08/02/2014

Comurg e Sedem: assessores de Paulo Garcia (PT) são denunciados por fraude e associação criminosa


Paulo Garcia e Luciano de Castro
O promotor de Justiça Saulo de Castro Bezerra ofereceu denúncia criminal contra o presidente da Comurg, Luciano Henrique de Castro, braço direito do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) e do atual prefeito, Paulo Garcia (PT), os ex-chefes de departamento da empresa, Albertino Simão Borges e Otomilton Pereira Pignata, além dos comerciantes Raimundo Rairton Paulo de Assunção, Elizângela Elias Mendonça, Antônia Sônia Pereira Paulo, Fábio Antônio da Silva e Francisco Airton Paulo Assunção.
Também foram denunciados o então titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiânia João de Paiva Ribeiro e os empresários Clever Marques, Paolla Raphaella Holanda Alves de Sá, Nilton Rodrigues dos Reis, Gregório Barreto Rangel, Flávio Aparecido de Souza, Dario Ribeiro da Silva, João Marcelo Passaglia Ribeiro, Eliane Faria do Carmo e Marli Ribeiro.
Todos eles foram denunciados pelos crimes de associação criminosafraude e dispensa irregular de licitaçãoDe acordo com Saulo Bezerra, eles formaram dois grupos distintos para fraudar licitações promovidas pela Comurg, entre os anos de 2009 e 2011, e por diversas prefeituras do interior de Goiás.
O esquema funcionava mediante o prévio ajuste de preços e serviços, uso de documentos falsos, terceirização dos serviços contratados, uso de empresas constituídas apenas para servir de apoio (laranjas) e, assim, figurar em concorrências públicas desequilibrando o processo licitatório, bem como por dispensa de licitação fora das hipóteses legais, sem observâncias das formalidades, sempre em benefício das empresas Nacional Cardans Ltda. e a CCM Comércio de Peças Ltda.
As investigações da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Decarp) concluíram que, para a consumação das fraudes na Comurg, os dois grupos tinham em comum a participação dos denunciados Luciano de Castro, Otomilton e Albertino.
Quem é quem no esquema
Luciano de Castro – ex-presidente da Comurg
Albertino Simão Borges – ex-chefe do Departamento de Transportes da Comurg
Otomilton Pereira Pignata – ex-chefe do Departamento de Compras da Comurg
Raimundo Rairton Paulo de Assunção – proprietário da Nacional Cardans Ltda. e representante legal da Comerciauto
Elizângela Mendonça – representante da Comerciauto e secretária da Nacional Cardans
Antônia Paulo – prima de Raimundo, representante da Comerciauto
Fábio da Silva – companheiro de Antônia, sócio da Comerciauto
Francisco Airton – irmão de Raimundo, proprietário da Cardans e Molas do Centro Oeste Ltda.
João de Paiva Ribeiro – ex-diretor do Departamento de Compras da Prefeitura de Goiânia e ex- secretário da Sedem, proprietário efetivo da CCM Comércio de Peças Ltda, e das empresas Mape e Copese.
Clever Marques – funcionário municipal, em nome de quem foi constituída a CCM. Também foi sócio da Copese, cedendo lugar à Marli Ribeiro
Marli Ribeiro – sócia de João de Paiva na Copese
Eliane do Carmo – ex-secretária de João de Paiva, a quem foi conferida a constituição da CCM
Dario da Silva – ex-chefe de gabinete da Sedem, representante legal da CCM
Flávio Aparecido de Souza – gerente da Stillo e representante legal da Triunfo
João Marcelo Ribeiro – filho de João de Paiva, dono da Sedesp e do imóvel onde funcionavam as outras 3 empresas do grupo
Paolla Raphaella de Sá – proprietária da Stillo
Nilton Rodrigues dos Reis – sócio da Triunfo
Gregório Rangel – sócio da Triunfo
Flávio Aparecido da Silva – representante legal da Stillo e da Triunfo
Primeiro grupo
Em abril de 2010, a Nacional Cardans Comércio de Auto Peças e Serviços Ltda., de Raimundo Assunção, venceu licitação, na modalidade pregão, no valor de R$ 2,8 milhões, cujo procedimento foi instruído com orçamento de três outras empresas. Dois desses orçamentos foram fornecidos pelo próprio dono da Nacional, sendo recebidos e admitidos por Albertino, ex-chefe do setor de compras da Comurg.
Um dos orçamentos foi feito pela Cardans e Molas do Centro Oeste Ltda., empresa criada por Raimundo e registrada em nome de seu irmão, Francisco Airton, para dar suporte à Nacional.
Segundo a denúncia, a Cardans funcionava em um pequeno cômodo, não possuindo qualquer estrutura que permitisse executar os serviços propostos na licitação. Algum tempo depois, ela passou a funcionar dentro das dependências da Nacional, em clara evidência de que pertenciam ao mesmo grupo econômico.
Em outro processo autorizado por Luciano de Castro para contratação de empresa de manutenção de caminhões de lixo, no valor mensal de R$ 4 mil, Otomilton admitiu dois orçamentos falsos, confeccionados e fornecidos por Raimundo, com o fim de justificar a contratação e obter vantagens ilícitas mediante a manipulação dos preços.
