30/03/2015

GO: família de mulher morta após carro cair em vala culpa prefeitura; veja vídeo!



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Segundo filho da vítima, acidente foi causado por ‘omissão do poder público’.
Ela e o marido ficaram presos a cinto de segurança após queda do veículo.




Veja o vídeo.


Avião da Turkish Airlines para São Paulo pousa em Casablanca por ameaça de bomba



Reuters – Um avião da Turkish Airlines levando mais de 250 pessoas com destino a São Paulo desviou sua rota e aterrissou em Casablancadepois de declarar emergência por conta de uma ameaça de bomba, a segunda ameaça envolvendo a empresa em dois dias.
O voo TK15 tinha deixado Istambul quando um bilhete com a palavra “bomba” foi encontrado no banheiro da aeronave, disse uma porta-voz.
Boeing 777, que levava 256 passageiros, declarou emergência e pousou em Casablanca no Aeroporto Internacional Mohammed Vpor volta das 9h30 (horário de Brasília).
A Turkish Airlines informou que está dando continuidade às investigações necessárias a bordo e que uma decisão sobre a continuação do voo para São Paulo será decidida de acordo com o resultado da investigação.
A porta-voz da companhia disse que o voo para São Paulo será retomado assim que for considerado seguro.
Autoridades de aviação marroquinas disseram que o aeroporto deCasablanca operava normalmente após o pouso da aeronave, que estava passando pelos procedimentos normais para este tipo de incidente.
No domingo, um outro voo da Turkish Airlines, com destino a Tóquio, retornou ao local de origem pouco após decolar depois que um bilhete com as palavras “C4 Cargo” foi encontrado na porta do banheiro.
Nenhum explosivo foi encontrado naquela aeronave.
Procurada, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a concessionária que opera o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, disseram não ter mais informações.


(Reportagem adicional de Daren Butler, em Istambul; Priscila JordãoBrad Haynes, em São Paulo; e Aziz El Yaakoubi em Rabat)

Morre bebê queimado com água quente de churrasqueira elétrica

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Morreu na noite de domingo (29) o bebê Davi Lima da Silva, de 1 ano e dez meses, que teve 63% do corpo queimado durante um churrasco em Rio Verde, no sudoeste goiano, há 21 dias. Atualmente, o menino estava internado no Hospital de Queimaduras, em Goiânia.
A unidade de saúde afirmou que não está autorizada a passar informações sobre a causa da morte do menino. No entanto, segundo o pai do bebê, o auxiliar de pedreiro Dielson Lima dos Santos, o filho sofreu uma falência múltipla de órgãos. “Como a queimadura era muito grave, prejudicou o coração e o pulmão dele”, disse.
O corpo da criança deve chegar no final da manhã à cidade do interior. O velório ocorrerá na casa da família. Ainda não há horário definido para o sepultamento.
O pai conta que a família acreditava na recuperação de Davi. “A gente não esperava, estávamos com esperança de ele sobreviver, mas não deu”, lamenta.
De acordo com o pedreiro, Davi era o único filho do casal. “Estamos chocados, não é fácil receber uma notícia dessa não. Vamos tentar superar”, disse o pai.
Luta por atendimento
O bebê se queimou com a água quente de uma churrasqueira elétrica no último dia 8 de março. Ele teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.
Inicialmente, Davi foi encaminhado para o hospital municipal de Rio Verde. No dia seguinte, o transferiram para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital de Urgências do Sudoeste (Hurso), em Santa Helena de Goiás.
A unidade não tem atendimento especializado para queimaduras. Por isso, o diretor técnico do Hurso, Otávio Branchini, pediu que o paciente fosse transferido para um hospital com atendimento adequado. A transferência para Goiânia ocorreu apenas 11 dias depois, em 19 de março.
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, em nota, que “fez todo esforço para captação de leito especializado para a criança” e que lamenta a morte de Davi. “De imediato não foi possível encaminhamento para unidade de referência em queimadura, mas assim que possível houve remanejamento de paciente de UTI para atender o Davi”, informa o texto.

