Deputado acusa Dona Iris Araújo de mandar “jagunços” provocarem baixaria no PMDB
Uma discussão forte e que acabou em tiros entre o deputado Paulo Cézar Martins (PMDB) com o presidente da juventude nacional da legenda, Pablo Rezende, na noite desta quarta-feira, terminou na delegacia, e agravou ainda mais o conflito dentro do comando da sigla – hoje disputada pelo grupo de Iris Rezende e de Maguito Vilela. Conforme a versão de Pablo, relatada para a imprensa, o parlamentar teria tentado impedir que militantes tivessem acesso a documentos referentes aos delegados do partido – que decidirão quem vai, de fato, comandar o PMDB a partir de fevereiro.
O partido terá em breve disputa pela presidência da sigla envolvendo Nailton Oliveira, o deputado federal Daniel Vilela e possivelmente outros postulantes – como Paulo Cézar Martins. A reportagem não conseguiu contato com Pablo, mas o deputado Paulo Cézar Martins não confirmou a versão informada pelo líder da juventude para a imprensa. Pablo Rezende, líder da juventude peemedebista, apoia Nailton para presidente do partido. Pablo disse que o segurança de Paulo Cézar Martins chegou a atirar nele. Todavia, a bala passou longe. Por sua vez, o deputado alega que o tiro foi dado para colocar fim à discussão, que se acalorava cada vez mais. E não teve nenhuma pessoa na mira. Victor Hipólito, que acompanhava Pablo, acusou o deputado: “Hoje fui alvo de um bandido de que se intitula político”.
Deputado acusa Dona Iris de Araújo de mandar “jagunços” provocarem a baixaria no PMDB de Goiás
“Vieram cinco para cima de mim, eu estava apanhando”, disse o deputado ao Opção. Ele conta ainda que a ação teria sido orquestrada pela ex-deputada Dona Iris, mulher de Iris Rezende. “Ela está com medo de perder o poder. Mandou os jagunços dela lá para tentar inviabilizar as eleições. Dona Iris está tentando manter o domínio do partido. Quer manter o ‘panelão’ do PMDB e nós estamos reagindo democraticamente. Ela quer ser candidata a senadora e está com medo de perder de novo”, acusou o parlamentar.
TENSÃO
O PMDB vive hoje um momento de grande tensão interna. Após a derrota para Marconi Perillo, em 2014, a ala irista começou uma fase de depuração, que incluiu a expulsão de políticos como Júnior Friboi – ligado aos Vilelas. Mais recentemente, a legenda começou a discutir qual o papel de Iris Rezende dentro da sigla – se ele atuaria como mentor ou como puxador de votos e eventual candidato à prefeito de Goiânia.
Cresce novamente no partido a insatisfação com o grupo irista.
Conforme Paulo Cézar Martins, o conflito teria iniciado após dona Iris, candidata derrotada nas eleições de 2014, ter convencido Iris a manter o PMDB em suas mãos e seguir orientando os passos da legenda. “São todos marionetes dela”, diz o deputado. O grupo de Daniel Vilela, por sua vez, quer o comando da legenda para encorpar uma candidatura ao governo em 2018. A convenção do partido que ocorreria em 2015 foi vetada pela Justiça, que tenta conciliar os interesses dos filiados e evitar que o grupo irista tratore os demais integrantes.
Marcada para 2 de fevereiro, a convenção tende a ser eletrizante devido ao jogo interno. O presidente provisório, deputado federal Pedro Chaves, vem tentado conciliar o grupo político, mas com a certeza de que a tentativa de Iris e Maguito em forjarem consenso é quase impossível. O problema da facção que tenta sufocar Iris é assumir o partido sem levar em conta a força política do ex-governador, hoje favorito para a disputa do Paço Municipal. Sem sua vitória para prefeito em Goiânia, nas eleições de outubro, o partido perde musculatura para a disputa de 2018. É uma queda de braço onde todos podem sair derrotados.
Fonte: dm.com.br e Jornal Opção
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