08/11/2013
JBS Friboi, um rastro de sangue humano. Verdadeiras histórias da carne "Friboi".
Empresa recebe bilhões do BNDES, no entanto, tem currículo extenso de lesões, mutilações e superexploração de seus trabalhadores
28/09/2011
Matéria originalmente publicada por:
http://www.brasildefato.com.br/content/jbs-friboi-rastro-de-sangue
28/09/2011
Sofrimento em carne e osso
Era o dia 12 de novembro de 2002, Saturnino Vogado tinha 24 anos. Estava no final do expediente, por volta de 15 horas e 45 minutos. Ele havia começado a trabalhar às seis da manhã. A máquina não devia estar ligada; mas estava e começou a puxar. “Levou a minha perna e o meu corpo para o meio das ferragens. Gritei para o meu amigo Jeferson, mas ele estava mais nervoso que eu, paralisado. Os supervisores não estavam acompanhando o nosso trabalho. Nós não sabíamos como fazer aquilo parar. Fraturou meu fêmur, esmagou o joelho, quase me partiu ao meio...”
Para não ter de pagar a indenização pela irresponsável exposição do funcionário e fugir das suas obrigações com a incapacitação permanente, a JBS Friboi fez de tudo, denuncia Saturnino. “Inventaram que eu tinha feito curso, presenciado palestras, que estava plenamente qualificado para operar a máquina. Disseram até que eu era mecânico, embora não passasse de auxiliar de frigorífico”. Além disso, conta, falaram para a imprensa que o acidente havia sido com um caminhão, no embarque, e até tentaram barrar a entrada dos bombeiros que vieram me socorrer. Buscavam encobrir a verdade, não queriam que vissem o que realmente aconteceu”.
Ainda muito novo, desconhecedor do sindicato e dos seus direitos, Saturnino acabou sendo ludibriado pela JBS Friboi e pelo canto da sereia da “responsabilidade social”.
Fazendo das tripas coração
Vários operários ouvidos pela reportagem foram unânimes em denunciar que a JBS mascara as irregularidades praticadas em Campo Grande com uma equipe de ação rápida, principalmente em relação a condições de higiene, segurança e saúde. Assim que chega a fiscalização, “como o pátio é enorme e da portaria de entrada o fiscal sempre entra em contato com o departamento de Recursos Humanos (RH) e daí para a lavanderia”, trajeto que consome pelo menos uns 20 minutos, “fica fácil acomodar as coisas”. E da lavanderia são mais cinco minutos até a linha de produção. “Neste meio tempo entra em ação a ‘equipe estratégica’ para jatear o chão, fazer a limpeza rápida, diminuir a velocidade da nória, fazendo parecer que o ritmo de trabalho é outro e que tudo está nos padrões”.Leonardo Wexell Severo
http://www.brasildefato.com.br/content/jbs-friboi-rastro-de-sangue
Empresa recebe bilhões do BNDES, no entanto, tem currículo extenso de lesões, mutilações e superexploração de seus trabalhadores
28/09/2011
Leonardo Wexell Severo
de Campo Grande (MS)
“A JBS TEM como missão ser a melhor em tudo o que se propõe a fazer”, diz a página da “maior empresa em processamento de proteína animal do mundo”. No entanto, será o crime uma missão da JBS Friboi? Esse é o questionamento que se faz a essa empresa que recebeu R$ 10 bilhões de dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São contundentes relatos de funcionários vitimados pela superexploração, o ritmo intenso de trabalho e as longas e extenuantes jornadas que multiplicam os acidentes de trabalho com lesões e mutilações.
A multiplicação das denúncias e dos protestos vem forçando a Justiça, mesmo que ainda modestamente, a sair da letargia diante do rastro de sangue e dor deixado por essa gigante da alimentação.
“A JBS TEM como missão ser a melhor em tudo o que se propõe a fazer”, diz a página da “maior empresa em processamento de proteína animal do mundo”. No entanto, será o crime uma missão da JBS Friboi? Esse é o questionamento que se faz a essa empresa que recebeu R$ 10 bilhões de dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São contundentes relatos de funcionários vitimados pela superexploração, o ritmo intenso de trabalho e as longas e extenuantes jornadas que multiplicam os acidentes de trabalho com lesões e mutilações.
A multiplicação das denúncias e dos protestos vem forçando a Justiça, mesmo que ainda modestamente, a sair da letargia diante do rastro de sangue e dor deixado por essa gigante da alimentação.
Sofrimento em carne e osso
Era o dia 12 de novembro de 2002, Saturnino Vogado tinha 24 anos. Estava no final do expediente, por volta de 15 horas e 45 minutos. Ele havia começado a trabalhar às seis da manhã. A máquina não devia estar ligada; mas estava e começou a puxar. “Levou a minha perna e o meu corpo para o meio das ferragens. Gritei para o meu amigo Jeferson, mas ele estava mais nervoso que eu, paralisado. Os supervisores não estavam acompanhando o nosso trabalho. Nós não sabíamos como fazer aquilo parar. Fraturou meu fêmur, esmagou o joelho, quase me partiu ao meio...”
Para não ter de pagar a indenização pela irresponsável exposição do funcionário e fugir das suas obrigações com a incapacitação permanente, a JBS Friboi fez de tudo, denuncia Saturnino. “Inventaram que eu tinha feito curso, presenciado palestras, que estava plenamente qualificado para operar a máquina. Disseram até que eu era mecânico, embora não passasse de auxiliar de frigorífico”. Além disso, conta, falaram para a imprensa que o acidente havia sido com um caminhão, no embarque, e até tentaram barrar a entrada dos bombeiros que vieram me socorrer. Buscavam encobrir a verdade, não queriam que vissem o que realmente aconteceu”.
