21/10/2023

Israel diz que Hamas e Jihad Islâmica estão matando palestinos com 150 foguetes fracassados






 

Segundo Israel, já foram 150 foguetes fracassados lançados pelo Hamas e pala Jihad Islâmica que caíram em terreno palestino só nas últimas 24 horas

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram neste sábado, 21/10, que os grupos terroristas Jihad Islâmica e Hamas lançaram nas últimas 24 horas mais de 150 foguetes fracassados que acabaram caindo na própria Faixa de Gaza.

Um porta-voz das FDI acusou os grupos terroristas de matarem o seu próprio povo com esses lançamentos fracassados”.

Os militares israelenses publicaram nesta semana uma análise do local destruído ao lado do hospital Al Ahli, na Faixa de Gaza. O vídeo traz diversas imagens feitas por drones e satélites, comparando a situação antes e depois da explosão provocada por um foguete da Jihad Islâmica.

 

Fonte: O Antagonista

20/10/2023

Nova onda de calor pode atingir marcas históricas nos próximos dias


 Uma nova onda de calor deve atingir níveis elevados no Centro-Oeste do Brasil nos próximos dias e temperaturas podem marcar números históricos. De acordo com alerta do MetSul Metereologia, o calor previsto principalmente para o estado do Mato Grosso, deve quebrar recordes.

O Mato Grosso, que registrou nesta quinta-feira (19/10) a marca de 43°C graus, tem previsão de até 2°C a 3°C a mais para o ínicio da próxima semana. Ou seja, há potencial de que os termômetros registrem até 46°C em algumas regiões. Em algumas cidades, que não possuem medição técnica de temperatura, as máximas podem ser ainda mais elevadas.

Ainda de acordo com o MetSul, o calor histórico se estende para a Bolívia, Paraguai e o Norte da Argentina. Os efeitos também serão sentidos ao Norte de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia, Sul do Amazonas e do estado do Pará, onde as máximas devem ficar perto ou acima de 40°C.

Fonte: Metrópoles

19/10/2023

“Tratamos a vida do cidadão com seriedade e respeito”, diz Gracinha Caiado em Catalão

Em atenção às famílias mais vulneráveis, o Governo de Goiás levou, nesta quarta-feira (18/10), uma série de serviços a Catalão. Liderada pela primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, a ação atendeu demandas locais, com emissão de documentos, serviços de saúde e oferta de empregos. No evento, também foram entregues 911 cartões com auxílio financeiro a mães e a pessoas idosas.

“Tratamos a vida do cidadão com seriedade e respeito. Para isso, tenho rodado todos os municípios do estado com um único objetivo que é cuidar das pessoas”, afirmou.

A programação na cidade contemplou 858 beneficiárias do programa Mães de Goiás, iniciativa que fornece R$ 250 mensais para mães de crianças com idade entre zero e seis anos. O programa, criado em agosto de 2021, já beneficiou mais de 140 mil mulheres de Goiás, inscritas no CadÚnico e na faixa de extrema pobreza. O valor é destinado à compra de alimentos, medicamentos e gás para as famílias.

Foram entregues também 53 cartões do Programa Dignidade, que repassa R$ 300 por mês a idosos na faixa etária entre 60 e 64 anos. Entre os critérios para ser beneficiário do Dignidade, além da idade, o morador deve ser inscrito no CadÚnico, não pode estar aposentado nem receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Gracinha Caiado reiterou que as ações sociais são estruturadas estrategicamente em conjunto com cada município.

“Temos trabalhado todos os dias em parceria com as prefeituras e mostramos que, juntos, podemos fazer muito mais pelas cidades e pelas pessoas que mais precisam”, declarou.

Para ela, as medidas são efetivas e refletem a responsabilidade da gestão. “Vocês já podem sair direto e ir às compras, porque o dinheiro está na conta sim. Com respeito a cada um de vocês”, acrescentou.

CARTÕES

O Governo do Estado distribuiu mais de 27 mil cartões do Goiás Social nas últimas semanas em ações que contemplaram Trindade, Valparaíso de Goiás, Planaltina, Formosa, Bela Vista de Goiás, Luziânia, Anápolis e Goiânia.

