20/09/2023

Pescaria prova que a vida vem da água. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!


 

Pescador não morre, fica encantado com tanta beleza que Deus os dedicou, escreve Demóstenes Torres

O futebol tem mídia e provoca barulho, porém não é o esporte mais praticado do Brasil. Perde para os jogos eletrônicos (e-sports), o pedestrianismo (andar nas ruas e ao redor de parques) e a pescaria. Nas demais modalidades, o apogeu mundial é a medalha olímpica, a Copa da Fifa, o Super Bowl (a decisão do futebol americano), o LoLs Worlds e outras competições dos ases da tecnologia como os de Counter Strike: Global Offensive. Para o time da carretilha, no qual me incluo, a grande jogada não é aquela obra de arte do Falcão do futsal: é pescar na Amazônia.

Imagino a emoção vivida pelos pescadores que morreram em Barcelos (AM), no sábado (16.set.2023) próximo ao rio Negro. Além dos pilotos, eram 12 os que amavam a pesca. Todos afagando o próprio coração. Fiz diversas viagens para a região, 8 delas para Barcelos, duas naquele avião que caiu, a mais recente em janeiro de 2023, com minha mulher, Flávia; meus filhos Vinicius (com Alana) e Aline (com Ricardo). Saiu tudo perfeito, como sempre, pois até a infraestrutura ajuda. Vou continuar indo.

Análise de Gestão Aeroportuária realizada pelo LabTrans/UFSC (Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina) para o Ministério dos Transportes, Portos e Avião Civil (era esse o nome em 2017, ano da pesquisa) aprovou o Aeroporto de Barcelos.

No quadro dos “Componentes Operacionais e Indicadores de Nível de Serviço Oferecido”, receberam avaliação “ótimo” o check-in e a inspeção de segurança e “subótimo” o saguão e a sala de desembarque com restituição de bagagens. É tão confortável que a sala de embarque e o nº de assentos foram considerados superdimensionados. Em 1º de setembro, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) o fiscalizou e, de novo, passou no teste.

Pelos relatos do acidente de sábado (16.set.2023), o pouso começou na metade da pista durante uma tempestade. Antes da tragédia, o governo estadual já havia anunciado início de reformas no SWBC (código do Aeroporto de Barcelos) para a 2ª feira (25.set.2023).

Sua pista de 1.200 metros de comprimento por 30 metros de largura tem tamanho e conservação adequados. É um pouco menor e menos larga que a do Santos Dumont (1.323m x 42m), no Rio de Janeiro. Em São Paulo, Congonhas tem 1.940m x 45m e Guarulhos, 3.700m x 45m. Ou seja, Barcelos suporta aviões de grande porte, bem maiores que o EMB-110 com seus 15 m de largura e 4,73 m de altura.

Em 2007, era relator no Senado da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Apagão Aéreo quando um Airbus da TAM, hoje Latam, atravessou a pista de Congonhas e matou 199 pessoas. São inesquecíveis as cenas, sobretudo do fogo, transmitidas ao vivo. Em 2006, um jato Legacy chocou-se com um Boeing da Gol, que caiu e deixou 154 mortos. Para escrever as 944 páginas de conclusão das investigações, estudei bastante o assunto.

Frase que resume casos como o de Barcelos: uma só causa não derruba avião. O que houve na Capital Internacional da Pesca Esportiva, que em 2028 completa 300 anos de história, foi uma fatalidade.

Já pesquei em variados lugares, inclusive no exterior. Pescaria é um bálsamo. Um medicamento sem contraindicação. Previne ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Eleva a estima. Congrega. A família das vítimas sabe que viveram praticando o que as deixavam felizes.

Citei uma frase que resume as tragédias, agora, cito uma palavra que sintetiza a pescaria: felicidade. A tristeza não cabe no barco nem no rio –e olhe que o Negro é o 7º do mundo em volume de água. Competições para mim eram os concursos públicos e as eleições, passei nuns, venci outras, perdi aqui e acolá. Pescaria é o jogo do ganha-ganha, todos são vencedores. Ainda que do fundo venha o anzol solitário, a gente soltará os mesmos sorrisos proporcionados pelos peixões que os incrédulos supõem personagens de conversa de mentiroso.