Ainda muito novo, desconhecedor do sindicato e dos seus direitos, Saturnino acabou sendo ludibriado pela JBS Friboi e pelo canto da sereia da “responsabilidade social”.
Saturnino teve a perna amputada em acidente: JBS Friboi
se nega a pagar indenização - Foto: Leonardo Savero
|
Baixou a guarda e acabou sendo completamente driblado e goleado na ação judicial que o condenou como culpado. Tudo o que aconteceu passou a ser de sua única responsabilidade. Foi assim que ficou sem um centavo para fazer frente à adversidade da vida de trabalhador pobre e mutilado, morador da periferia. “Não ganhei nenhuma indenização da JBS Friboi, nada, nadinha. Só de Deus: a vida, uma segunda chance de viver. Até para me aposentar tive que entrar na Justiça. Saiu recém agora, no mês de agosto”.
Além da amputação da perna direita, Saturnino sofreu um corte nas costas e um enorme ferimento, que o rasgou da virilha até o ânus, expondo suas vísceras, o que lhe obrigou a fazer uma colostomia. (Por meio de uma bolsa se faz a exteriorização do intestino grosso para a eliminação de gases ou fezes). E o tempo passou. Devido à “enrolação” do SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande (MS) e à completa falta de solidariedade da Friboi, a operação de reversão da colostomia não foi feita após os três meses do acidente, conforme inicialmente os médicos haviam apontado, mas somente cinco anos depois. Foram quase sessenta meses, longos e intermináveis.
“O SUS estava sempre cheio e a empresa vivia inventando desculpas, dizendo que não podia pagar pela cirurgia. Para fazer a reversão tive de ir de bicicleta, pedalando cerca de quinze quilômetros com a prótese e a bolsa de colostomia. Foi assim que consegui”, relata.
Pai de dois filhos, “se virando” para sobreviver com o salário mínimo que ganha do auxílio-doença, Saturnino fez adaptação numa moto para sair à busca de trabalho. Ele pinta portas e portões para tentar complementar o macérrimo orçamento.
Além da amputação da perna direita, Saturnino sofreu um corte nas costas e um enorme ferimento, que o rasgou da virilha até o ânus, expondo suas vísceras, o que lhe obrigou a fazer uma colostomia. (Por meio de uma bolsa se faz a exteriorização do intestino grosso para a eliminação de gases ou fezes). E o tempo passou. Devido à “enrolação” do SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande (MS) e à completa falta de solidariedade da Friboi, a operação de reversão da colostomia não foi feita após os três meses do acidente, conforme inicialmente os médicos haviam apontado, mas somente cinco anos depois. Foram quase sessenta meses, longos e intermináveis.
“O SUS estava sempre cheio e a empresa vivia inventando desculpas, dizendo que não podia pagar pela cirurgia. Para fazer a reversão tive de ir de bicicleta, pedalando cerca de quinze quilômetros com a prótese e a bolsa de colostomia. Foi assim que consegui”, relata.
Pai de dois filhos, “se virando” para sobreviver com o salário mínimo que ganha do auxílio-doença, Saturnino fez adaptação numa moto para sair à busca de trabalho. Ele pinta portas e portões para tentar complementar o macérrimo orçamento.
Fazendo das tripas coração
"Não consigo vestir ou tirar a blusa, pentear o cabelo
ou erguer o braço - Foto: Leonardo Savero
|
Verônica Benitez trabalhava na triparia tirando o sebo com a tesoura para cozinhar e embalar. “É questão de segundos e vai caindo tripa e mais tripa, o que deixa muita gente doente pelo ritmo. Lá dizem haver 70 trabalhadores, mas se tem 40 é muito porque muitos acabam pegando atestado por não suportar o ambiente ou estão encostados na Previdência. E aí quem fica ali tem que dar conta do serviço todo e se arrebenta”, explica.
Passados dois anos, adquiriu um edema, além de “bursite subacromial” e “tendinite do supraespinhal e subescapular” que a incapacitam para o trabalho. “Agora, a JBS diz não ter nada com isso. Mas não foi lá que adquiri as lesões? Se a gente chegava com atestado de 15 dias, tiravam dez e só davam cinco, com o médico da empresa remanejando de função, fazendo as pessoas trabalharem doentes. Então, de quem é a culpa?”, questiona a operária. Recebendo do INSS “auxílio-doença”, já que “a JBS tem como norma não reconhecer o acidente de trabalho”, Verônica vem pagando consultas e remédios do próprio bolso. “Não consigo tirar ou vestir a blusa, pentear o cabelo ou erguer o braço”, desabafa.
Elton Ferreira da Silva também tem recordações traumáticas de um período com excesso de pedidos de “mocotó”, “a pata da vaca”, explica. “Cheguei de manhã, normal. Foi tudo muito rápido. Quando vi já estava com o braço travado dentro da máquina, urrando de dor e pedindo socorro”. “O problema é que tinha uma aglomeração de gente na seção para tocar a produção – milhares de pés por dia. Tudo parecia pingue-pongue, com a gente cagando a alma pela pressão. E o meu braço ficou assim, cheio de pinos”, mostra. O braço engessado ainda dói. O operário deveria ter passado pela avaliação de um médico no dia 23 de agosto. Como não havia quem o atendesse no sistema público de Campo Grande e a JBS não deu qualquer apoio para amenizar o sofrimento numa clínica particular – inviável para quem ficou por conta do INSS – a consulta foi remarcada para o dia 20 de setembro.