Para colocar o plano em prática, foram juntados no processo orçamentos de duas empresas, que jamais participaram de qualquer concorrência, não eram cadastradas no Departamento de Licitação, fatos ignorados pela Comurg. Essas empresas desconheciam as fraudes praticadas com os documentos falsificados em seus nomes.
As investigações policiais concluíram que Raimundo Assunção também controla a empresa Comerciauto, que foi constituída em nome de Antônia Paulo e seu companheiro Fábio da Silva, também para dar suporte à Nacional Cardans e figurar em licitações da Comurg e de prefeituras do interior.
Para dar um caráter de autenticidade, a Comerciauto chegou a ser declarada vencedora de uma das licitações, mesmo não possuindo estrutura física e capacidade financeira para honrar os serviços. Na ocasião, a Comerciauto foi representada por Elizângela, secretária da Nacional Cardans e pessoa de confiança de Raimundo, em clara demonstração de burla ao processo.
A investigação também apontou que a Cardans e a Comerciauto são coirmãs, controladas por Raimundo para fraudar e vencer licitações, tanto que ele passou a figurar como representante legal da segunda empresa na Comurg, com poderes para falar em nome da empresa, condição nunca questionada pelos ex-gestores do órgão, esclarece Saulo Bezerra.
Em outras oportunidades, conforme destaca a denúncia, Elizângela também representou a Cardans em licitações da Comurg, assim como a própria Nacional Cardans, evidenciando não haver qualquer real concorrência entre as participantes, nem temor de serem impedidos do esquema criminoso. A Nacional venceu inúmeras outras concorrências, inclusive, mediante dispensa irregular e ilegal de licitação.
Segundo grupo
Um outro grupo também foi formado com a finalidade de fraudar licitações daComurg, igualmente contava com a efetiva participação dos denunciados Luciano de Castro, Otomilton Pignata e Albertino Borges.
Após busca e apreensão nas empresas CCM Comércio de Peças Ltda., Copese – Comercial de Peças e Serviços Ltda., Mape – Máquinas e Peças e Sedesp Construtora Ltda. ficou comprovado que elas compõem um único grupo econômico, que agia para fraudar licitações da Comurg e também de prefeituras do interior. O esquema igualmente se dava mediante prévio ajuste de preços e uso de empresas laranjas.
Juntamente com essas empresas, a Triunfo Distribuidora de Peças Ltda. e a Stillo Comércio e Representações Ltda. também serviram de apoio para simular participação em licitações para favorecer a CCM, controlada por João de Paiva Ribeiro.
O promotor revela que João de Paiva inicialmente constituiu a Mape e também a Copese, esta última tendo como sócia Marli Ribeiro, sua funcionária. Já a CCM foi constituída em nome de Clever Marques e Eliane do Carmo, respectivamente advogado e secretária de João de Paiva. Posteriormente, Clever se retirou da CCM, dando lugar à Marli, sócia de João de Paiva na Copese. Todos eles burlaram os editais de licitações que proíbem participação de empresas que tenham como sócio servidor público vinculado ao órgão promotor da licitação.
A denúncia alerta para o fato ainda de que a CCM subcontratava os serviços assumidos, embora os editais proibissem expressamente essa transferência, sem prévia e expressa autorização.
Certos da conivência de Luciano de Castro, Otomilton e Albertino, responsáveis pelos processos licitatórios da Comurg, a Dercap apurou que a CCM, a Copese e a Mape, embora supostamente concorrentes, funcionavam em um único imóvel, de propriedade de João Marcelo, filho de João de Paiva. A Sedesp, outra empresa de João de Paiva, ocupava imóvel anexo ao do filho. Complementando o rol de irregularidades da CCM, também está o fato de o chefe de gabinete da Sedem, Dario da Silva, ter representado a empresa por diversas vezes nas licitações.
Por fim, o promotor relata o envolvimento das empresas Triunfo, de Nilton dos Reis e Gregório Rangel, e da Stillo, de Paolla de Sá, em apoio à empresa CCM, apenas figurando nas licitações. Nessas ocasiões prestaram falsas declarações, não tendo reais condições de honrar com as condições do contrato. Em anotações da CCP eles aparecem como destinatários de pagamentos rotineiros. Flávio de Souza, que também figura na agenda de pagamentos da empresa, representou a Triunfo e a Stillo em várias licitações, sem que a situação fosse impedida. Nilton, sócio da Triunfo, também representou a Stillo em outras licitações.
TCM
Saulo Bezerra observa que o Tribunal de Contas dos Municípios sugeriu várias imputações de débito e a aplicação de multas diversas a Luciano Henrique de Castro em virtude da constatação das reiteradas irregularidades cometidas nas licitações promovidas pela Comurg, com severos prejuízos aos cofres públicos. Agora, ele e os demais envolvidos no esquema fraudulento estão sendo denunciados pelo MP pelos crimes de associação criminosa, conforme prevê o Código Penal, crime apenável com reclusão de 1 a 3 anos, e por dispensa irregular e fraude na licitação, conforme a Lei de Licitações. As penas previstas nestes casos são de detenção de 3 a 5 anos e de 2 a 4 anos, respectivamente. Fonte: MP-GO