Na região de Barcelos, é tradição a Semana da Pesca nas pousadas –que ali são paradisíacas, em terra ou flutuantes. Numa delas, em 2022, me sagrei campeão com uma pirarara de 1,23 m. Noutra, em 2019, tirei uma piraíba de 1,20 m e fui o vice mais contente do planeta, pois fiquei atrás apenas de Aline com sua pirarara de 1,28 m. Minha filha e eu no alto do pódio, isso merece exclamação!

Meu recorde foi batido em casa: no nosso Rio Araguaia, peguei de anzol um pirarucu de 1,98 m e 116 kg. Cadê o Guinness Book para avalizar essas marcas? Desnecessário. O pirangueiro, profissional que é o verdadeiro anjo da guarda dos pescadores, mede e pesa. Seus números têm fé pública superior à de fotos e vídeos.

O alto nível de conscientização dos visitantes encontra parâmetro no pessoal das pousadas. Ninguém depreda. Como na publicidade dos órgãos ambientais, na floresta e nos rios não fica nada além dos rastros e não se leva nada além das recordações.

Traz o peixe para a superfície e devolve rapidamente para seu habitat, pausa rapidinha para pose. Nada de o machucar. No máximo, o pirangueiro escolhe o do almoço, que ele mesmo prepara, pois seu rol de habilidades vai de guia e piloto na imensidão do rio a cozinheiro capaz de agradar à chef Aline com um ensopado servido na areia branquíssima contrastando com a água negra que batiza o rio.

Folhas e outros materiais orgânicos dão a cor que atrai turistas e a alcalinidade afugenta os insetos, uma bênção para quem é alérgico, como a Aline. Na próxima, vamos saborear uma pirarara brindando aos colegas do 16 de Setembro.

No ganha-ganha, algo que a gente conquista é amizade. Conheci pessoas maravilhosas durante as incursões neste Brasilzão de meu Deus. Dentre os que conheci estava o Gilcrésio Salvador, que tinha uma pousada em Niquelândia, no Norte de Goiás. Foi um dos 5 goianos mortos no acidente, junto com meia dúzia de mineiros de Uberlândia.

É o círculo do pescador, ser humano fantástico que adora estar junto, que ri junto, que ouve música junto no meio do rio, que dança nos barcos, que volta à pousada louco para dar 5 da manhã e retornar à linhada, que sonha em alcançar setembro com a nova temporada que lhe renova a alma e que chega à residência prometendo se mudar definitivamente para o barranco e olhar para a água vendo o sentido da vida.

É ali que somos reconhecidamente campeões, pois o rio é um pódio que sempre nos cabe, assim como o céu abrigou meus conterrâneos Gilcrésio Salvador, Marcos Zica, Witter Faria e os 2 Assis, o Renato e o Fábio; também os vizinhos do Triângulo Mineiro Euri Santos, Guilherme Rabelo, Heudes Freitas, Luiz Carlos Cavalcante, Hamilton Reis e Fábio Ribeiro, e o médico Roland Montenegro, autêntico ungido que cuidou dos brasilienses. O comandante Leandro Souza e o copiloto Fernando Galvão, da Manaus Aerotáxi, também voaram para a eternidade.

De 1º a 8 de novembro, estarei de regresso, novamente com meu companheiro de pescaria e advocacia Marcelo Turbay, novamente feliz e novamente sorrindo, novamente preferindo peixes de couro como pirarara e piraíba aos de escama, mas disputando o “80up Torneio de Tucunaré”. No rio Negro, nenhum homem é uma ilha. Se for, seremos milhares, porque são 400 só nas Anavilhanas, arquipélago dentro do grande rio.

Aos familiares das vítimas, adapto uma oração de Guimarães Rosa: pescador não morre, fica encantado com tanta beleza que Deus nos dedicou.