O ajudante de produção Ronaldo Teixeira sente o estômago embrulhar toda vez que houve o nome da antiga firma, da qual foi demitido por justa causa, estando com a mulher grávida, por meio de uma grosseira armação. Ronaldo foi posto na rua quando retornou ao trabalho no frigorífico da JBS Friboi na capital do MS, depois de ter ganho ação contra a empresa de R$ 50 mil por danos morais e indenização trabalhista após acidente na linha de produção.
Conforme o laudo do Centro de Atendimento Médico e Pericial do Mato Grosso do Sul, o acidente no frigorífico provocou “anquilose de polegar direito, com deformidade importante decorrente de esmagamento de partes moles e ossos”. “As sequelas estão definitivamente instaladas, sem tratamentos que possam revertê- las”, acrescenta o documento, que assinala a “perda da capacidade de pinça” – já que é o dedo polegar o que faz o aperto, o que segura o punho.
Sérgio Alfonso era “serra fita” – como são chamados os funcionários que seguram a serra elétrica para dividir o boi ao meio – numa das unidades da JBS Friboi na cidade.
Passados dois anos, adquiriu um edema, além de “bursite subacromial” e “tendinite do supraespinhal e subescapular” que a incapacitam para o trabalho. “Agora, a JBS diz não ter nada com isso. Mas não foi lá que adquiri as lesões? Se a gente chegava com atestado de 15 dias, tiravam dez e só davam cinco, com o médico da empresa remanejando de função, fazendo as pessoas trabalharem doentes. Então, de quem é a culpa?”, questiona a operária. Recebendo do INSS “auxílio-doença”, já que “a JBS tem como norma não reconhecer o acidente de trabalho”, Verônica vem pagando consultas e remédios do próprio bolso. “Não consigo tirar ou vestir a blusa, pentear o cabelo ou erguer o braço”, desabafa.
Elton Ferreira da Silva também tem recordações traumáticas de um período com excesso de pedidos de “mocotó”, “a pata da vaca”, explica. “Cheguei de manhã, normal. Foi tudo muito rápido. Quando vi já estava com o braço travado dentro da máquina, urrando de dor e pedindo socorro”. “O problema é que tinha uma aglomeração de gente na seção para tocar a produção – milhares de pés por dia. Tudo parecia pingue-pongue, com a gente cagando a alma pela pressão. E o meu braço ficou assim, cheio de pinos”, mostra. O braço engessado ainda dói. O operário deveria ter passado pela avaliação de um médico no dia 23 de agosto. Como não havia quem o atendesse no sistema público de Campo Grande e a JBS não deu qualquer apoio para amenizar o sofrimento numa clínica particular – inviável para quem ficou por conta do INSS – a consulta foi remarcada para o dia 20 de setembro.
O ajudante de produção Ronaldo Teixeira sente o estômago embrulhar toda vez que houve o nome da antiga firma, da qual foi demitido por justa causa, estando com a mulher grávida, por meio de uma grosseira armação. Ronaldo foi posto na rua quando retornou ao trabalho no frigorífico da JBS Friboi na capital do MS, depois de ter ganho ação contra a empresa de R$ 50 mil por danos morais e indenização trabalhista após acidente na linha de produção.
Conforme o laudo do Centro de Atendimento Médico e Pericial do Mato Grosso do Sul, o acidente no frigorífico provocou “anquilose de polegar direito, com deformidade importante decorrente de esmagamento de partes moles e ossos”. “As sequelas estão definitivamente instaladas, sem tratamentos que possam revertê- las”, acrescenta o documento, que assinala a “perda da capacidade de pinça” – já que é o dedo polegar o que faz o aperto, o que segura o punho.
Sérgio Alfonso era “serra fita” – como são chamados os funcionários que seguram a serra elétrica para dividir o boi ao meio – numa das unidades da JBS Friboi na cidade.
Sérgio Alfonso perdeu o movimento dos três dedos:
"equipamentos estavam gastos e sem manutenção" -
Foto: Leonardo Savero
|
“O acidente aconteceu na véspera do meu aniversário, no dia 25 de julho de 2005. Quando coloquei a serra na carcaça do boi, a carretilha que fecha as pernas do animal escapou do dente da nória (a correia que transporta o gado pendurado), a fita de aço que garante o corte segurou no osso. Como os dentes da nória estavam gastos, toda aquela carne desengatou e me deu um tirambaço. Foi aí que perdi o movimento de três dedos”.
A tragédia estava anunciada havia tempos. Os operários da seção, assim como Sérgio, já haviam alertado para o desgaste dos equipamentos e a urgência da manutenção. Acontecida a desgraça, recebeu os quinze dias da empresa pelo acidente de trabalho e “tchau e gracias”, nenhuma ajuda nas mais de cem sessões de fisioterapia, o que o obrigou a entrar na Justiça para garantir seus direitos.
Conforme alegou a JBS, a culpa era única e exclusivamente sua: “cortaram meu salário e até o sacolão de alimentos. Um ano e meio aguardando sem que a empresa ajudasse em nada”. Como a firma economiza com o trabalhador, mas não com bons advogados, recebeu uma indenização de apenas R$ 26 mil pela incapacitação permanente. Atualmente recebe R$ 460,00 da Previdência como auxílio-doença, cerca de metade do valor do salário de um serrafita com a sua experiência, que começava às 5h30 e não tinha hora para acabar. Como acontece ainda hoje.