07/02/2014

Série B: CBF divulga a tabela da segunda divisão


Brasileirão B
A Diretoria de Competições da CBF divulga a tabela do Campeonato Brasileiro daSérie B 2014.
Confira a tabela no documento abaixo.
TABELA DO BRASILEIRÃO SÉRIE B

Produção Industrial: Goiás tem crescimento destaque no Brasil

Produção Industrial

As múltiplas ações do Governo Marconi Perillo no sentido de atrair e apoiar indústrias resultam em resultados positivos concretos. Em 2013, Goiás foi a terceira Unidade da Federação com maior crescimento na produção industrial. A comparação com o mês de novembro daquele mesmo ano mostrou um crescimento de 8,2%. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que na comparação novembro-dezembro de 2013 a produção industrial caiu em 11 localidades, com destaque para Minas Gerais (-8,6%).
No cálculo geral do ano passado, a produção industrial cresceu em 11 dos 14 locais pesquisados. Destacaram-se o Rio Grande do Sul (com alta de 6,8%), o Paraná (5,6%), Goiás (5%) e Bahia (3,8%). Também tiveram altas acima da média nacional de 1,2% os estados do Ceará (3,3%) e de Santa Catarina (1,5%). Outros locais com crescimento em 2013 foram a Região Nordeste (0,8%) e os estados de São Paulo (0,7%), Pernambuco (0,7%), do Amazonas (0,7%) e Rio de Janeiro (0,1%).
Três estados tiveram queda na produção industrial: Espírito Santo (-6,7%), Pará (-4,9%) e Minas Gerais (-1,3%). Na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo período de 2012, houve queda em oito locais. O destaque positivo foi o Rio Grande do Sul, com aumento de 11% e o destaque negativo, Minas Gerais, com recuo de 7,2% na produção.

06/02/2014

Robston do Vila Nova é pego no exame antidoping


Robston
Robston do Vila Nova é pego no exame antidoping
A diretoria do Vila Nova Futebol Clube de Goiânia reuniu a imprensa nesta quinta-feira, 06/02, para informar que o meia Robston, de 33 anos de idade, foi pego no exame antidoping no jogo Vila Nova x Sampaio Corrêa, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série C em 2013, no dia 02 de novembro em Goiânia. O jogador admitiu aos dirigentes do clube e à própria CBF que realmente usou substância proibida antes daquela partida em 2013. Tanto que a diretoria do Vila Nova sequer quis realizar o exame da contraprova.
A substância encontrada no exame anti-doping de Robston é um derivado da cocaína. O clube informa que afastou temporariamente o jogador dos treinamentos e da atual competição que o Vila Nova está disputando que o Campeonato Goiano. O Vila Nova disse que dará toda a assistência que o atleta necessitar para superar esse problema em sua carreira. O atleta Robston já está suspenso preventivamente e agora aguarda julgamento pelo STJD. A pena pode chegar a dois anos de suspensão.
Confira a nota oficial publicada pelo clube:

