice-governador Daniel Vilela e do ex-prefeito Gustavo Mendanha, ambos do MDB, e inicialmente tinha cerca de 30% de diferença em relação ao candidato do PL, Professor Alcides, que estava em campanha há praticamente dois anos desde que se reelegeu deputado federal.

Vilela virou no primeiro turno e levou a disputa para o segundo turno quando conseguiu aumentar a sua votação em 22.437 e ampliou a vantagem sobre o concorrente em 56.554 votos (27,2%).

Alcides, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que esteve em Aparecida cinco vezes, teve menos votos no segundo turno que no primeiro turno.

Com 36,4% dos votos válidos (75.676), o deputado federal sofre a sua terceira derrota pela Prefeitura de Aparecida e promete não se candidatar mais ao cargo de prefeito.

Demitido por um Processo Administrativo Disciplinar, Alcides está inelegível até fevereiro de 2028 e não deve disputar a reeleição para deputado federal.

“Vamos fazer um governo honrado, traduzindo essa confiança em ações que garantirão qualidade de vida para todos os aparecidenses. Vamos agora trabalhar para cuidar das pessoas, cuidar das famílias. Cada voto é um compromisso que assumo com cada um dos cidadãos de Aparecida, e eu honrarei essa confiança, trabalhando para entregar obras que beneficiem a todos,” declarou o prefeito eleito, acompanhado do vice-prefeito eleito, João Campos.

“O resultado representa o desejo da população por continuidade e renovação. Fizemos uma campanha limpa, com respeito a todos, mantendo uma conexão direta com os eleitores. Esta é uma vitória da Aparecida que escolheu o respeito e que vai voltar a sorrir, voltando para os trilhos do desenvolvimento,” disse Vilela, emocionado, ao lembrar do orgulho que sentirá ao ocupar a mesma cadeira que foi de seu tio.

Vilela expressou profunda gratidão aos aparecidenses e a todos que, segundo ele, “caminharam ao seu lado” ao longo da jornada eleitoral. O prefeito eleito dedicou agradecimentos aos aliados que fortaleceram sua campanha, destacando o apoio do governador Ronaldo Caiado, do vice-governador Daniel Vilela, do ex-prefeito Gustavo Mendanha, além de deputados estaduais e federais e dos candidatos a vereador da coligação.

Vilela reafirmou seu compromisso com o legado de Maguito Vilela e Gustavo Mendanha, destacando a importância de seguir o caminho dos líderes que tanto contribuíram para Aparecida. “Meu compromisso é elevar Aparecida a um novo patamar de crescimento, como sempre foi o sonho de Maguito e Gustavo,” afirmou.

“Tivemos um ato de responsabilidade e de compromisso com o crescimento de Aparecida ao colocar o nome de Leandro Vilela na disputa. E os eleitores aparecidenses entenderam a importância de votar em alguém comprometido com o município e que respeita a todos. Reforçamos aqui as parcerias que serão feitas por nós, no governo do estado, com Vilela prefeito,” destacou o vice-governador, ao lado de Gustavo. “Foi uma vitória de Aparecida. Venceu o projeto do amor e do respeito,” disse Gustavo, acompanhado de sua esposa, Mayara Mendanha.

IMPORTÂNCIA DO VOTO DAS MULHERES

O prefeito eleito também prestou um agradecimento especial às mulheres que, segundo ele, foram “um diferencial determinante nesta campanha,” concluindo sua fala ao prometer um governo inclusivo e para todos os cidadãos de Aparecida.

Ao lado da primeira-dama Gracinha Caiado, da ex-secretária Mayara Mendanha, da deputada federal Sylvie Alves, da única vereadora reeleita da história de Aparecida, Camila Rosa, e de milhares de lideranças femininas, como a filha de Iris, Ana Paula Rezende, Vilela dedicou a campanha à defesa das mulheres deixando claro a diferença dele com o candidato Alcides que tem um histórico de agressão às mulheres.

“Vamos trabalhar para todos, respeitando as pessoas, cuidando das pessoas e do dinheiro público, realizando as obras essenciais para o desenvolvimento da nossa cidade. Aparecida será a melhor cidade para se viver no interior do país,” declarou, reforçando seu compromisso com uma gestão transparente e voltada para o bem-estar coletivo.

Foram contabilizados 207.906 votos válidos, além de 6.162 votos brancos (2,76%) e 9.549 votos nulos (4,27%), com uma taxa de abstenção de 121.750 (35,25%).

