O governador Marconi Perillo participou, na manhã desta quarta-feira, 20, de uma reunião de todos os gestores estaduais do país com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para debater o Pacto Federativo. A reunião pública aconteceu no Salão Negro, no Senado Federal. A situação financeira do país foi apresentada pela ótica de cada estado.
“O Congresso Nacional abre as portas para ouvir as demandas dos governadores. Essa reunião se faz sobre tudo para que possamos ouvir os governadores e para conseguirmos encontrar caminhos para voltar a avançar a economia do país. Estamos consciente de que um dos principais empecilhos para avanço bem da demora nos repasses aos estados brasileiros”, disse o presidente do Senado, Renan Calheiros, ao abrir a reunião.
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha afirmou que é preciso estancar a sangria que tem sido feita ao longo dos anos. “O tratamento que a Câmara tem dado nas votações, junto com o tratamento dado peloSenado, é de não fugir do debate político. Não vamos deixar que esse estado de insolvência que se instaurou continue. Mas temos que ter a cautela com soluções claras à vista”, declarou.
O governador Marconi Perillo afirmou que fez um ajuste fiscal rigoroso em Goiás. Lembrou que os governadores apoiaram as medidas de ajuste do governo federal, mas que o remédio não pode matar o paciente. Marconi defendeu linhas de financiamento para investimentos nos estados e alertou que oCongresso Nacional precisa ter atenção com a pauta da Segurança Pública. E, por fim, afirmou acreditar que a união das forças políticas pode desaguar na construção de um novo pacto federativo que seja positivo para todos os entes e principalmente para a sociedade brasileira. “Nós governadores já fizemos todos os ajustes, todos os cortes que eram necessários. No meu Estado, em Goiás, reduzimos para 10 o número de secretarias, cortamos metade do número de comissionados. Mesmo assim, vamos ter neste ano redução de quase R$ 5 bilhões no orçamento. O cenário é pior que 2013″, disse.
Após a reunião, o governador de Goiás falou com a imprensa: “Há muitos anos nós cobramos mudanças no pacto federativo, já que a União sempre tem mais dinheiro, concentra 70% das receitas do país, cabendo aos estados e municípios receita inferior a 30%. Ou seja, inúmeros pontos debatidos aqui serão importantes para assegurar recursos e receitas para que a situação possa melhorar nos Estados. Em Goiás, por exemplo, nós já melhoramos muito a saúde, avançamos muito na educação, mas ainda temos muitas demandas e precisamos viabilizar condições para que essas realizações sejam feitas. Não vejo nada melhor do que essa reunião hoje”, disse.
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