Não foi dessa vez que acabou a longa espera do futebol argentino.
Há 23 anos sem conquistar títulos, a Albiceleste voltou a esbarrar no Chile e somou seu sétimo vice-campeonato no período, em distintas competições. A nova medalha de prata veio após empate por 0 a 0 e derrota nos pênaltis por 4 a 2, na decisão da Copa América Centenário, nos Estados Unidos.
Com direito a Lionel Messi isolando para a lua a sua cobrança, a primeira da Argentina no duelo.
E também não foi agora que saiu o primeiro troféu do camisa 10 com a seleção de seu país. O jogador eleito quatro vezes como o melhor do mundo pela Fifa já havia ficado com a medalha de prata na Copa América do ano passado, assim como do Mundial de 2014.
Melhor para os chilenos, que ergueram a segunda taça de Copa América de sua história!
Com a bola rolando neste domingo, o placar da decisão sul-americana foi o mesmo da final do ano passado. E novamente o Chile foi melhor na disputa por penalidades.
Desde a última conquista, a Copa América de 1993, a Argentina havia alcançado seis finais e perdido todas.
Caiu nas decisões da Copa das Confederações de 1995 – então nomeada Copa do Rei Fahd, a última antes de ser rebatizada – e 2005, na Copa do Mundo de 2014 e em três edições do torneio sul-americano (2004, 2007 e 2015).
Fica a dúvida: quando a Argentina vai, enfim, sair do jejum?
O jogo – Brasileiro ‘protagonista’ no 1º tempo
A partida foi quente em Nova Jersey.
E na final da Copa América Centenário nem Messi nem Sánchez foram protagonistas, mas sim o árbitro brasileiro Héber Roberto Lopes.
Ele teve muito trabalho e tomou decisões polêmicas, como uma expulsão para cada lado ainda no primeiro tempo de jogo.
O chileno Díaz levou dois amarelos por faltas em Messi, enquanto o argertino Rojo foi expulso direto após carrinho por trás em Vidal.
Com a bola rolando, o que se viu foi a Argentina mais perto de marcar, principalmente com Higuaín, que perdeu chance incrível.
No primeiro lance do jogo, Banega ficou com a bola na intermediária, avançou e soltou a bomba de fora. A bola passou perto da trave direita de Bravo.
Em seguida, Di María ficou com a bola na entrada da grande área, fintou a marcação, levou para o pé direito e arriscou, mas subiu demais e apenas tiro de meta para Bravo.
No lance seguinte, Higuaín perdeu um gol incrível. Medel deu um presente para o camisa 9, que saiu cara a cara com Bravo e tocou cima, direto pela linha de fundo.
A primeira expulsão veio aos 30 minutos. Messi foi para cima de Marcelo Díaz e levou uma trombada. Héber Roberto Lopes mostrou o segundo amarelo.
No fim da etapa inicial, Rojo chegou duro em Vidal e deu início a uma confusão generalizada no campo. Após os ânimos se acalmarem, o chileno foi mandado para o chuveiro mais cedo.
Segundo tempo nervoso em Nova Jersey
Na etapa complementar, mais nervosismo. E o Chile cresceu de produção.
O segundo tempo foi menos complicado para Héber, mas muito mais tenso em campo. As duas equipes, com a última decisão fresca na memória, preferiram não se arriscar, mas mesmo assim tiveram chances de matar o jogo.
Beausejour levantou na área, Vargas brigou pelo alto, e Di María cortou de qualquer maneira. Isla pegou a sobra e bateu da entrada da área. A bola saiu pela linha de fundo, mas assustou.
No lance seguinte, Sánchez ganhou de Biglia, arrancou pela esquerda, abriu com Isla, que levantou na área. A bola passou por Vargas, chegou em Sánchez, que dominou livre, mas a arbitragem marcou impedimento, em jogada chilena de muito perigo.
A Argentina respondeu com Aguero, que dominou fora da área pela esquerda, levou para o pé direito e soltou uma bomba, para fora.
Aos 45 minutos, os dois times viram nos pés a chance de sair com o título, mas desperdiçaram.
Primeiro, Beausejour recebeu na esquerda, invadiu a área com total liberdade e rolou para Alexis Sánchez. O camisa 7 não conseguiu a finalização, sozinho.
Depois, Messi arrancou pelo meio, levou para a esquerda e soltou uma bomba da entrada da área, por pouco não balançando a rede.
Prorrogação e pênaltis: melhor para o Chile
Na prorrogação, dois bons momentos, um para cada lado.
Aos 8 minutos, o Chile subiu em velocidade com Puch, que dominou na esquerda e cruzou na cabeça de Vargas. O atacante subiu livre e cabeceou, mas Romero salvou.
A Argentina respondeu no minuto seguinte. Messi levantou na grande área, Agüero desviou, e Bravo, com a ponta dos dedos, voou para salvar o Chile.
O jogo foi para os pênaltis.
Do lado chileno, Vidal perdeu a primeira cobrança para a sua seleção, que acertou todas as demais.
Messi isolou seu chute, Biglia bateu nas mãos de Bravo, e mais uma vez a Argentina ficou com a prata. Francisco Silva bateu o chute decisivo.
FICHA TÉCNICA:
ARGENTINA 0 (2) X (4) 0 CHILE
ARGENTINA 0 (2) X (4) 0 CHILE
Local: Estádio Metlife, em Nova Jersey (Estados Unidos)
Data: 26 de junho de 2016, domingo
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (BRA)
Assistentes: Kleber Lúcio Gil (BRA) e Bruno Boschilia (BRA)
Público: 82.026 presentes
Cartões amarelos: Javier Mascherano, Lionel Messi, Kranevitter (Argentina); Marcelo Diaz, Arturo Vidal, Jean Beausejour e Charles Aránguiz (Chile)
Cartões vermelhos: Marcos Rojo (Argentina); Marcelo Díaz (Chile)
Data: 26 de junho de 2016, domingo
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (BRA)
Assistentes: Kleber Lúcio Gil (BRA) e Bruno Boschilia (BRA)
Público: 82.026 presentes
Cartões amarelos: Javier Mascherano, Lionel Messi, Kranevitter (Argentina); Marcelo Diaz, Arturo Vidal, Jean Beausejour e Charles Aránguiz (Chile)
Cartões vermelhos: Marcos Rojo (Argentina); Marcelo Díaz (Chile)
ARGENTINA: Sergio Romero; Gabriel Mercado, Nicolás Otamendi, Funes Mori e Marcos Rojo; Javier Mascherano, Lucas Biglia e Éver Banega (Erik Lamela); Lionel Messi, Gonzalo Higuaín (Sergio Aguero) e Dí Maria (Kranevitter). Técnico: Gerardo Martino
CHILE: Claudio Bravo; Mauricio Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara e Jean Beausejour; Charles Aránguiz, Marcelo Díaz e Arturo Vidal; José Pedro Fuenzalida (Puch), Eduardo Vargas (Castillo) e Alexis Sánchez (Silva). Técnico: Juan Antonio Pizzi