19/09/2023

Governo de Goiás lança aplicativo para alunos do ensino médio


 A Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO) lançou o Aplicativo GoEdu, na manhã desta segunda-feira (18/09). Desenvolvida para todos os alunos do ensino médio da rede pública estadual de educação, a plataforma visa proporcionar um ambiente de aprendizado contínuo, tornando o processo de aprendizagem mais dinâmico e envolvente, com interação e tecnologia.

A nova ferramenta digital e pedagógica possui conteúdos de Língua Portuguesa, com videoaulas, questionários com perguntas e respostas, além de ranking com pontuação em formato de game. O acesso pode ser feito pelo aparelho celular ou pelo computador, no site .

APLICATIVO

De acordo com a diretora de Políticas Educacionais da Seduc/GO, Patrícia Coutinho, os estudos realizados na plataforma digital vão complementar o ensino presencial que é feito em sala de aula.

“Ao incorporar elementos de gamificação e interatividade no aplicativo, nós queremos transformar o tempo on-line dos alunos em oportunidades enriquecedoras de aprendizado”, destaca Patrícia.

O estudante da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Jardim Vila Boa, de Goiânia, Dermival Barbosa, que pretende cursar Engenharia de Software conta que o aplicativo deve intensificar seus estudos.

“Este ano vou realizar o Enem. Vou aproveitar o GoEdu, junto com o Portal NetEscola, para estudar e conseguir ingressar na universidade”, afirma Dermival.

Para a professora de Língua Portuguesa Valéria Tavares, além de contribuir com os alunos, o novo recurso irá estimular também o envolvimento dos professores.

“Acredito que a utilização do aplicativo será positiva para nós, assim como o NetEscola foi e, eu, como professora de Português, espero receber um reforço na escrita dos estudantes”, avalia Valéria.

APLICATIVO NETESCOLA

Desde o início de 2023, a Seduc está ajustando a estrutura do aplicativo NetEscola. O objetivo é garantir a qualidade e o bom funcionamento da ferramenta.

Com isso, os usuários do aplicativo passarão a visualizar também o status do pagamento mensal do Bolsa Estudo. É possível acompanhar se o dinheiro já está disponível no cartão e obter informações detalhadas sobre o repasse.

Iniciativa da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a ferramenta agora vai permitir a consulta do saldo do Programa Bolsa Estudo, que concede benefício mensal de R$ 111,92 a estudantes da rede pública estadual.

A versão anterior já contava com ajustes do login de acesso, da visualização da frequência diária, do calendário semestral e do boletim escolar. O aplicativo disponibiliza ainda conteúdos didáticos do Portal NetEscola.

Iniciativa da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a ferramenta agora vai permitir a consulta do saldo do Programa Bolsa Estudo, que concede benefício mensal de R$ 111,92 a estudantes da rede pública estadual.

PROGRAMA BOLSA ESTUDO

O Programa Bolsa Estudo é voltado a estudantes do ensino médio da rede pública estadual. Trata-se de uma política educacional e assistencial que visa a incentivar a aprendizagem e contribuir para a diminuição da evasão escolar.

Para receber o benefício mensal de R$ 111,92, além de ter a matrícula regularizada, os estudantes devem atingir os critérios estabelecidos pelo programa. Entre as exigências, estão: obter a frequência mínima de 75% em todas as disciplinas, alcançar êxito na média escolar e não ter reprovação.

18/09/2023

Caiado determina traslado de goianos vítimas de queda de avião no Amazonas


 O governador Ronaldo Caiado determinou, neste domingo (17/09), que o Serviço Aéreo do Estado de Goiás (Saeg) faça o traslado dos cinco goianos vítimas do acidente aéreo, em Barcelos, no interior do Amazonas.

O estado conseguiu autorização especial da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que a aeronave faça o resgate. A aeronave já está na capital amazonense.

Caiado também entrou em contato com o governador do Amazonas, Wilson Lima, que intensificou o apoio técnico para o transporte dos corpos até Manaus. Como o local do acidente não possui estrutura para receber os corpos e preparar para o traslado, o governador amazonense assegurou a Caiado o envio de equipe de médicos legistas para acelerar o processo.

Segundo o superintendente do Saeg, tenente-coronel Regys, da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), a aeronave destacada para a missão decolou para a capital amazonense assim que a autorização foi emitida.