Para Paloma Barbosa de Lima, 24 anos, moradora da cidade, o benefício vem em boa hora para ajudar na alimentação dos dois filhos. “Sou sozinha e como ainda tenho um bebezinho, esse dinheiro vai ajudar bastante. Vai para farmácia, para o leite”, detalhou.

Também contemplada, Raquel de Mesquita Ferreira, 25 anos, mãe de um bebê de 1 ano e 7 meses, contou que está desempregada e tem dependido de doações. “Vai me ajudar muito, vou comprar leite para meu filho, comida”, afirmou.

Paloma Barbosa destaca importância dos benefícios para ajudar na alimentação dos filhos (Foto: Júnior Guimarães)

GOIÁS SOCIAL

O evento do Goiás Social, em parceria com as Secretarias de Desenvolvimento Social (Seds), Saúde e da Retomada, Vapt-Vupt, Polícia Civil e OVG, ofereceu diversos serviços gratuitos aos moradores de Catalão. Quem compareceu ao evento pôde tirar o Passaporte do Idoso, Carteirinha do Autista e Carteirinha do Deficiente.

Além disso, teve a oportunidade de realizar corte de cabelo, fazer recadastramento de aposentados, emitir registro civil, tomar vacinas, aferir a pressão, ser encaminhado para vagas do Mais Emprego e realizar inscrição em cursos de capacitação e qualificação profissional do Colégio Tecnológico de Goiás (Cotec).

A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) realizou a distribuição de donativos a moradores e entidades. Entre os itens doados estão cadeiras de rodas e de banho, fraldas geriátricas e infantis, bengalas, leite especial, colchões, kit enxoval para bebês e muletas.

 

18/10/2023

4 histórias de amor do imortal Moreira Alves. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!


 

O guardião do guardião da Constituição é imortal porque quem viu não se esquece de seu sorriso, escreve Demóstenes Torres

José Carlos viveu 4 maravilhosas histórias de amor:

    • Com a artista plástica premiada internacionalmente Evany, com quem se casou em “cerimônia de rara imponência”, como a descreveu a 1ª edição de 1956 da revista Ilustração Brasileira em páginas sob o título “Enlace Moreira Alves – Albuquerque Maul”;
    • Com as ciências humanas, sobretudo o latim e o direito;
    • Com o magistério, sonho profissional de infância que permeou as demais;
    • Com a Suprema Corte. Aliás, ele era ministro do Supremo Tribunal ou o Supremo era o tribunal do ministro José Carlos?

A média das paixões é de 2 anos. A de José Carlos e Evany se assemelha à eternidade. E é. Durou dos 9 (quando se conheceram na escola) aos 90 (quando ele morreu, em 6 de outubro de 2023).

Estudaram juntos primário, ginásio e científico. Prestaram vestibular juntos –só 19 passaram, o casal incluso e ele em 1º lugar. Fizeram juntos a graduação (ambos premiados pela OAB ainda durante o curso, ele em 1º nos 5 anos) e doutorado em direito. Tiveram 2 filhos, Sônia Regina e Carlos Eduardo. “O destino os aproximara e o destino os uniria para a vida”, escreveu Carlos Maul, pai de Evany e jornalista da Ilustração Brasileira.

Era facílimo se apaixonar por Evany, tinha um mundo de qualidades, além de beleza e talento. Tinham as mesmas predileções por leitura (romances) e música (Alberto Nepomuceno, Arthur Napoleão, Beethoven, Chopin, Claude Debussy, Henrique Oswald, Tchaikovsky). E equiparado desempenho intelectual. Moreira tornou-se um monumento à Justiça, igual à performance de Evany como defensora dos direitos da mulher.

O bem-querer das ciências foi alterado no correr do processo. A pintora Evany, que treinou com os artistas Manuel Madruga e Rodolfo Chambelland, enfurnou-se nos livros jurídicos junto com o futuro médico que mudou de ofício ao notar que tinha horror a sangue.

O gosto por ser professor desvelou a vocação de uma biografia ininterrupta nas mais respeitadas faculdades de direito do Brasil, as quais acessou por mérito. Deu aula de direito romano na Universidade de Roma.

Atingiu a fluência absoluta em alemão para estudar o civilismo germânico, que influenciou o Código Civil português e o brasileiro, de cuja parte geral Moreira é autor (sem receber 1 tostão). Integrante único da comissão de redatores de leis no Ministério da Justiça, dedicou 6 anos ao Código Civil, que graças a seu conhecimento restou compacto, sem o temido fracionamento por áreas.