PERFIL

Leandro Vilela Veloso, 48 anos, é empresário e produtor rural. Filho de João Bosco Veloso e Nelma Vilela Veloso e pai de dois filhos, Leandro iniciou sua vida pública como líder estudantil e foi vereador em Jataí de 1997 a 2002. Foi eleito deputado federal pelo Estado de Goiás por três mandatos, exercidos de 2003 a 2015. Leandro Vilela atuou como diretor de Operações do Detran Goiás no governo de Ronaldo Caiado de março de 2023 até junho deste ano. Foi o deputado federal que representou Aparecida durante os mandatos do ex-prefeito Maguito Vilela e ajudou a conquistar diversos benefícios para a cidade como o Hospital Municipal de Aparecida, 3 UPAs, 28 UBSs, 21 CMEIs e asfalto para mais de 115 bairros.

25/10/2024

Hospitais do estado realizam serviços de excelência em Goiânia


 A atual gestão do estado tem ampliado os serviços de saúde em todas as regiões de Goiás, com a política de regionalização. Contudo, Goiânia continua sendo um polo de excelência para a Saúde Pública da Região Centro-Oeste do País. A capital concentra os principais serviços de saúde promovidos pelos hospitais da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Atualmente, a região possui linha de cuidados de alta complexidade para atendimentos a infarto, queimados, traumas, Acidente Vascular Cerebral (AVC), cirurgia para separação de siameses, dentre outras especialidades. Além disso, a capital é referência em infectologia e dermatologia e atendimento para mulher com alto risco, além de ser modelo para transplantes. Todos esses serviços nas unidades de saúde do estado localizadas em Goiânia.

Os serviços são reflexo dos investimentos em Saúde promovidos pela atual gestão do Governo de Goiás. Anualmente, são disponibilizados R$ 1.4 bilhão para custear os hospitais do estado. Já em relação a investimentos nas unidades, foram aportados R$ 134 milhões para ampliação ou construção, aquisição de equipamentos e mobiliários, implantação de sistemas de informação e criação de outros serviços.

Unidades importantes como o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), entre outras, receberam aportes financeiros importantes para promover a melhoria dos serviços. Somente em equipamentos foram investidos, em 2024, R$ 22 milhões em todos as unidades da capital.

“Os hospitais da capital servem como modelo para implantação de linhas de cuidado nas unidades que estão espalhadas e distribuídas em todo o estado. A importância dessas unidades para Goiânia não se refere apenas ao número de leitos, mas à complexidade dos serviços oferecidos”, comenta Luciano de Moura, subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde.

O gestor destaca ainda que Goiânia é um grande centro formador, com programas de residência médica que estão concentrados na capital.

“Essas unidades são modelos e naturalmente se tornam referência para as unidades do interior”.

Serviços de excelência e investimentos

O governador e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein assinaram, em agosto, termo de colaboração para a administração do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), pela entidade. Ronaldo Caiado informou que os R$ 100 milhões vão transformar o Hugo em um hospital altamente especializado, referência em cardiologia.

Deste total de recursos, R$ 60 milhões estão sendo destinados à realização de obras; R$ 35 milhões direcionados para aquisição de equipamentos e mobiliário e R$ 5 milhões, na modernização tecnológica.

Na gestão de Caiado importantes obras foram realizadas na capital para promover a melhoria da Saúde Pública de Goiânia. O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) é um exemplo. A unidade foi inaugurada em dezembro de 2021, com investimentos de 135 milhões, entre obras e equipamentos.

Outra obra importante é a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). As obras do hospital estão em ritmo acelerado, com mais de 60% de conclusão. Com projeto para ter 44 mil metros quadrados de área construída e previsão de 148 leitos, serão investidos R$ 427 milhões do Tesouro Estadual.

Além dessa medida para o atendimento em oncologia, o Hospital Araújo Jorge (unidade filantrópica) conta, desde 2019, com apoio financeiro do estado, por meio do Plano de Fortalecimento. Em 2024 a contrapartida estadual foi renovada. A previsão é de repasses na ordem de R$ 21,6 milhões ao hospital. Assim, o Governo de Goiás está implementando a rede de oncologia em todo Estado.

Outro avanço promovido pela rede pública estadual foi a realização de transplante de medula óssea para pacientes com câncer no sistema linfático. O primeiro procedimento foi realizado no HGG, em Goiânia, que tem capacidade para realizar seis transplantes por mês, além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes. O departamento conta com 32 leitos – seis deles exclusivos para transplante de medula óssea.

Em 2021, uma medida importante foi a transferência da gestão da regulação das unidades da rede estadual localizadas em Goiânia para a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A decisão foi aprovada em 2021 em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Com isso, o estado conseguiu diminuir o tempo de espera dos pacientes e qualificar a gestão dos leitos hospitalares.