Comunicado Oficial
O departamento médico do Vila Nova Futebol Clube foi comunicado, na quarta-feira (5/2), pela Comissão de Controle de Doping da Confederação Brasileira de Futebol, que o atleta Carlos Robston Ludgero Júnior teve resultado positivo em teste de doping.
A amostra foi coletada no dia 2 de novembro de 2013, após a partida entre Vila Nova e Sampaio Corrêa, realizada no estádio Serra Dourada durante a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C. A substância encontrada foi benzoylecgonine.
A diretoria do clube lamenta o ocorrido e informa que dará todo suporte necessário ao atleta.
 Diretoria
 Vila Nova Futebol Clube

05/02/2014

Bomba! Médica cubana foge dos Mais Médicos e denuncia exploração dos governos do PT e de Cuba


Médica cubana
A liderança do DEM na Câmara Federal se transformou em um terreno para asilo temporário de uma médica cubana que veio trabalhar no Brasil através do programaMais Médicos do Governo Federal. Não suportando mais ser explorada pelos governos de Cuba e do PT, a médica abandonou seu posto e pediu ajuda na Câmara Federal. O médico e líder de DEM na Câmara Federal, Ronaldo Caiado, informou que dará á médica cubana proteção na liderança do DEM, e que nesta quarta-feira o partido entra com pedido oficial de asilo, com base nas denúncias de abuso eexploração relatadas pela profissional de Cuba.
Confira o relato e o contrato da médica cubana, publicados por Ronaldo Caiado,  e que comprovam a exploração do Governo do PT e do Governo de Cuba aos profissionais daquele país do Caribe!

A médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que veio a o País trabalhar no Mais Médicos, fugiu do regime ditatorial cubano. Ramona estava na cidade de Pacajá. Cansada de ser explorada pelos governos brasileiros e cubanos, fugiu no último sábado e nos procurou. 
Ramona pediu ajuda a nós para conseguir asilo político. Vocês se recordam quando fizemos o alerta sobre o escândalo que era o Mais Médicos. Eu alertei que os médicos cubanos receberiam uma parte muito pequena dos R$ 10 mil pagos pelo Brasil, que eles seriam explorados. 
Ramona nos entregou cópia do contrato assinado. E sabe qual a surpresa? O contrato é intermediado por uma empresa que funciona como “gato”. A “Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos S.A.” é a responsável pelos contratos. Ela recebe 400 dólares (R$800) dos R$ 10 mil. Outros 600 dólares (R$ 1200) são depositados em uma conta cubana e supostamente seriam pagos quando o médico retornasse. E o restante dos R$ 10 mil mensais? Para o bolso dos ditadores Castro. 
Já falei com a Comissão de Direitos Humanos da OAB e vamos entrar com o pedido de asilo, amanhã, no Ministério da Justiça! Se Ramona voltar para Cuba, será presa. A Polícia Federal já está atrás dela. Grampearam o seu telefone. A Liderança do Democratas agora é a embaixada de apoio aos refugiado cubanos. Ela vai ficar aqui. Daqui só sai quando estiver segura.

Confira o contrato da médica cubana com o Mais Médicos. É pura exploração!
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Marconi Perillo lança a Jornada Estadual de Prevenção ao Uso de Drogas