Perseguição, tiroteio, morte e prisão de traficante em Goiás

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Após informações preliminares e 48 horas de averiguação, que envolveu policiais do BOPE e COD, a Polícia Militar montou uma operação para interceptar dois veículos, usados por um grupo criminoso, que se utilizava da Rodovía Estadual GO 164 para transportar droga com a finalidade de traficá-la. De posse dos dados, a equipe do BOPE Sierra, composta pelo sargento Missel, soldados Castelo, Mariano e Dias, abordou o primeiro carro suspeito, Fiat Palio, encontrando aproximadamente cinquenta quilos de maconha em seu interior, sendo procedida a detenção do condutor.
A equipe do BOPE Comando, composta pelo tenente Correa, sargento De Paula, soldados Mecenas e Cunha, ao tentar abordar o segundo automóvel, Renault Megane,  foi injustamente agredida com disparos de armas de fogo, se iniciando uma troca de tiros. O acompanhamento aos agressores começou na GO e se estendeu até uma propriedade rural, às margens da rodovia, onde dois indivíduos abandonaram o veículo e adentraram a uma mata, deixando para traz um terceiro envolvido que, alvejado, ficou no interior carro.
Foi prestado socorro ao ferido, até então não identificado, que não resistiu, vindo  a óbito posteriormente no Hospital. Segundo o primeiro abordado, o comparsa morto atendia pela alcunha de Stallone e possuía uma extensa ficha criminal. No Renault Megane foram encontrados dois revólveres cal. 38, uma pistola 635 e três quilos de maconha.
Diante dos fatos, a equipe conduziu o detido ao DP de Santa Helena, onde foi autuado por por tráfico de drogas. Cumpre destacar o apoio, também, nesses dois dias, das equipes do GPT de Itumbiara comandadas pelo Ten. Fregonezi, que colaboraram na identificação dos veículos que estavam transportando os entorpecentes, bem como na prontidão para atuarem caso os veículos passassem da cidade de Bom Jesus/GO.

29/03/2015

Gusttavo Lima não tem previsão de alta, diz boletim médico



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Após ser internado com complicações intestinais no sábado (28),Gusttavo Lima permanece no Hospital Israelita Albert Einstein, emSão Paulo, sem previsão de alta e com sintomas de dor abdominal, náusea e vômito, de acordo com o boletim médico divulgado neste domingo (29).
Por conta do atual quadro do artista e recomendações médicas, o show marcado para o sábado, em Juazeiro, no Ceará, foi cancelado. De acordo com a assessoria de imprensa, Gusttavo teve um mal-estar na última sexta (27) durante apresentação no Centro de Tradições Nordestinas, na capital paulista.
Veja o comunicado na íntegra:
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Cantor está de casamento marcado para este ano
Com a agenda corrida e vários compromissos pelo BrasilGusttavo Lima ainda arruma tempo para organizar seu casamento com a modeloAndressa Suita. Juntos há três anos, ele procura ficar por dentro de tudo para a cerimônia que ainda não tem uma data definida, mas vai acontecer este ano na fazenda do sertanejo em Goiânia.
Os dois fazem questão de mostrar o quanto estão apaixonados.Andressa até publicou uma foto do casal abraçadinho no Instagram e se declarou uma mulher abençoada por tê-lo ao seu lado. Gusttavo Lima ainda faz questão de dizer que quer oito filhos porque não gosta de casa vazia e se considera uma verdadeira máquina.

Dupla é baleada na porta de boate após discussão em GO, diz polícia; veja vídeo!



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Fato aconteceu na madrugada de sábado (28). Um levou sete tiros e o outro, três; ambos passam por cirurgias no Hugo.
Testemunha relatou à policia que confusão aconteceu após paquera.




Veja o vídeo.

Morre mulher ferida após carro cair em vala durante temporal em Goiânia



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Morreu na manhã de sábado (28) uma mulher que estava em um carro que caiu em uma vala tomada por enxurrada ao lado do Córrego Buriti, no Parque Anhanguera II, em Goiânia. Segundo informações do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), a paciente estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado gravíssimo e não resistiu aos ferimentos.
O acidente aconteceu na noite de quinta-feira (26). Terezinha Vicente de Paula, de 59 anos, estava em Chevrolet Corsa com o marido, sua filha e uma neta, quando o automóvel saiu da pista e caiu na vala. Logo em seguida, o veículo foi coberto pela enxurrada.
A filha e a neta conseguiram sair do carro e acionaram uma viatura daPolícia Militar que passava pelo local. As vítimas ficaram presas no cinto de segurança. Os militares quebraram os vidros do carro, cortaram o cinto de segurança e mesmo com a forte enxurrada conseguiram retirar as vítimas do veículo.
Segundo informou o Corpo de Bombeiros na ocasião, a mulher foi encaminhada inconsciente ao hospital. Já o homem foi medicado e liberado no dia seguinte.