A tragédia estava anunciada havia tempos. Os operários da seção, assim como Sérgio, já haviam alertado para o desgaste dos equipamentos e a urgência da manutenção. Acontecida a desgraça, recebeu os quinze dias da empresa pelo acidente de trabalho e “tchau e gracias”, nenhuma ajuda nas mais de cem sessões de fisioterapia, o que o obrigou a entrar na Justiça para garantir seus direitos.
Conforme alegou a JBS, a culpa era única e exclusivamente sua: “cortaram meu salário e até o sacolão de alimentos. Um ano e meio aguardando sem que a empresa ajudasse em nada”. Como a firma economiza com o trabalhador, mas não com bons advogados, recebeu uma indenização de apenas R$ 26 mil pela incapacitação permanente. Atualmente recebe R$ 460,00 da Previdência como auxílio-doença, cerca de metade do valor do salário de um serrafita com a sua experiência, que começava às 5h30 e não tinha hora para acabar. Como acontece ainda hoje.
Adulterando o local do crime
“O fato é que quando o Ministério do Trabalho mandou um perito para averiguar a situação no local, eles já haviam mudado os equipamentos. Substituíram bem rapidinho por uns mais sofisticados. A serra elétrica, por exemplo, só funciona agora quando estamos segurando os botões com as duas mãos. Soltou um, ela já desliga automaticamente. Isso dá mais segurança, principalmente numa ação rápida, que corta um boi pela metade em menos de minuto”, explica Sérgio.
de Campo Grande (MS)
“A JBS TEM como missão ser a melhor em tudo o que se propõe a fazer”, diz a página da “maior empresa em processamento de proteína animal do mundo”. No entanto, será o crime uma missão da JBS Friboi? Esse é o questionamento que se faz a essa empresa que recebeu R$ 10 bilhões de dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São contundentes relatos de funcionários vitimados pela superexploração, o ritmo intenso de trabalho e as longas e extenuantes jornadas que multiplicam os acidentes de trabalho com lesões e mutilações.
A multiplicação das denúncias e dos protestos vem forçando a Justiça, mesmo que ainda modestamente, a sair da letargia diante do rastro de sangue e dor deixado por essa gigante da alimentação.
“A JBS TEM como missão ser a melhor em tudo o que se propõe a fazer”, diz a página da “maior empresa em processamento de proteína animal do mundo”. No entanto, será o crime uma missão da JBS Friboi? Esse é o questionamento que se faz a essa empresa que recebeu R$ 10 bilhões de dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São contundentes relatos de funcionários vitimados pela superexploração, o ritmo intenso de trabalho e as longas e extenuantes jornadas que multiplicam os acidentes de trabalho com lesões e mutilações.
A multiplicação das denúncias e dos protestos vem forçando a Justiça, mesmo que ainda modestamente, a sair da letargia diante do rastro de sangue e dor deixado por essa gigante da alimentação.
Sofrimento em carne e osso
Era o dia 12 de novembro de 2002, Saturnino Vogado tinha 24 anos. Estava no final do expediente, por volta de 15 horas e 45 minutos. Ele havia começado a trabalhar às seis da manhã. A máquina não devia estar ligada; mas estava e começou a puxar. “Levou a minha perna e o meu corpo para o meio das ferragens. Gritei para o meu amigo Jeferson, mas ele estava mais nervoso que eu, paralisado. Os supervisores não estavam acompanhando o nosso trabalho. Nós não sabíamos como fazer aquilo parar. Fraturou meu fêmur, esmagou o joelho, quase me partiu ao meio...”
Para não ter de pagar a indenização pela irresponsável exposição do funcionário e fugir das suas obrigações com a incapacitação permanente, a JBS Friboi fez de tudo, denuncia Saturnino. “Inventaram que eu tinha feito curso, presenciado palestras, que estava plenamente qualificado para operar a máquina. Disseram até que eu era mecânico, embora não passasse de auxiliar de frigorífico”. Além disso, conta, falaram para a imprensa que o acidente havia sido com um caminhão, no embarque, e até tentaram barrar a entrada dos bombeiros que vieram me socorrer. Buscavam encobrir a verdade, não queriam que vissem o que realmente aconteceu”.
Ainda muito novo, desconhecedor do sindicato e dos seus direitos, Saturnino acabou sendo ludibriado pela JBS Friboi e pelo canto da sereia da “responsabilidade social”.
Saturnino teve a perna amputada em acidente: JBS Friboi
se nega a pagar indenização - Foto: Leonardo Savero
|
Baixou a guarda e acabou sendo completamente driblado e goleado na ação judicial que o condenou como culpado. Tudo o que aconteceu passou a ser de sua única responsabilidade. Foi assim que ficou sem um centavo para fazer frente à adversidade da vida de trabalhador pobre e mutilado, morador da periferia. “Não ganhei nenhuma indenização da JBS Friboi, nada, nadinha. Só de Deus: a vida, uma segunda chance de viver. Até para me aposentar tive que entrar na Justiça. Saiu recém agora, no mês de agosto”.
Além da amputação da perna direita, Saturnino sofreu um corte nas costas e um enorme ferimento, que o rasgou da virilha até o ânus, expondo suas vísceras, o que lhe obrigou a fazer uma colostomia. (Por meio de uma bolsa se faz a exteriorização do intestino grosso para a eliminação de gases ou fezes). E o tempo passou. Devido à “enrolação” do SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande (MS) e à completa falta de solidariedade da Friboi, a operação de reversão da colostomia não foi feita após os três meses do acidente, conforme inicialmente os médicos haviam apontado, mas somente cinco anos depois. Foram quase sessenta meses, longos e intermináveis.