Mas foi na 4ª paixão que entrou para a História do Brasil. Sem ser político, apesar de sobrinho-bisneto do presidente Rodrigues Alves e aparentado também do governador paulista Carvalho Pinto, galgou cargos por ser capaz. “Não pedi coisa nenhuma a ninguém, nem tinha pistolão”, resumia. Isso remete novamente à meritocracia.

Injustiçado num concurso de professor pelo nepotismo de um dirigente acadêmico que o preteriu em favor do próprio filho, foi erguido em triunfo por multidão de jovens. Um editor do jornal O Estado de S. Paulo viu o espetáculo e decretou: “É um líder das esquerdas estudantis”.

Mas um diretor havia presenciado outro show, sua apresentação para o teste de latim, e o referendou a quem escolheria livres-docentes. Sobressaiu-se em sequência e foi subindo… Até o então chefe da Casa Civil, Leitão de Abreu, indicar para procurador-geral da República um sujeito separado da mulher. Conservador ao extremo, o presidente Emílio Médici o vetou. Volta à cena o batizado por Moreira de “acaso das circunstâncias”. Virou PGR, a chefia dos Ministérios Públicos da União.

Encontrou terra arrasada.

Sei bem como é. Tive em comum com Moreira o fato de, antes dos 40, assumir uma Procuradoria Geral sem estrutura alguma, ele a da República, eu a de Justiça de Goiás. Ambas sem sede e quase sem pessoal, mas a dele era pior. Assessor? Um datilógrafo. Mobilidade? Um carro caindo aos pedaços. Procuradores? 67 no país inteiro. No auge dos esforços para dotar o MPU (Ministério Público da União) do mínimo necessário, mudou de general na Presidência, de Médici para Ernesto Geisel.

Certamente, seria demitido. Ernesto nem sabia de quem se tratava e Moreira Alves achava que outro Geisel, Orlando, estaria irritado com ele por ter protocolado memorial (resumo de peças de um processo levados ao magistrado) muito curto: só uma folha A4 e meia.

À época, a PGR exercia também a Advocacia Geral da União e o Exército, comandado por Orlando Geisel, precisava defender mais de 400 oficiais na iminência do rebaixamento. E essa lauda e meia havia sido o último ato de Moreira Alves na PGR. Um ajudante de ordens de Orlando o procurou para reclamar. Em entrevista ao projeto “História Oral do Supremo”, da Fundação Getulio Vargas, conta o que respondeu ao auxiliar do comandante:

“Coronel, o senhor diga ao general que a gente, quando tem razão, não precisa escrever 50 páginas. Basta 1 página e pouco…”.

Portanto, era razoável esperar o bilhete azul. Contratou caminhão para mudança de volta para o Rio de Janeiro depois de 2 anos em Brasília. Nas exíguas horas de folga, montou força-tarefa com Evany, os filhos e a sogra, Dagmar, encaixotando os bens, a maioria livros, que chegariam a 20.000 em seguida. Elaborou a carta de despedida e agradecimento.

Surpreendentemente, Ernesto, que nunca o havia visto, manteve Moreira no cargo e assegurou que seria ministro do Supremo. Cumpriu. Para o bem do Brasil.

(Detalhe: a lauda e meia de memorial revelou-se eficiente, pois venceu a causa e livrou os quase 500 oficiais).

Havia me encantado uma palestra de Moreira Alves em Goiânia. Consumia suas obras, principalmente as de direito romano, mas não estivera com ele. Foi impossível conversar na conferência. Ao assumir no Senado, em fevereiro de 2003, logo pedi audiência para conversar com ele. Assunto? Qualquer um.

Aluno de direito na 2ª metade dos anos 1970, participei de diversos debates sobre temas abordados por Moreira. Num, o professor Nelci Silvério de Oliveira afirmou que ele seria ministro até os anos 2000. Parecia distante. Alcançara.

Agora, estava ali em sua frente lamentando a aposentadoria do imensurável baluarte ainda naquele 2003. Balbuciei algo como a esperança de a compulsória passar para 75 anos (o que viria anos depois). Com quase 3 décadas na cadeira (“27 anos e 10 meses”, corrigiria), José Carlos queria fazer como o pai, Luiz, que já na manhã seguinte à aposentadoria foi a uma praça do Rio de Janeiro curtir a liberdade em meio à azáfama. Havia conseguido tudo, inclusive o que sequer imaginara. E por seus esforços, não por acaso das circunstâncias.