Por conta da necessidade de espaço, os bancos foram retirados e dois militares foram empenhados, sendo o piloto e co-piloto.

GOIÂNIA

A previsão para o início do traslado de Manaus para Goiânia depende do andamento dos procedimentos técnicos no Amazonas. Já a retirada das vítimas do Instituto Médico Legal (IML) requer a presença e autorização de um familiar.

A queda aconteceu no sábado (16/09), quando um grupo de turistas iria fazer pesca esportiva na região. Todos os 14 passageiros morreram no local.

17/09/2023

Cúpula do G77+China apela por reforma do sistema financeiro internacional e mundo mais igualitário


 

A Cúpula do G77+China, realizada recentemente em Cuba, resultou em um apelo para reformar a arquitetura financeira internacional.

O G77+China é um grupo de países em desenvolvimento que busca promover interesses comuns.

Durante a cúpula, os líderes do G77+China expressaram preocupação com a desigualdade econômica global e destacaram a necessidade de uma reforma abrangente do sistema financeiro internacional. Eles argumentaram que a atual arquitetura financeira beneficia os países desenvolvidos, enquanto limita as oportunidades de crescimento dos países em desenvolvimento.
Para o professor Luís René Fernández Tabío, do Centro de Pesquisas da Economia Internacional da Universidade de Havana, a cúpula ocorreu no “contexto da transição em direção a um novo multilateralismo mais equilibrado e justo, e depois da Cúpula do BRICS, com a expansão de seus integrantes e as repercussões nas atuais crises e tensões”.
Para ele, na ordem mundial contemporânea, países como a China, Brasil, Argentina, África do Sul e Índia são influentes na busca pela reconfiguração do cenário econômico e político de modo a que represente os interesses das nações em desenvolvimento, e Cuba, como presidente temporário, tentará avançar com esses processos.
“A cúpula aconteceu em um momento de grande turbulência e enorme complexidade, que está muito longe de sua estabilização. Embora exista uma concordância entre os analistas sobre o caminho para um novo multilateralismo, sua caracterização não está clara. Além disso, as atuais tensões geopolíticas aceleram as mudanças para outro sistema internacional”, afirmou à Sputnik.
Os líderes do G77+China também destacaram a importância de promover a cooperação entre os países em desenvolvimento, enfatizando que essa cooperação pode desempenhar um papel crucial no fortalecimento da posição desses países na economia global.
Além disso, os líderes do G77+China enfatizaram a necessidade de aumentar a participação dos países em desenvolvimento nas instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Eles argumentaram que a representação e a voz dos países em desenvolvimento nessas instituições devem ser fortalecidas para tornar o sistema financeiro internacional mais equitativo e inclusivo.
“Os benefícios de uma parte do mundo devem se estender a todo o planeta, mediante a uma política inclusiva que disponibilize o conhecimento útil para o progresso à comunidade universal. Cuba é um exemplo de resiliência, tenacidade e capacidade de superação. Pode dar lições de dignidade e capacidade de se mover em um ambiente hostil e sem recursos”, destacou à Sputnik o jornalista italiano Fabrizio Casari.

Papel da China

A China desempenha um papel importante no G77+China, sendo um dos principais países em desenvolvimento e uma das maiores economias do mundo.
Além disso, o gigante asiático segue buscando fortalecer a cooperação Sul-Sul e promover os interesses dos países em desenvolvimento em fóruns internacionais.
O especialista Eduardo Regalado Florido, do Centro de Pesquisas de Política Internacional, afirmou à Sputnik que a China tem plena identificação com o bloco, mantendo uma estratégia de apoio sistemático.
“Isso se deve ao profundo subdesenvolvimento que esse país experimentou, suas atuais características econômicas e políticas e os compromissos e propósitos de uma modernização do tipo socialista. O gigante asiático oferece os meios e a ajuda necessária para as reivindicações coletivas do grupo e os apoia nos processos de negociação internacional”, explicou.
Ele também observou que a China é líder na cooperação Sul-Sul e, em sua política exterior, impulsiona as ações coerentes com este grupo, valorizado como o principal bloco negociador dos países em desenvolvimento dentro do sistema das Nações Unidas, entre elas, a iniciativa para o Desenvolvimento Global, o Cinturão e Rota e a interrelação cultural entre as nações.