“O SUS estava sempre cheio e a empresa vivia inventando desculpas, dizendo que não podia pagar pela cirurgia. Para fazer a reversão tive de ir de bicicleta, pedalando cerca de quinze quilômetros com a prótese e a bolsa de colostomia. Foi assim que consegui”, relata.
Pai de dois filhos, “se virando” para sobreviver com o salário mínimo que ganha do auxílio-doença, Saturnino fez adaptação numa moto para sair à busca de trabalho. Ele pinta portas e portões para tentar complementar o macérrimo orçamento.
Além da amputação da perna direita, Saturnino sofreu um corte nas costas e um enorme ferimento, que o rasgou da virilha até o ânus, expondo suas vísceras, o que lhe obrigou a fazer uma colostomia. (Por meio de uma bolsa se faz a exteriorização do intestino grosso para a eliminação de gases ou fezes). E o tempo passou. Devido à “enrolação” do SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande (MS) e à completa falta de solidariedade da Friboi, a operação de reversão da colostomia não foi feita após os três meses do acidente, conforme inicialmente os médicos haviam apontado, mas somente cinco anos depois. Foram quase sessenta meses, longos e intermináveis.
“O SUS estava sempre cheio e a empresa vivia inventando desculpas, dizendo que não podia pagar pela cirurgia. Para fazer a reversão tive de ir de bicicleta, pedalando cerca de quinze quilômetros com a prótese e a bolsa de colostomia. Foi assim que consegui”, relata.
Pai de dois filhos, “se virando” para sobreviver com o salário mínimo que ganha do auxílio-doença, Saturnino fez adaptação numa moto para sair à busca de trabalho. Ele pinta portas e portões para tentar complementar o macérrimo orçamento.
Fazendo das tripas coração
"Não consigo vestir ou tirar a blusa, pentear o cabelo
ou erguer o braço - Foto: Leonardo Savero
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Verônica Benitez trabalhava na triparia tirando o sebo com a tesoura para cozinhar e embalar. “É questão de segundos e vai caindo tripa e mais tripa, o que deixa muita gente doente pelo ritmo. Lá dizem haver 70 trabalhadores, mas se tem 40 é muito porque muitos acabam pegando atestado por não suportar o ambiente ou estão encostados na Previdência. E aí quem fica ali tem que dar conta do serviço todo e se arrebenta”, explica.
Passados dois anos, adquiriu um edema, além de “bursite subacromial” e “tendinite do supraespinhal e subescapular” que a incapacitam para o trabalho. “Agora, a JBS diz não ter nada com isso. Mas não foi lá que adquiri as lesões? Se a gente chegava com atestado de 15 dias, tiravam dez e só davam cinco, com o médico da empresa remanejando de função, fazendo as pessoas trabalharem doentes. Então, de quem é a culpa?”, questiona a operária. Recebendo do INSS “auxílio-doença”, já que “a JBS tem como norma não reconhecer o acidente de trabalho”, Verônica vem pagando consultas e remédios do próprio bolso. “Não consigo tirar ou vestir a blusa, pentear o cabelo ou erguer o braço”, desabafa.
Elton Ferreira da Silva também tem recordações traumáticas de um período com excesso de pedidos de “mocotó”, “a pata da vaca”, explica. “Cheguei de manhã, normal. Foi tudo muito rápido. Quando vi já estava com o braço travado dentro da máquina, urrando de dor e pedindo socorro”. “O problema é que tinha uma aglomeração de gente na seção para tocar a produção – milhares de pés por dia. Tudo parecia pingue-pongue, com a gente cagando a alma pela pressão. E o meu braço ficou assim, cheio de pinos”, mostra. O braço engessado ainda dói. O operário deveria ter passado pela avaliação de um médico no dia 23 de agosto. Como não havia quem o atendesse no sistema público de Campo Grande e a JBS não deu qualquer apoio para amenizar o sofrimento numa clínica particular – inviável para quem ficou por conta do INSS – a consulta foi remarcada para o dia 20 de setembro.
O ajudante de produção Ronaldo Teixeira sente o estômago embrulhar toda vez que houve o nome da antiga firma, da qual foi demitido por justa causa, estando com a mulher grávida, por meio de uma grosseira armação. Ronaldo foi posto na rua quando retornou ao trabalho no frigorífico da JBS Friboi na capital do MS, depois de ter ganho ação contra a empresa de R$ 50 mil por danos morais e indenização trabalhista após acidente na linha de produção.
Conforme o laudo do Centro de Atendimento Médico e Pericial do Mato Grosso do Sul, o acidente no frigorífico provocou “anquilose de polegar direito, com deformidade importante decorrente de esmagamento de partes moles e ossos”. “As sequelas estão definitivamente instaladas, sem tratamentos que possam revertê- las”, acrescenta o documento, que assinala a “perda da capacidade de pinça” – já que é o dedo polegar o que faz o aperto, o que segura o punho.
Sérgio Alfonso era “serra fita” – como são chamados os funcionários que seguram a serra elétrica para dividir o boi ao meio – numa das unidades da JBS Friboi na cidade.
Passados dois anos, adquiriu um edema, além de “bursite subacromial” e “tendinite do supraespinhal e subescapular” que a incapacitam para o trabalho. “Agora, a JBS diz não ter nada com isso. Mas não foi lá que adquiri as lesões? Se a gente chegava com atestado de 15 dias, tiravam dez e só davam cinco, com o médico da empresa remanejando de função, fazendo as pessoas trabalharem doentes. Então, de quem é a culpa?”, questiona a operária. Recebendo do INSS “auxílio-doença”, já que “a JBS tem como norma não reconhecer o acidente de trabalho”, Verônica vem pagando consultas e remédios do próprio bolso. “Não consigo tirar ou vestir a blusa, pentear o cabelo ou erguer o braço”, desabafa.