Moreira bateu o recorde mundial ao encabeçar as principais instituições de uma nação:

  • chefiou o Ministério Público (de 24 de abril de 1972 a 19 de junho de 1975);
  • comandou o Tribunal Superior Eleitoral (de 21 de agosto de 1981 a 11 de novembro de 1982, preparando a volta das eleições diretas para governador dos 22 Estados);
  • no prazo de 6 meses e 1 semana, presidiu os Três Poderes.

Seu professor de economia política, Alcibíades Delamare, profetizou depois de um entrevero em que o pupilo se sobressaiu na retórica: “O senhor ainda vai ser presidente da República” (como Delamare, Moreira Alves reverenciava os alunos chamando-os de “senhor”).

Cumpriu-se.

Judiciário: presidente do STF de 25de fevereiro de 1985 a 10 de março de 1987;

Executivo: os presidentes da República, da Câmara e do Senado tiveram, cada qual com seu motivo, de viajar ao exterior. Moreira Alves ficou no cargo nº 1 do Brasil de 7 a 11 de julho de 1986, presidente por 4 dias (“Não: 3 e meio”, ele informaria).

Legislativo: a 40 dias de deixar o comando do Supremo, assumiu a presidência do Congresso Nacional para abrir, em 1º e 2 de fevereiro de 1987, os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte.

Todavia, não era disso que mais se orgulhava. Seu orgulho era 4 de seus alunos terem chegado a ministros do STF: Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Carlos Alberto Direito. Era ter formado milhares de cidadãos com seu saber e exemplo.

Era, brilhante ministro do STF, da posse à aposentadoria ter só 2 assessores e redigir sozinho os próprios votos e relatórios.

Era nunca ter sido de direita nem de esquerda, ser chamado de ambas e necessitado de política para exatamente nada.

Era “durante todo o período da PGR e do STF, desde o tempo dos militares até depois, nunca, jamais, em tempo algum”, alguém lhe “telefonar para pedir voto ou para dar uma indicação do que seria o desejo do presidente ou o desejo do ministro ou o desejo de quem quer que fosse”.

Era reunir os amigos para ver corridas de automóveis e jogos de futebol. Infelizmente, nos deixou no Campeonato Brasileiro que o nosso Botafogo vai ganhar. (Torça fortemente aí de cima, ministro, porque a Estrela Solitária não pode ser estrela cadente justo agora na reta final).

O que realmente dava orgulho que não cabia em si era a família, a artista guerreira Evany, a filha Sônia brilhar como advogada da União, o filho Carlos Eduardo trilhar seu caminho e já ter presidido o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com idade para chegar ao STF que o pai tanto honrou e engrandeceu.

Alguém desse nível alcança a imortalidade e não é porque Moreira Alves foi eleito para as academias Paulista e Brasileira de Letras Jurídicas. É imortal porque quem viu não se esquece de seu sorriso.

Detestava aparecer, escapava dos holofotes, mas na citada entrevista à “História Oral do Supremo” estava seu amigo e ex-presidente do Supremo Nelson Jobim, que é divertido, gente boa, no estilo Moreira. Em 3 horas, com temas áridos, a conversa foi interrompida mais de 100 vezes por risos e gargalhadas, 8 por Jobim e 96 por Moreira Alves. Noventa e seis!, como era agradável conversar com ele. Além do conteúdo, a alegria.

Aí está sua eternidade. Ele discordaria. Permanece entre nós porque seus ideais vão se espalhando com as gerações. Sua neta Isabela apresentou “Decisão do caso ‘Sócios da Disco X Pão de Açúcar’ e seu impacto no Supremo Tribunal Federal”, trabalho de conclusão do curso de direito em que esmiúça uma das exemplares atuações do “guardião [Moreira] do guardião [STF] da Constituição”. Isabela dedica a conquista à irmã, Mariana, aos pais José Alberto e Sônia Regina, ao tio Carlos Eduardo, à avó Evany e…:

“Ao meu avô, José Carlos Moreira Alves, meu maior exemplo no direito e na vida”.