16/09/2023

Urgente! BRATS, o vírus que rouba PIX e limpa conta, se espalha pelo Brasil


 

Saiba como se proteger do vírus bancário que pode limpar sua conta bancária através do PIX.

Uma nova ameaça descoberta pela Kaspersky, empresa especializada em softwares de segurança, permite que cibercriminosos roubem valores de Pix de um celular “infectado” sem que a pessoa perceba logo de cara. O vírus afeta apenas aparelhos com sistema Android.

Funciona assim: um trojan bancário (um programa disfarçado instalado no celular) consegue trocar a chave Pix durante uma transferência bancária para uma do criminoso.

O vírus pode não só alterar o destino do dinheiro, como mudar também o valor da transferência —com base no quanto a vítima tem no banco. De diferente no processo, há apenas um certo tremor na tela.

De R$ 1 para R$ 636,95

Em um vídeo obtido pela empresa e visto por Tilt, a companhia verificou que há modalidades desta “praga” que conseguem roubar quase todo o saldo da conta.

O vídeo mostra uma pessoa que tenta transferir R$ 1 para um conhecido. Na hora de digitar a senha para concluir o processo, ela volta para verificar se está correto, mas há o nome de outra pessoa e o valor de R$ 636,95 (97% do valor do saldo da pessoa, que no caso era R$ 650).

Neste caso, a vítima só notaria a perda do dinheiro após verificar o saldo.

Ameaça pode se espalhar

Chamado de Brats, o trojan bancário já foi detectado mais de 1.500 vezes de janeiro até o momento, segundo a empresa. A Kaspersky alerta que há risco de a ameaça se espalhar ainda mais.

Já é o segundo trojan bancário com mais detecções pela companhia, mesmo tendo sido descoberto apenas no fim do ano passado.

Evolução do golpe da mão invisível

Este trojan é uma evolução do chamado golpe da mão invisível. O “Br” do nome Brats vem de Brasil —até um momento é uma exclusividade do país. E o “ats” vem da sigla em inglês de sistema automatizado de transferência.

No golpe da mão invisível, um smartphone infectado ao entrar em um app bancário notifica o cibercriminoso. Ele, então, consegue ter acesso remoto ao aparelho e tomar conta, podendo alterar valores de transferências e realizar outras operações.

“Este novo trojan, o Brats, não exige que o cibercriminoso esteja em frente ao computador para executar a transferência bancária. O criminoso pode estar na praia enquanto o malware está roubando as pessoas. Isso faz com que eles consigam ganhar no volume”, afirmou Fabio Marenghi, analista de segurança de informação da Kaspersky.

Cibercriminosos têm preferência pelo Pix por promover transferência instantânea de dinheiro: uma vez transferido o dinheiro, ele é rapidamente enviado para diversas contas para dissipar os valores.

Como ocorre a ‘infecção’

O Brats vem escondido dentro de um app que é baixado fora da loja oficial do Google, segundo a Karpersky. A vítima acessa um site que diz que se a pessoa baixar um aplicativo de extensão .APK [formato de arquivos de apps Android] e abrir um baú, ela ganhará dinheiro.

Este app mostra uma notificação dizendo que é necessário fazer uma atualização falsa de um leitor de PDF ou do Flash Player e exige que seja liberada uma permissão de acessibilidade.

O app encaminha a pessoa para as configurações do Android e dá o passo a passo para ela liberar um recurso de acessibilidade, que permite o acesso remoto do cibercriminoso. “Se a pessoa não der essa permissão de acessibilidade, o malware não vai conseguir interagir com outros aplicativos e não vai realizar a fraude”, explica Marenghi, da Kaspersky.

Como evitar a infecção

  • Não instale apps fora da loja oficial do Android –boa parte das ameaças, segundo a Kaspersky, são instaladas dessa forma.
  • Caso instale algum programa que peça a permissão de acessibilidade, não dê.
  • Tenha um antivírus instalado no smartphone –com mais transações feitas pelo celular, há uma migração do cibercrime do computador para dispositivos móveis.