Elton Ferreira da Silva também tem recordações traumáticas de um período com excesso de pedidos de “mocotó”, “a pata da vaca”, explica. “Cheguei de manhã, normal. Foi tudo muito rápido. Quando vi já estava com o braço travado dentro da máquina, urrando de dor e pedindo socorro”. “O problema é que tinha uma aglomeração de gente na seção para tocar a produção – milhares de pés por dia. Tudo parecia pingue-pongue, com a gente cagando a alma pela pressão. E o meu braço ficou assim, cheio de pinos”, mostra. O braço engessado ainda dói. O operário deveria ter passado pela avaliação de um médico no dia 23 de agosto. Como não havia quem o atendesse no sistema público de Campo Grande e a JBS não deu qualquer apoio para amenizar o sofrimento numa clínica particular – inviável para quem ficou por conta do INSS – a consulta foi remarcada para o dia 20 de setembro.
O ajudante de produção Ronaldo Teixeira sente o estômago embrulhar toda vez que houve o nome da antiga firma, da qual foi demitido por justa causa, estando com a mulher grávida, por meio de uma grosseira armação. Ronaldo foi posto na rua quando retornou ao trabalho no frigorífico da JBS Friboi na capital do MS, depois de ter ganho ação contra a empresa de R$ 50 mil por danos morais e indenização trabalhista após acidente na linha de produção.
Conforme o laudo do Centro de Atendimento Médico e Pericial do Mato Grosso do Sul, o acidente no frigorífico provocou “anquilose de polegar direito, com deformidade importante decorrente de esmagamento de partes moles e ossos”. “As sequelas estão definitivamente instaladas, sem tratamentos que possam revertê- las”, acrescenta o documento, que assinala a “perda da capacidade de pinça” – já que é o dedo polegar o que faz o aperto, o que segura o punho.
Sérgio Alfonso era “serra fita” – como são chamados os funcionários que seguram a serra elétrica para dividir o boi ao meio – numa das unidades da JBS Friboi na cidade.
Sérgio Alfonso perdeu o movimento dos três dedos:
"equipamentos estavam gastos e sem manutenção" -
Foto: Leonardo Savero
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“O acidente aconteceu na véspera do meu aniversário, no dia 25 de julho de 2005. Quando coloquei a serra na carcaça do boi, a carretilha que fecha as pernas do animal escapou do dente da nória (a correia que transporta o gado pendurado), a fita de aço que garante o corte segurou no osso. Como os dentes da nória estavam gastos, toda aquela carne desengatou e me deu um tirambaço. Foi aí que perdi o movimento de três dedos”.
A tragédia estava anunciada havia tempos. Os operários da seção, assim como Sérgio, já haviam alertado para o desgaste dos equipamentos e a urgência da manutenção. Acontecida a desgraça, recebeu os quinze dias da empresa pelo acidente de trabalho e “tchau e gracias”, nenhuma ajuda nas mais de cem sessões de fisioterapia, o que o obrigou a entrar na Justiça para garantir seus direitos.
Conforme alegou a JBS, a culpa era única e exclusivamente sua: “cortaram meu salário e até o sacolão de alimentos. Um ano e meio aguardando sem que a empresa ajudasse em nada”. Como a firma economiza com o trabalhador, mas não com bons advogados, recebeu uma indenização de apenas R$ 26 mil pela incapacitação permanente. Atualmente recebe R$ 460,00 da Previdência como auxílio-doença, cerca de metade do valor do salário de um serrafita com a sua experiência, que começava às 5h30 e não tinha hora para acabar. Como acontece ainda hoje.
A tragédia estava anunciada havia tempos. Os operários da seção, assim como Sérgio, já haviam alertado para o desgaste dos equipamentos e a urgência da manutenção. Acontecida a desgraça, recebeu os quinze dias da empresa pelo acidente de trabalho e “tchau e gracias”, nenhuma ajuda nas mais de cem sessões de fisioterapia, o que o obrigou a entrar na Justiça para garantir seus direitos.
Conforme alegou a JBS, a culpa era única e exclusivamente sua: “cortaram meu salário e até o sacolão de alimentos. Um ano e meio aguardando sem que a empresa ajudasse em nada”. Como a firma economiza com o trabalhador, mas não com bons advogados, recebeu uma indenização de apenas R$ 26 mil pela incapacitação permanente. Atualmente recebe R$ 460,00 da Previdência como auxílio-doença, cerca de metade do valor do salário de um serrafita com a sua experiência, que começava às 5h30 e não tinha hora para acabar. Como acontece ainda hoje.
Adulterando o local do crime
“O fato é que quando o Ministério do Trabalho mandou um perito para averiguar a situação no local, eles já haviam mudado os equipamentos. Substituíram bem rapidinho por uns mais sofisticados. A serra elétrica, por exemplo, só funciona agora quando estamos segurando os botões com as duas mãos. Soltou um, ela já desliga automaticamente. Isso dá mais segurança, principalmente numa ação rápida, que corta um boi pela metade em menos de minuto”, explica Sérgio.
