Durante a conferência eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT), realizada em Brasília na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de estabelecer um diálogo efetivo com o eleitorado evangélico. O evento, que contou com a presença de aproximadamente 2.500 pessoas, marcou o início da campanha eleitoral do partido para as eleições municipais de 2024. Lula expressou sua preocupação em relação à comunicação dos candidatos petistas com os evangélicos, enfatizando a importância de entender e atender às expectativas desse segmento da população, segundo reportagem da Carta Capital. Essa declaração vem após a divulgação de uma pesquisa do Datafolha, a qual indicou um índice de reprovação mais alto do atual governo entre os evangélicos, com 38% desse grupo desaprovando a gestão de Lula.
“Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós? Será que nós estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades? Ou será que nós temos que aprender com o povo como é que a gente fala com ele?”, questionou Lula.
O presidente abordou a necessidade de criar uma narrativa que ressoe com os evangélicos, reconhecendo o papel significativo que as igrejas desempenham na vida de muitos, especialmente em aspectos familiares e sociais. Além disso, Lula também mencionou a importância de dialogar com pequenos e médios empresários, destacando um desafio percebido pelo PT: a mudança no perfil de seu eleitorado tradicional, especialmente entre os que melhoraram de vida.
Durante o evento, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também fez declarações, incluindo a defesa da prisão de Jair Bolsonaro (PL). A conferência contou ainda com a presença de figuras importantes do partido, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a primeira-dama Janja da Silva, além de ministros, governadores e parlamentares do PT.
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