Após grande polêmica e repercussão gigantesca nas mídias sociais do Brasil e do mundo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu o conteúdo divulgado por um canal argentino de direita e disseminado nas redes sociais, que levanta suspeita de fraude na eleição presidencial deste ano.
A polêmica toda foi em função de uma live realizada na sexta-feira (4/11), pelo influenciador argentino Fernando Cerimedo, dono do canal La Derecha Diário, que divulgou um dossiê com uma série de informações, que o TSE diz serem falsas, sobre as urnas eletrônicas para levantar suspeitas sobre a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (30/10).
Na Live, que foi derrubada nas redes sociais do Brasil rapidamente, Cerimedo afirma ter recebido um relatório do Brasil, indicando que cinco modelos de urnas eletrônicas usadas na eleição deste ano registraram mais votos para Lula do que para Bolsonaro. Segundo ele, esses modelos mais antigos não foram submetidos aos testes de segurança dos modelos de urnas de 2020.
O TSE, por meia de nota, desmentiu todo o conteúdo apresentado pelo argentino na live.
“Não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021)”, afirma o tribunal.
Ainda de acordo com o TSE, as urnas eletrônicas modelo 2020 que ainda não estavam prontas no período de realização dos testes de 2021 foram testadas por três universidades e o software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos. “Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade”.
“Por fim, ressalta-se que todas as urnas são auditadas e elas são um hardware, ou seja, um aparelho. O que importa é o que roda dentro dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as entidades fiscalizadoras. O software da urna é único em todos os modelos, tendo sido divulgado, lacrado e assinado”, afirma o TSE.