28/03/2015

Bomba! Agora é Palocci envolvido com o Petrolão. R$ 100 milhões teriam sido desviados para o PT

Capa IstoÉ

Palocci supera José Dirceu em consultorias que seriam instrumentos para desviar dinheiro público para o PT

A revista IstoÉ traz na edição deste final de semana uma reportagem que não surpreende ninguém, mas que é mais uma verdadeira bomba sobre os petistas. Depois que o país conheceu as milionárias consultorias do mensaleiro José Dirceu, homem forte do PT nos governos do ex-presidente Lula, influência esta que parece nunca ter perdido, agora aparece um escândalo que tende a ser muito maior. A revista IstoÉ mostra a participação criminosa do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Atônio Palocci Filho, no esquema doPetrolão. A investigação aponta para desvios de R$ 100 milhões para o PT. A corrupção nos governos do PT não tem fim. A cada investigação que se faz os petistas são pegos com a mão na massa. Confira a reportagem da revista IstoÉ e se esbalde com mais um escandaloso caso de corrupção com a assinatura petralha!
Uma investigação sobre a participação do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci Filho, no esquema do Petrolão. Entre os alvos principais do processo estão contratos feitos entre a Projeto – consultoria financeira pertencente ao ex-ministro – e empresas que fizeram direta ou indiretamente negócios com a Petrobras. Com base em delações premiadas, documentos apreendidos e até na prestação de contas feitas pelos partidos, procuradores e delegados da Operação Lava Jato calculam que consultorias feitas por Palocci possam ter sido usadas para desviar cerca de R$ 100 milhões do Petrolão para os cofres do PT. “Vamos demonstrar que, assim como o ex-ministro José Dirceu, Palocci trabalhou para favorecer grupos privados em contratos feitos com a Petrobras e canalizou ao partido propinas obtidas a partir de recursos desviados da estatal”, disse um dos procuradores na tarde da quarta-feira 25.
Pallocci Consultor
Até a semana passada, os procuradores observavam com lupa seis contratos da empresa de Palocci e nas próximas semanas deverão recorrer ao juiz Sérgio Moro para que autorize a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro. Os documentos e depoimentos que mais têm despertado a atenção de delegados e procuradores dizem respeito às relações do ex-ministro com a WTorre Engenharia e com o Estaleiro Rio Grande. De acordo com os relatos feitos por procuradores da Lava Jato, em 2006, após deixar o governo Lula acusado de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa (leia quadro na pág. 38), Palocci teria intermediado a aquisição do Estaleiro Rio Grande pela WTorre. Meses depois da negociação e sem nenhuma expertise no setor naval, a empresa venceu uma concorrência para arrendamento exclusivo do estaleiro à Petrobras. Em seguida, a estatal fez uma encomenda para a construção de oito cascos de plataformas marítimas, em um contrato de aproximadamente US$ 6,5 bilhões. “Não é comum que uma empresa sem nenhum histórico no setor vença uma concorrência bilionária”, afirma um dos procuradores da Lava Jato. Os indícios encontrados pelo Ministério Público, porém, vão além do simples estranhamento.
Investigações promovidas pela Operação Lava Jato indicam que, por orientação de Palocci, o Estaleiro Rio Grande buscou parcerias internacionais para poder cumprir o contrato com a Petrobras. Uma das empresas procuradas para tanto foi a holandesa SBM, já relacionada como uma das mais fortes pagadoras de propinas no esquema do Petrolão. Os documentos em poder da Operação Lava Jato mostram que, no início do ano passado, um ex-executivo da SBM, Jonathan Taylor, procurou a Receita e o Ministério Público da Holanda e revelou que empresa destinara US$ 102 milhões para o pagamento de propinas no Brasil, em troca de contratos para o fornecimento de navios e plataformas a Petrobras.
Consultorias suspeitas de Pallocci
Passados quatro anos, a parceria do Estaleiro Rio Grande com a SBM não se concretizou, embora o contrato para o fornecimento dos oito cascos permanecesse em vigor. Com isso, a Petrobras passou 48 meses sem receber os cascos contratados. Agora, os procuradores investigam quais os pagamentos efetuados pela estatal ao estaleiro durante esse período. “Temos informações de que o estaleiro usou dinheiro pago pela estatal para investir em plataformas, mas não entregou nada a Petrobras”, disse na sexta-feira 27 um dos agentes da PF que atuam na Lava Jato. De acordo com dados preliminares obtidos pela Lava Jato entre 2006 e 2010 a estatal teria repassado anualmente ao Estaleiro Rio Grande cerca de R$ 25 milhões.