Marconi contra as drogas 1

Ação prevista pelo Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI), criado há dois anos pelo Governo de Goiás, a Jornada Estadual de Prevenção ao Uso de Drogasfoi lançada na manhã de hoje, 4, pelo governador Marconi Perillo, acompanhado de secretários estaduais, municipais, do secretário nacional de Políticas Sobre Drogas, Vitore André Zilio Maximiano, e do presidente do Colegiado Nacional de Políticas Sobre Drogas, Aloísio Andrade. 
A jornada, que tem como objetivo debater intervenções para combate às drogas e estabelecer parcerias com órgãos públicos e comunidades terapêuticas, será realizada em oito municípios, em datas alternadas, até o dia 30 de outubro. A intenção é, também, unir as três esferas do poder a fim de que se possam produzir estratégias de enfrentamento às drogas.
Aloísio Andrade afirmou que não existe uma resposta simples para a solução do problema das drogas na sociedade, mas que o caminho para encontrá-la é construído com a união dos governos e a mobilização comunitária. Vitore André endossou e afirmou que é preciso focar a questão na melhoria dos serviços de saúde e assistência aos dependentes químicos. “A rede de cuidados que Goiás tem conseguido criar é bastante positiva. Temos conhecimento do compromisso do governo com a ampliação dos serviços e de enfrentamento ao tráfico”, afirmou.
Marconi Perillo afirmou que a primeira preocupação é a prevenção. Nesse sentido, a orientação do governo é avançar nas políticas nas escolas. Em relação à repressão, as ações estão voltadas para a polícia de divisas, reforçada com o comando regional, criado nesta gestão, e que está prestes a chegar a todos os postos de divisas para combater a entrada da droga no Estado. Ele reforçou que no ano passado a polícia goiana bateu recorde em apreensão de drogas e armas, mas voltou a lembrar que a fragilidade da legislação impede que as ações sejam eficazes. 
“Temos também preocupação grande com as fronteiras do país, que acabam por interferir em Goiás que, por ser região central, é atingido com a entrada de drogas”, frisou. O governador Marconi Perillo informou que já foram investidos R$ 9 milhões em parcerias com entidades terapêuticas para tratamento de dependentes químicos, e reafirmou que a entrega do Centro de Reabilitação Para Dependentes Químicos (Credeq) será entregue em julho. 
 “O Credeq será modelo de referência para o país. Estou muito otimista que teremos em Goiás um tratamento efetivo e eficaz para dependentes químicos”, declarou.

Ministro do STF suspeita de lavagem de dinheiro nas doações a condenados do Mensalão


GILMAR MENDES
A festa que petistas e mensaleiros tem feito em função da montanha de dinheiro que tem sido arrecadado em favor de condenados do Mensalão pode se transformar em dor e ranger de dentes. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, disse hoje que o Ministério Público precisa investigar as doações recebidas por petistas condenados no processo do mensalão para o pagamento de multas impostas no julgamento. De acordo com ele, pode estar havendo lavagem de dinheiro no sistema de arrecadação. “Agora, dado positivo, essa dinheirama, será que esse dinheiro que está voltando é de fato de militantes? Ou estão distribuindo dinheiro para fazer esse tipo de doação? Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui? São coisas que nós precisamos examinar”, disse pouco antes de ingressar numa das turmas de julgamento do STF.
Condenados por corrupção no julgamento do mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares criaram páginas na internet para receber doações e conseguiram arrecadar cerca de R$ 1,7 milhão para quitar as multas que, somadas, chegaram a cerca de R$ 1,1 milhão. O restante deverá ser doado para o ex-ministro José Dirceu, que terá de pagar multa de R$ 971 mil, também relativa à sua condenação por corrupção no mensalão. Mendes disse que “há algo muito estranho” no sistema de arrecadação e alegou que os condenados estão fazendo “festa” com a multa. Algo que, para ele, deveria ser discutido pela sociedade. “Há algo de grave nisso. E precisa ser investigado. E essa gente, eles não são criminosos políticos, não é gente que lutava por um ideal e está sendo condenado por isso. São políticos presos por corrupção (…) são coisas que precisam ser refletidas. A sociedade precisa discutir isso”, disse.
Após levantar suspeitas sobre as doações, Mendes também disse que algumas peças deveriam ser unidas para se tentar desvendar o quadro pós julgamento do mensalão. Ele destacou o episódio do emprego oferecido a Dirceu por um hotel de Brasília cuja empresa tinha sede no Panamá. “Se a gente olha, coleta de dinheiro, esse tipo de manifestação, serviço num hotel que pertence a alguém no Panamá por R$ 20 mil, se a gente soma tudo isso há algo mais no ar do que avião de carreira. Está estranhíssimo (…) Ele era também dono do hotel? Era empregado e empregador? Veja quanta coisa está sendo colocada.”