O jornal O Popular e a repórter política Fabiana Pulcineli, que escreveu a matéria sobre a nova rodada da pesquisa Serpes, esconderam no meio do texto, em 6 linhas pra lá de discretas, a mais importante informação trazida pelo levantamento: pela primeira vez, o instituto Serpes apurou que o governador Marconi Perillo, se a eleição fosse hoje, venceria no 1º turno.
A novidade não aparece em nenhum título, subtítulo ou chamada alusiva àpesquisa Serpes e foi, digamos assim, muito bem oculta dentro do texto. Além disso, a jornalista, ao redigir o trecho que traz a constatação de queMarconi vence no 1º turno, inverteu a ordem, minimizando a informação (ela colocou, primeiro, que a oposição, somada, chegava a 39,1% ou seja, 0,2 ponto percentual atrás de Marconi – o que, no final das contas, dá no mesmo, mas transmite malandramente a sensação de que é a oposição o sujeito ativo desses novos números e não o governador).
Outra “jogadinha” esperta da matéria é destacar, em título, o índice de indecisos da pesquisa espontânea, passando também a impressão de fragilidade para a liderança do governador. Não há um único veículo de comunicação no Brasil, pelo menos entre os sérios e responsáveis, capaz de emprestar importância a esse índice, que não pode ser reproduzido no resultado final de uma eleição e portanto não é considerado nas análises sobre as pesquisas.
“Manobras” como essa são a resposta de Fabiana Pulcineli para o “castigo” de ser obrigada a escrever matérias mostrando que Marconi lidera e caminha para vencer a eleição. E que castigo…
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