Dela e de toda uma nação.

Serviços crescem 9,9% em agosto em Goiás


 O setor de serviços em Goiás registrou, em agosto, um salto de 9,9% e a 31ª alta consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (17/10).

Com 17,3% de crescimento, as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio puxaram a alta. Em seguida aparecem as atividades de informação e comunicação, com 11,9%. No acumulado do ano, o crescimento dos serviços goianos é de 7,9%.

“Essas duas atividades apresentam acumulados positivos em 2023, com variações de 11,8% e 11,6%, respectivamente. Elas nos ajudam a manter a tendência de alta no PIB goiano de 2023 já prevista pelo Banco Central”, enfatiza o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Turismo

O volume de atividades turísticas em Goiás apresentou, em agosto, alta de 1,8% em relação a julho de 2023, na série com ajuste sazonal. Com isso o estado registrou a segunda maior alta do país, ficando atrás do Paraná (2,6%) e à frente de Santa Catarina (1,1%).

Na comparação com agosto de 2022, o volume de serviços de turismo em Goiás subiu 2,1%. Desta forma, o turismo goiano acumula alta de 3,6% em 2023 e de 3,3% nos últimos 12 meses.

17/10/2023

Caiado anuncia bônus por resultado para todos os servidores da Educação


 O governador Ronaldo Caiado quer garantir o pagamento de bônus por resultados para os servidores da rede estadual de educação de Goiás. Para isso, enviou, nesta segunda-feira (16/10), um projeto de lei à Assembleia Legislativa.

O benefício adicional equivale a 95% dos vencimentos e será pago na folha de dezembro de 2023. A iniciativa representa investimento de R$ 198 milhões e vai beneficiar cerca de 48 mil professores e servidores administrativos, entre efetivos e temporários.

Em mensagem nas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado agradeceu aos professores e a todos os servidores da educação pela transformação implantada no estado, que tornou Goiás referência nacional.

“Nós não estamos no discurso, estamos fazendo na realidade, transformando nossas crianças e mostrando para o país que a educação de qualidade é a única maneira de romper o ciclo da pobreza”, afirma.

BÔNUS

Esta é apenas mais uma das iniciativas da atual gestão para valorizar os professores e servidores da rede estadual de ensino. Esse ano, o governo já efetivou o reajuste do piso salarial dos professores ao valor de R$ 4.420,55, considerando uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, como estabelecido pela lei federal.

Antes, em 2021, o Governo de Goiás equiparou o salário dos professores em contratos temporários com o salário dos professores efetivos, garantindo o pagamento do Piso Nacional do Magistério para todos os docentes da rede pública estadual de ensino. Na época, a mudança gerou reajuste salarial de até 64% para 12 mil profissionais. Os professores receberam ainda notebooks para uso pessoal.

ADICIONAIS

Os servidores da Educação recebem auxílio alimentação no valor de R$ 500 e o auxílio aprimoramento também no valor de R$ 500. Esse é o terceiro ano seguido que o bônus é pago para com investimento do Tesouro Estadual e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Desde 2019, o Governo de Goiás já investiu mais de R$ 6 bilhões na educação, construindo, reformando e qualificando as unidades escolares. Os estudantes também receberam uniformes, materiais escolares, tênis, mochilas e Chromebooks.

16/10/2023

Lula vai vetar o Marco Temporal em ação de confronto com o Congresso Nacional


 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve publicar até sexta-feira (20) para definir quais serão os critérios de veto ao projeto de lei do marco temporal. Até lá, o Palácio do Planalto define quais serão os pontos vetados da proposta.

O Ministério dos Povos Indígenas e integrantes do PT defendem que Lula vete integralmente o projeto lei do marco temporal. A Casa Civil, no entanto, avalia que essa decisão será vista como uma provocação ao Congresso, e será derrubada.

Já a Advocacia-Geral da União (AGU) recomendou que o presidente vete pontos específicos ao texto. Entre eles, o ponto que abre brechas para a autorização para garimpos e plantação de transgênicos dentro de terras indígenas.

