Daniela Barbosa Assumpção de Souza, responsável pelo novo bloqueio do WhatsApp no Brasil, é juíza há 14 anos e reconhecida por ser uma magistrada linha-dura. No início da carreira, atuou como serventuária em vara de família. Na ocasião, chegou a acusar a chefe do cartório de receber propina de advogados para agilizar processos. Em seguida, foi transferida para o gabinete da então juíza criminal Kátia Jangutta, uma de suas referências profissionais.
Quando juíza de Fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral, Daniela foi responsável pela cassação do ex-prefeito de Teresópolis Mário Tricano, que tinha mais de 20 anotações criminais. Ao fraudar regras de campanha, ele bateu de frente com Daniela e ficou inelegível por abuso de poder econômico.
Atualmente, é juíza na Fiscalização da Vara de Execuções Penais (VEP). Em 2015, ganhou notoriedade a operação feita no Batalhão Especial Prisional em Benfica, no Rio de Janeiro, quando “enquadrou” policiais presos por fazerem churrascos e receber visitas íntimas sem autorização. Daniela chegou a ser agredida por agentes policiais durante uma visita de inspeção.
Ao longo de sua carreira, ela atuou em casos de grande projeção midiática. Um deles foi a condenação, em primeira instância, de Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, pelo atropelamento que causou a morte do ciclista Wanderson dos Santos, em 2012. Thor acabou sendo absolvido em segunda instância por dois desembargadores.
Ao fazer valer a máxima de que a lei vale para todos, Daniela recebeu o apelido de Kate Mahoney, policial protagonista da série de TV Dama de Ouro, sucesso da década de 1980.
Em janeiro de 2016, a juíza recebeu o Prêmio Faz Diferença, oferecido pelo jornal O Globo.
Fonte: ÉPOCA
Nenhum comentário:
Postar um comentário