Créditos: MídiaNews

15/09/2023

Setor de Serviços em Goiás registra maior alta do país em julho


 Goiás registrou a maior alta do país no setor de serviços com crescimento expressivo de 5,6% no mês de julho na comparação com junho. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na série com ajuste sazonal.

Os números do setor são os maiores de julho da série histórica goiana, com aumento recorde, na comparação com o mês imediatamente anterior. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume de serviços subiu ainda mais, um total de 9,4%. Referente ao acumulado de janeiro a julho de 2023, a taxa é igualmente positiva: 7,6%.

SETOR DE SERVIÇOS

A alta no volume de serviços em julho (9,4%), na comparação com o mesmo período de 2022, se deu em decorrência de duas das cinco atividades investigadas pela pesquisa, sendo elas: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio com alta de 15,6% e serviços de informação e comunicação (15%). Ambos apresentam acumulados positivos em 2023, com variações de 10,9% e 11,5%, respectivamente.

O setor de turismo, por sua vez, apresentou aumento de 0,7% em julho. Na comparação com julho de 2022 o volume de serviços de turismo em Goiás caiu 2,6%, mesmo assim, o saldo ainda é positivo, com o turismo goiano acumulando alta de 3,8% no ano e de 3,6% nos últimos 12 meses.

O titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho, enfatiza que as taxas positivas são um reconhecimento da boa gestão feita no estado.

“O impacto de Goiás nos resultados da pesquisa – os maiores do país – indica que estamos no caminho certo, e que podemos continuar a crescer ainda mais”, afirma.

BRASIL

Em relação ao território nacional, o volume de serviços prestados no país cresceu 0,5% frente ao mês anterior. É a terceira variação positiva seguida do indicador, que acumulou ganho de 2,2% no período, e um avanço de 3,5% na comparação com a mesma época do ano passado.

Houve avanços no setor em 13 das 27 unidades da Federação. Além de Goiás, que registrou a maior alta, estados como Rio de Janeiro (1,4%), Bahia (2,9%), Mato Grosso (3%) e Ceará (3,3%) também apresentaram taxas positivas. As quedas foram registradas no Distrito Federal (2,9%), São Paulo (0,1%), Pará (3%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Espírito Santo (1,8%).

14/09/2023

Os trilhos, sem RUMO: um apelo a esfera federal


 *Ricardo Rebelato

Antes de mais nada, sabemos a importância que tem o transporte ferroviário no Brasil. O setor ferroviário de cargas brasileiro movimentou em 2022 mais de 500 milhões de toneladas úteis e apresenta, em duas décadas de concessões, um crescimento de 98% na movimentação de cargas pelas ferrovias. Mas este não é o tema central a que me proponho a escrever.

É preciso frisar, que foi-se o tempo em que as ferrovias eram sinônimo de progresso populacional aos municípios brasileiros, quando as linhas férreas eram destinadas principalmente ao transporte de passageiros e, ao redor delas, as cidades construíam suas estruturas.

Num cenário completamente diferente do que víamos há décadas ou século passado, muitos destes municípios que antes se alegravam com a chegada de cada composição e que comemoravam a cada apito das locomotivas, atualmente, estas mesmas ações se tornam incômodo e insatisfação de boa parte dos moradores.

Falo com propriedade sobre este tema, porque vivenciamos isso aqui em Catanduva, no interior de São Paulo, cidade localizada a 386 km da capital paulista.

Aqui, temos três cruzamentos em nível que cortam a cidade entre bairros e centro. A saber Rua Florianópolis, XV de Novembro e São Paulo. Nestes três pontos pelo menos 20 composições passam a cada 12 horas e soam mais de 100 apitos neste período. O catanduvense perde em média 3,5 horas por dia enquanto espera o trem passar nestes três importantes cruzamentos no coração da cidade. Esta média foi calculada com base em um levantamento realizado pela Defesa Civil do município, em 2014, quando a quantidade de composições ferroviárias ainda era menor do que atualmente.