Vários operários ouvidos pela reportagem foram unânimes em denunciar que a JBS mascara as irregularidades praticadas em Campo Grande com uma equipe de ação rápida, principalmente em relação a condições de higiene, segurança e saúde. Assim que chega a fiscalização, “como o pátio é enorme e da portaria de entrada o fiscal sempre entra em contato com o departamento de Recursos Humanos (RH) e daí para a lavanderia”, trajeto que consome pelo menos uns 20 minutos, “fica fácil acomodar as coisas”. E da lavanderia são mais cinco minutos até a linha de produção. “Neste meio tempo entra em ação a ‘equipe estratégica’ para jatear o chão, fazer a limpeza rápida, diminuir a velocidade da nória, fazendo parecer que o ritmo de trabalho é outro e que tudo está nos padrões”.
Vários operários ouvidos pela reportagem foram unânimes em denunciar que a JBS mascara as irregularidades praticadas em Campo Grande com uma equipe de ação rápida, principalmente em relação a condições de higiene, segurança e saúde. Assim que chega a fiscalização, “como o pátio é enorme e da portaria de entrada o fiscal sempre entra em contato com o departamento de Recursos Humanos (RH) e daí para a lavanderia”, trajeto que consome pelo menos uns 20 minutos, “fica fácil acomodar as coisas”. E da lavanderia são mais cinco minutos até a linha de produção. “Neste meio tempo entra em ação a ‘equipe estratégica’ para jatear o chão, fazer a limpeza rápida, diminuir a velocidade da nória, fazendo parecer que o ritmo de trabalho é outro e que tudo está nos padrões”.
07/11/2013
Marconi acerta trazer um entreposto da Zona Franca de Manaus para Anápolis
Reunido com o governador do Amazonas, Omar Aziz, na sede do Governo, em Manuas, o governador Marconi Perillo se solidarizou com a luta daquele Estado para concretizar em definitivo uma política aduaneira que garanta a continuidade da Zona Franca de Manaus – ZFM -, que tem previsão legal de vigência só até 2023. Marconi recebeu de Aziz também a solidariedade para a campanha que capitaneia de manutenção dos incentivos fiscais e acertou vinda a Goiás, ainda este mês, para, em Anápolis, assinar um protocolo de intenções com as normativas com vistas à instalação de um entreposto da ZFM.
O entreposto é um projeto que visa construir grandes terminais de cargas e pátio de manobras numa área de 500 mil metros quadrados na futura Plataforma Logística de Anápolis, onde o Estado já constrói o aeroporto de cargas. A principal vantagem para as indústrias de Manaus será tributária, porque apenas vão emitir a nota fiscal das mercadorias a partir de Anápolis.
Com isto, ganharão de 15 a 45 dias para pagamento do imposto, se comparado com a emissão da nota a partir da saída do produto da Zona Franca. Outra vantagem é a redução nos custos com o frete e maior agilidade na distribuição das mercadorias para os principais mercados consumidores do País. O entreposto em Anápolis, se concretizado, também servirá como principal base de destino de produtos para Manaus.
Aziz mostrou conhecer o Estado de Goiás, onde esteve em várias ocasiões, desde a época de estudante e militante da política estudantil, e disse que apoia o projeto elaborado pela Adial Brasil, e apresentado durante a reunião, que garante uma política de incentivos fiscais mantendo uma relação direta com a proporcionalidade do Produto Interno Bruto – PIB – dos estados e garantindo os incentivos já concedidos.
Marconi aproveitou a oportunidade para continuar os contatos que vem fazendo por vários estados em defesa da manutenção da atual política de incentivos fiscais dos estados, também das atuais alíquotas do ICMS nas transações interestaduais e do projeto elaborado pela Adial Brasil, com diretrizes que garantam uma nova modulação para essa política fiscal, permanecendo os incentivos já concedidos e reestruturando essa política de alíquotas diretamente proporcional ao crescimento do Produto Interno Bruto dos estados.
Jovem gay rasga a Bíblia durante aula e é suspenso da escola
O jornal Huffington Post noticiou que um estudante do estado do Texas, Estados Unidos, foi suspenso da escola depois de rasgar um exemplar da Bíblia durante a aula.
O jovem protestava contra o bullying anti-gay na instituição e resolveu arrancar páginas do livro de Levítico onde é possível encontrar a advertência sobre as relações homossexuais.
Isaiah Smith é gay e se considera cristão, porém é contra as afirmações de que “ser gay é pecado” e que “os gays vão para o inferno”.
De acordo com a publicação americana a suspensão aconteceu um dia após o protesto, Smith foi chamado pelo diretor-assistente da Birdville High School, e ficou três dias suspenso.
De acordo com a publicação americana a suspensão aconteceu um dia após o protesto, Smith foi chamado pelo diretor-assistente da Birdville High School, e ficou três dias suspenso.
A medida da escola está sendo contestada pela Associação Humanista Americana que já entregou uma queixa contra a instituição pública. “A única explicação para esse tipo de punição é que foi motivada por questões religiosas, porque (o jovem) expressa crenças diferentes sobre a Bíblia daquelas seguidas pelos funcionários da escola”, disse Monica Miller, advogada da Associação Humanista.
Para eles o colégio não poderia proibir o protesto, pois o garoto tem o direito de se expressar e até mesmo de rasgar trechos da Bíblia. A Associação também afirma que o mais correto seria a proibição de textos religiosos na escola.
Pesquisa CNT: Aécio Neves já é 2º colocado na corrida presidencial
O governo da presidente Dilma Rousseff tem a aprovação de 39% da população, segundo pesquisa divulgada hoje (7) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O índice na pesquisa anterior, de setembro, era de 38,1%. A avaliação negativa do governo chega a 22,7% dos entrevistados.