O Antagonista

15/10/2023

Saúde mental é principal problema para os professores, aponta pesquisa


 A saúde dos professores não vai bem no Brasil. É o que aponta o livro Precarização, Adoecimento & Caminhos para a Mudança. Trabalho e saúde dos Professores, lançado nesta semana pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro).

livro foi lançado durante o V Seminário: Trabalho e Saúde dos Professores – Precarização, Adoecimento e Caminhos para a Mudança. Durante o seminário, os pesquisadores apontaram que, seja na rede pública ou na rede privada, os professores sofrem de um mesmo conjunto de males ou doenças, em que há predomínio dos distúrbios mentais tais como síndrome de burnout, estresse e depressão. Depois deles aparecem os distúrbios de voz e os distúrbios osteomusculares (lesões nos músculos, tendões ou articulações).

“Os estudos têm mostrado que as principais necessidades de afastamento para tratamento de saúde dos professores são os transtornos mentais. Quando olhávamos esses estudos há cinco anos, eles apontavam prevalência maior de adoecimento vocal. Mas isso está mudando. Hoje os transtornos mentais já têm assumido a primeira posição em causa de afastamento de professores das salas de aula”, disse Jefferson Peixoto da Silva, tecnologista da Fundacentro.

Segundo Frida Fischer, professora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), entre os principais problemas enfrentados por docentes no trabalho está a perda de voz, a perda auditiva, os distúrbios osteomusculares e, mais recentemente, as doenças mentais. “Essas são as principais causas de afastamento dos professores”, disse, em entrevista coletiva.

Uma pesquisa realizada e divulgada recentemente pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) já havia apontado que muitos professores estão enfrentando problemas relacionados à saúde mental e que isso pode ter se agravado com a pandemia do novo coronavírus.

Violência

Outro problema que agravou a saúde dos professores é a violência, aponta Renata Paparelli, psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Segundo ela, o adoecimento dos professores pode ser resultado de três tipos de violência: a física, como as agressões e tapas; as ameaças; e também as resultantes de uma atividade psicossocial cotidiana, como os assédios, por exemplo, relacionados à gestão escolar. Além disso, destaca, há também os episódios de ataques contra as escolas.

As consequências dessas violências, diz Renata, podem resultar tanto em um problema físico, tais como uma lombalgia ou lesão, quanto em uma doença relacionada a um transtorno de estresse pós-traumático.

“A escola não é uma ilha separada de gente. A escola está dentro de uma comunidade, está na sociedade e todos os problemas da sociedade vão bater lá na porta da escola. O tempo todo a escola reflete os problemas que existem na sociedade”, ressaltou Wilson Teixeira, supervisor escolar da Secretaria Municipal de Educação da prefeitura de São Paulo. “Então, a escola também pode ser promotora de violência. Uma gestão autoritária, por exemplo, pode causar sim adoecimento dos professores”, destacou.

Além da violência, a falta de recursos ou de condições apropriadas também contribui para que o professor adoeça. Isso, por exemplo, está relacionado não só à infraestrutura da escola como também aos baixos salários, jornadas excessivas e até a quantidade de alunos por salas de aula. “As doenças relacionadas ao trabalho estão diretamente relacionadas às condições de trabalho, aos recursos que os professores têm para a administração de seu cotidiano. Quando as condições de trabalho são precárias, tanto em infraestrutura quanto em recursos ou exigências, e quando existe um desequilíbrio entre o que o professor tem de fazer e aquilo que é possível ser feito dentro daquelas condições, as pessoas vão adoecer”, disse Frida Fischer.

Para Solange Aparecida Benedeti Penha, secretária de assuntos relativos à saúde do trabalhador da Apeoesp, parte desses problemas podem ser resolvidos com o fortalecimento das denúncias e também por meio de negociações entre os sindicatos e os governos. “Defendemos menos alunos nas salas de aula, professores valorizados e, consequentemente, isso vai trazer uma melhoria para a educação”, disse.

Para Jeffeson Peixoto da Silva, todas essas questões demonstram que é necessário que sejam pensadas políticas públicas voltadas também para o bem-estar dos professores. “A principal conclusão do livro é a questão das políticas públicas, a importância de termos políticas públicas e que sejam favoráveis às melhorias das condições de saúde e de trabalho dos professores. Medidas pontuais podem beneficiar alguns, mas temos no Brasil um número muito grande de professores, mais de 2 milhões, que vivem em regiões e situações diferentes, então as políticas públicas são aquelas capazes de abranger toda essa necessidade”, disse Silva.

Fonte: Agência Brasil