Mais grave que a interrupção no trânsito e a falta de mobilidade urbana, existe ainda o risco eminente de acidentes, de descarrilamentos, como já ocorridos em anos passados. Catanduva está inserida na Malha Paulista, cujo a RUMO Logística, detém a concessão – diga-se passagem, renovada com antecedência, num contrato até 2058. Neste traçado, a cidade tem a curva mais acentuada de toda a extensão da malha ferroviária (litoral paulista até a divisa com Mato Grosso do Sul) e o que faz com que a cada “viagem”, neste ponto específico, a composição tem de seguir numa velocidade extremamente baixa para evitar um descarrilamento.

Catanduva sofre com a linha férrea cruzando a área central da cidade. No entorno nada se solidifica. Os imóveis próximos se deterioram com mais facilidade, o comércio não se instala, restando edificações vazias usadas para o consumo de drogas e abrigo a pessoas em situação de rua. Uma realidade que estava prestes a mudar. Há 20 anos, Catanduva articulava a retirada dos trilhos da área central num novo traçado, bem distante do centro do município. Um novo contorno ferroviário e uma esperança de desenvolvimento para cidade.

Este contorno, composto por 18 quilômetros de trilhos, foi incluído no Plano de Renovação de Concessão da RUMO, como contrapartida de investimentos da concessionária. Assim como ocorreu com outros tantos municípios. O projeto para o novo traçado foi prontamente realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), foram obtidas todas as licenças necessárias, como as ambientais para realização da obra e o prazo estipulado para o término deste contorno era previsto para 2025.

Mas, de um dia para o outro, a população de Catanduva foi surpreendida com uma alegação do governo municipal de que não haverá a realização do novo contorno, uma decisão em comunhão com a concessionária. Pelo contrário: obras serão realizadas, mas em vez de sair da área central do município, os trens passarão por viadutos e passarelas serão construídas para pedestres. Sem projeto ainda apresentado, sem mais esclarecimentos para a população, sem ouvir a quem é mais interessado na mobilidade e na modernidade do município, que é a nossa comunidade. Um desperdício de dinheiro público, dinheiro da União, um desrespeito a população e uma visão totalmente distorcida sobre a possibilidade de desenvolvimento tanto econômico como humano de Catanduva.

Volto a frisar, entendemos a importância do transporte ferroviário de cargas, um dos principais meios de locomoção utilizado para o carregamento do agronegócio, tão forte na nossa região.

Mas não há pontos positivos nesta mudança de projeto. Não dá para entender como a construção de viadutos – que irá levar muito tempo para ficarem prontos e prejudicarem ainda mais, principalmente o trânsito da nossa cidade – pode ser melhor que a realização de um traçado novo, em área desabitada, cujas as obras não interfeririam em nada na rotina do catanduvense.

E neste grande desabafo e inconformismo resta-nos, apelar para que a esfera federal esteja atenta às necessidades e interesse deste município. Não podemos permitir que o que já estava pronto, que já havia sido pago e com dinheiro público, seja simplesmente colocado em uma gaveta para dar espaço a algo que não trará o benefício que deveria.

 

Sobre o autor:

Ricardo Rebelato é empresário, nascido em Catanduva e em seus 46 anos, Rebelato dirige negócios voltados para as áreas: a produção de cana-de-açúcar, imobiliário e  segurança.

13/09/2023

Agrodefesa contribui para crescimento de abates de bovinos e aves em Goiás


 

O número representa alta de 23,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 25,9% em comparação com o segundo trimestre de 2022

Goiás registrou 913,7 mil abates de bovinos no segundo trimestre de 2023, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa alta de 23,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 25,9% em comparação com o segundo trimestre de 2022.

O registro é o terceiro maior da série histórica, considerando todos os trimestres, iniciada em 1997 pelo IBGE. No caso das aves, o estado também alcançou número recorde para segundo trimestre, com 124,8 milhões de cabeças de frango abatidas entre abril e junho de 2023, alta de 14,0% em relação ao mesmo período do ano passado.