Em 2010, meses antes de assumir a coordenação de campanha presidencial de Dilma Rousseff, Palocci e sua consultoria voltaram a operar em favor do estaleiro. O ex-ministro, segundo os procuradores da Lava Jato, trabalhou ativamente na venda do Estaleiro Rio Grande da WTorre para a Engevix – outra empreiteira já envolvida no Petrolão – em parceria com o Funcef, o fundo de pensão dos servidores da Caixa Econômica Federal. Um dos interlocutores de Palocci na negociação foi o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, atualmente preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, apontado pelo Ministério Público como um dos principais corruptores doPetrolão. Depois de comprar o estaleiro, a Engevix obteve da Petrobras um contrato de US$ 2,3 bilhões para a construção de três navios sonda. Em janeiro desse ano, Almada admitiu aos procuradores da Lava Jato que fez pagamentos de propinas a “agentes da Petrobras” para que pudesse ganhar os contratos e na semana passada, o empresário manifestou o interesse de aderir à delação premiada. Para que seja feito o acordo, porém, o Ministério Público Federal vem insistindo para que o empreiteiro revele detalhes do envolvimento de Palocci e sua empresa na venda do estaleiro. Como boa parte dos contratos de consultoria permite o sigilo, caso o vice-presidente da Engevix não colabore, os procuradores não descartam a possibilidade de recorrer ao Judiciário para obter cópia da documentação.  
Barusco
Com a quebra do sigilo bancário de Palocci, os procuradores da Lava Jato esperam checar informações já passadas por Almada e descobrir se houve ou não a participação do ex-ministro na elaboração do contrato de US$ 2,3 bilhões com Petrobras. Em delação premiada, o ex-gerente de serviços da estatal, Pedro Barusco, afirmou que esse negócio envolveu o pagamento de R$ 60 milhões em propinas, dos quais R$ 40 milhões teriam abastecido os cofres do PT. “Temos indícios de que durante anos o Estaleiro Rio Grande serviu como um poderoso braço para canalizar propinas do Petrolão e que essa parte do esquema seria comandada pelo ex-ministro Palocci”, disse um dos procuradores na manhã da quinta-feira 26.
Ao aprofundar as investigações sobre as relações de Palocci com o Estaleiro Rio Grande, os procuradores e delegados da Operação Lava Jato confirmaram importantes revelações feitas pelos maiores delatores do Petrolão e nas últimas duas semanas começam a traçar a participação do ex-ministro em uma ligação direta entre o propinoduto da Petrobras e recursos para a campanha eleitoral de 2010. Em um de seus depoimentos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, assegura que Palocci teria pedido e intermediado a remessa de R$ 2 milhões para a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff. Na semana passada, ao analisarem a prestação de contas do PT, agentes da Polícia Federal identificaram uma doação oficial de R$ 2 milhões feita pela WTorre Engenharia ao diretório nacional do partido. O dinheiro, segundo os documentos, foi entregue em duas parcelas de R$ 1 milhão. “É muito provável que essa doação esteja ligada a venda do Estaleiro Rio Grande da WTorre para a Engevix”, afirma um dos procuradores.
Passado condena
O negócio intermediado por Palocci movimentou R$ 410 milhões e foi concluído dois meses antes do primeiro repasse de R$ 1 milhão feito ao comitê financeiro nacional do PT, em 24 de agosto de 2010. O outro R$ 1 milhão caiu na conta do comitê em 10 de setembro. Para a WTorre, a venda do estaleiro foi um excelente negócio. A empresa declara ter investido cerca de R$ 170 milhões nos quatro anos em que esteve à frente das operações e vendeu o empreendimento por R$ 410 milhões. A Engevix também se deu bem, pois assumiu o estaleiro com uma encomenda de mais de US$ 2 bilhões e ainda assinou outro contrato com a Sete Brasil para o fornecimento de plataformas à petrolífera brasileira. Para a Petrobras, o negócio significou um prejuízo, segundo os procuradores da Lava Jato, ainda não calculado. O atraso na entrega das plataformas consumiu o período de 10 anos que a estatal tinha de exclusividade sobre o estaleiro e ainda a obrigou a encomendar novas plataformas da China para atender sua demanda. Além do Estaleiro Rio Grande, o ERG 1, entrou no pacote da Engevix o direito de exploração das áreas adjacentes, batizadas de ERG 2 e ERG 3.