O desempenho pessoal da presidente foi avaliado como positivo por 58,8% dos entrevistados. O dado mostra estabilidade em comparação à última pesquisa quando o percentual foi 58%. Já o índice de desaprovação do desempenho pessoal de Dilma é 38,9%.
A pesquisa, encomendada pela CNT ao instituto MDA, mostra que, no caso de candidatura, Dilma Rousseff tem 18,9% da intenção espontânea de voto. Em seguida, aparecem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (7,5%), Aécio Neves (6,7%) e Marina Silva (5,6%). Na pesquisa espontânea não são apresentadas opções de possíveis candidatos.
Na intenção de voto estimulada, quando são apresentadas opções de candidatos, em cenário sugerido pela pesquisa para o primeiro turno das eleições, Dilma Rousseff tem 43,5% da intenção de voto, Aécio Neves tem 19,3% e Eduardo Campos, 9,5%. Em um segundo cenário apresentado aos entrevistados, Dilma Rousseff tem 40,6% das intenções de voto, Marina Silva, 22,6% e Aécio Neves, 16,5%.
Nesta edição foram entrevistadas 2.005 pessoas, em 135 municípios de 21 unidades da federação, entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais.
Papa Francisco emociona multidão ao abraçar um enfermo com grandes tumores
O Papa Francisco chamou a atenção da opinião pública e ganhou ainda mais popularidade após realizar um gesto de carinho a um enfermo, nesta quarta-feira (6), na praça de São Pedro, no Vaticano. O fiel sofre de uma doença chamada neurofibromatose, que causa tumores na pele e deformidades ósseas.
O gesto aconteceu nesta terça-feira (6), durante audiência geral. Francisco tocou a cabeça do homem por alguns minutos e depois pediu aos fiéis que orassem por ele. A doença dele não é contagiosa, mas sua aparência faz com que muitas pessoas o rejeitem. Quantos religiosos você conhece que correriam da presença de um doente assim? Pois é!
Governo do PT legaliza a profissão de prostituta como empresa individual
O que muita gente duvidava, já está acontecendo no Brasil. O governo do PT está esculhambando de vez com os valores morais da família brasileira. Prostituição agora tem o apoio total do governo federal.
De acordo com a coluna do jornalista Ancelmo Gois, do jornal “O GLOBO”, a Caixa Econômica Federal fechou parceria com a Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aspromig). Com o título “Master Saliência”, a publicação afirma ainda que “as duas mil moças de vida difícil, filiadas, poderão aceitar cartão de crédito e débito”.
O pagamento em crédito ou débito para o serviço sexual passará a valer a partir desta semana, segundo matéria publicada no portal R7. O convênio da Caixa com a Aspromig levará uma máquina de cartão para cada garota cadastrada, que poderá diversificar o pagamento.
Com a iniciativa, inédita no Brasil, as garotas de programa passam a ser consideradas na prática como empreendedoras individuais. As prostitutas também receberão benefícios como qualquer outro trabalhador por abrir conta no banco como pessoa jurídica.
De acordo com a presidente da Aspromig Cida Vieira, o registro da “compra” no extrato do cartão não vai “entregar” o cliente. “É um registro de pessoa jurídica, sigiloso. Tudo guardado a “sete chaves”. Com a adesão ao programa da Caixa Econômica, as prostitutas passam a ter cobertura da Previdência Social e benefícios como auxílio doença, salário maternidade, aposentadoria e taxas de financiamento diferenciadas. A Caixa Econômica Federal não se pronuncia sobre o assunto. Muito em breve, do jeito que a coisa vai caminhando, teremos o “Cartão Drogas” lançado por esse governo. Eu falo e “nêgo” duvida!
Clécio Alves cancela licitação da Câmara Municipal de Goiânia que era investigada pelo MP
O presidente da Câmara Municipal, Clécio Alves (PMDB) tomou conhecimento nesta quarta-feira da recomendação do Ministério Publico a respeito da denuncia feita pelo vereador Djalma Araújo (SDD) sobre o processo de licitação aberto no mês de agosto referente à contratação da empresa especializada na prestação de serviços de controle sanitário integrado no combate a pragas urbanas, englobando: desinsetização, desratização, descupinização e desalojamento de pombos, em todas as áreas internas e externas da Câmara Municipal de Goiânia.
Clécio determinou o imediato cancelamento da licitação, uma vez que, o processo de execução do contrato já estava suspenso e não fora feito nenhum pagamento. Como já havia sido feita uma aplicação a Câmara vai efetuar o pagamento por indenização e de acordo com os preços de mercado. “Quero que o Ministério Público acompanhe tudo de perto”, frisou.
O presidente informou que, durante seu mandato “irá cumprir tudo que a lei determina”, portanto, haverá o cancelamento imediato desta licitação para abertura de uma nova.
Como consta no portal da transparência no site oficial da Câmara Municipal, o qual todos podem ter acesso, a licitação foi estipulada como menor preço global na modalidade pregão presencial e cumpriu todas as formalidades da Lei 8.666 (Lei de Licitações). Segundo Clécio Alves, pela primeira vez houve a abertura de processo licitatório para dedetização, visto que nos mandatos passados ocorreu dispensa de licitação.
O processo se encontrava aos cuidados do Promotor Fernando Krebs para avaliação do valor licitado em base do preço de mercado. Segundo relatório do MP o valor estava acima da média ocasionando o cancelamento da licitação. As empresas que participaram desta licitação terão agora que explicarem ao Ministério Público a diferença de preços.
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