ABATES DE BOVINOS

Segundo o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta Ramos, os números recordes de abates de bovinos e aves registrados no segundo trimestre deste ano são reflexo também do fortalecimento da defesa agropecuária no Estado.

Para o presidente, a Agrodefesa tem desenvolvido ações de educação sanitária, programas de controle e erradicação de doenças, monitoramento, vigilância, apoio técnico e inspeção para assegurar a saúde e o bem-estar dos animais, a atuação do produtor rural e por consequência garantir a qualidade do produto goiano.

“Seja dentro ou fora da porteira, a Agrodefesa está presente contribuindo para que o segmento possa produzir com segurança, a indústria consiga matéria-prima de excelente procedência e o mercado possa crescer cada vez mais, alcançando estatísticas recordes para Goiás”, enfatiza.

Atualmente, a Agrodefesa possui três áreas que atuam diretamente com a parte animal em Goiás: Gerência de Sanidade, Gerência de Fiscalização e Gerência de Inspeção.

O diretor de Defesa Agropecuária da Agência, Augusto Amaral informa que as unidades possuem ações específicas e estratégicas, mas que se complementam quando o foco é alcançar o mesmo objetivo, que é a defesa agropecuária no Estado.

“É uma atuação relevante, singular e conjunta, que contribui para que Goiás alcance reconhecimento no mercado pecuário em todas as suas vertentes, desde produção, abate até exportação”.

ÁREAS

A Gerência de Sanidade Animal atua no sentido de buscar regularidade cadastral de estabelecimentos rurais e comerciais, de forma que o controle de saldo, seja de bovinos, suínos e aves, esteja sempre correto.

O gerente de Sanidade Animal, Antônio Leal, diz que é para ter a rastreabilidade sanitária garantida, ou seja, a rastreabilidade dos animais e as regularidades sanitárias de cada espécie, previstas em lei e garantidas.

Dessa forma, consegue-se fazer a manutenção de áreas livres de doenças, como Influenza Aviária e NewCastle, no caso de aves; febre aftosa para bovinos; assim como peste suína clássica e peste suína africana para os suínos.

“As ações são imprescindíveis para que a Agrodefesa tenha um cadastro consolidado e isso reflita no maior controle sanitário, de forma que nós atendamos o que está previsto na missão da Agência, que é a defesa agropecuária em Goiás”, ressalta.

Já a Gerência de Fiscalização Animal trabalha para assegurar a saúde e o bem-estar dos animais, assim como a qualidade dos produtos de origem animal disponibilizados à população.

O gerente de Fiscalização Animal, Janilson Azevedo Júnior, afirma que o setor é responsável por executar programas sanitários, principalmente em eventos pecuários e no trânsito, visando prevenir, controlar e erradicar doenças que possam afetar a produção pecuária.

“Ao proteger sanitariamente o rebanho do estado, acaba por permitir que os produtores rurais tenham acesso a mercados mais exigentes, rentáveis, que valorizam a qualidade e a sanidade dos produtos de origem animal, ajudando Goiás a registrar números positivos na pecuária”, assegura

ORIGEM ANIMAL

A Gerência de Inspeção da Agrodefesa atua na inspeção sanitária dos produtos de origem animal, acompanhando abate de bovinos, suínos e aves em todos os estabelecimentos registrados sob a tutela do Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

“Além de toda a inspeção, damos apoio técnico para o registro de novos estabelecimentos abatedores que estão se instalando no estado. O intuito é fazer tudo dentro da legislação e de forma ágil para que Goiás se desenvolva cada vez mais, amplie mercado, crie novos postos de trabalho e possibilite a geração de renda”, explica o gerente de Inspeção, Paulo Viana Filho.

De acordo com ele, a gerência também fomenta e acelera auditorias para habilitação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISB).

Paulo Viana explica que as habilitações permitem que empresas registradas no SIE, que é o Serviço de Inspeção Estadual, possam comercializar seus produtos para fora do Estado de Goiás.

”Com isso, empresas que até então só poderiam vender os produtos dentro do Estado podem acessar mercados como o Distrito Federal e o resto do Brasil inteiro”, reforça.