Longe das plataformas marítimas, mas também pelas mãos de Palocci, segundo os procuradores da Lava Jato, a WTorre teria conseguido um outro negócio exclusivo e bilionário com a Petrobras. Com um investimento de aproximadamente R$ 600 milhões, a construtora ergueu no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, um moderno complexo de quatro edifícios envidraçados e, sem que houvesse qualquer tipo de licitação, assinou um contrato de locação com a estatal válido até 2039 pelo valor de R$ 100 milhões, reajustáveis anualmente. Os prédios e o contrato de locação deveriam dar lastros para a criação de um fundo imobiliário com o qual a empresa previa obter R$ 1,2 bilhão no mercado. Com tantas construtoras no País chama a atenção dos procuradores o fato de que a Petrobras, para locar uma nova sede no Rio de Janeiro, tenha optado justamente por aquela que tinha Palocci como consultor.
Delatores
Também pesam contra o ex-poderoso ministro de Lula e de Dilma Rousseff as delações feitas pelo doleiro Alberto Youseff e o testemunho de empresários da Camargo Corrêa que colocaram o setor energético na mira da Operação Lava Jato. Os procuradores tentam detalhar a participação de Palocci em favor da CPFL, a maior distribuidora de energia elétrica do País, que tem a Camargo Corrêa como principal acionista privado. O ex-ministro teria atuado junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para conseguir a aprovação de uma norma que liberou o uso de medidores de energia inteligentes para redes de alta tensão, como indústrias. Com a licença, a empresa conseguiu instalar os medidores em 25 mil unidades de consumo de oito distribuidoras em São Paulo e na Região Sul, num negócio que envolveu cerca de R$ 215 milhões. Os equipamentos garantiram privilégios à companhia como maior eficiência energética, com redução de perdas e economia na manutenção. A Companhia também teria obtido posteriormente, com auxílio do consultor, autorização do Ministério de Minas e Energia de projetos eólicos de sua subsidiária CPFL Energias Renováveis. Os procuradores querem saber se houve alguma contrapartida financeira da Camargo Corrêa ao PT em troca da ação de Palocci na Aneel. “Há indícios de que Palocci seja um dos principais elos entre os empresários envolvidos no Petrolão e o PT”, afirma um dos procuradores. Em delação premiada, o doleiro Youseff, principal operador do esquema, revelou que de fato era o ex-ministro Palocci o contato do partido com o empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal. A empresa tem cerca de R$ 4 bilhões em contratos com a Petrobras e Camargo já fez várias delações. “Estamos finalizando alguns cruzamentos de dados para definir melhor a suposta participação do ex-ministro nos esquemas ligados à área energética”, afirmou um dos procuradores. 
Há ainda uma equipe da Operação Lava Jato que analisa a atuação parlamentar de Palocci, a partir de 2007, quando já trabalhava paralelamente como consultor. O então deputado petista teve papel destacado em todos os projetos relacionados a Petrobras que foram à votação na Câmara. Palocci foi o primeiro relator do polêmico projeto de capitalização da estatal e também nos projetos que instituiu o modelo de partilha para exploração do pré-sal, criou o Fundo Social e a empresa pública Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA). Com o primeiro, aprovado depois de longa discussão no Congresso, o governo Dilma conseguiu injetar na estatal mais de R$ 120 bilhões, sendo que R$ 74,8 bilhões saíram do BNDES. Como não tem foro privilegiado, toda a investigação que envolve o ex-ministro será acompanhada pela Justiça Federal no Paraná e caberá ao juiz Sérgio Moro a palavra final sobre os próximos passos a serem dados pelos procuradores e delegados da Lava Jato.
Na tarde da sexta-feira 27, por intermédio de seu advogado, José Roberto Batochio, o ex-ministro informou que seu relacionamento com a WTorre se restringe a palestras proferidas ao corpo diretivo da empresa. Palocci também afirmou que nunca teve contato e desconhece a existência da Engevix e que jamais foi contratado pela CPFL para qualquer assunto. A WTorre informou que desconhece qualquer investigação e que nunca utilizou a intermediação do ex-ministro em seus negócios. Sobre o estaleiro, a empresa afirma que em 2006 participou de concorrência organizada pela Rio Bravo Investimentos S/A DTVM, administradora de um Fundo de Investimento Imobiliário que tinha o objetivo de construir um estaleiro que seria alugado posteriormente para a Petrobas. “A WTorre venceu a concorrência, construiu e entregou o estaleiro para o Fundo Imobiliário. A Petrobras tinha a prerrogativa de devolver o estaleiro ao cabo de um período de 10 anos de uso. Foi este direito que a WTorre vendeu para a Engevix”, registra a nota encaminhada pela empresa. Sobre as doações para a campanha de Dilma, a empresa afirma que fez tudo de acordo com a legislação.