15/11/2013

MP escancara o lamaçal petista na Prefeitura de São Paulo. Mulher de Jilmar Tatto é suspeita de lavagem de dinheiro de propina


Jilmar Tatto
Jilmar Tatto (PT) era na Câmara Federal um dos maiores defensores da moral e dos bons costumes. Sua mulher é suspeita de lavagem de dinheiro de propina.
O ex-deputado federal, Jilmar Tatto (PT), hoje secretário de transportes da Prefeitura de São Paulo, tem vivido dias difíceis. É que o Ministério Público está no seu encalço e da sua esposa, Adli Tatto. Tudo por causa de fortíssimas suspeitas de que a mulher do secretário de Fernando Haddad (PT) ,que é sócia  do auditor fiscal Moacir Fernando Reis na empresa Samepark Estacionamento, integra a chamada Máfia do ISS na cidade de São Paulo tendo a função de lavar dinheiro da propina recebida pelos criminosos.
Jilmar Tatto ficou bastante conhecido na CPI do Cachoeira quando arrotava ética, moral, seriedade e honestidade acima de todas coisas. Integrante da tropa de choque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Jilmar Tatto desempenhou a função de perseguidor dos adversários de Lula como nenhum outro. Veja a matéria da revista Veja mostrando o lamaçal petista na Prefeitura de São Paulo:
A Promotoria de Patrimônio Público de São Paulo investiga suspeitas de que a empresa Samepark Estacionamento, da mulher do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, pode ter sido usada para lavar dinheiro obtido com o pagamento de propina. A empresa é uma sociedade de Adli Tatto com o auditor fiscal Moacir Fernando Reis, investigado no esquema de fraudes no recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS), conforme revelou o site de VEJA.
“A empresa está sob investigação”, disse o promotor José Carlos Blat, que integra a força-tarefa do Ministério Público Estadual para levantar dados de enriquecimento ilícito de mais de quarenta fiscais na esfera civil. “Para nós, não há necessidade de demostrar atos de corrupção, basta a desproporcionalidade entre o salário e o patrimônio.”
De acordo com Blat, usar estacionamentos para lavar dinheiro “é um método jurássico”, que se torna difícil comprovar se a movimentação de carros registrada em notas fiscais foi a que realmente ocorreu. Tatto afirma que a empresa não movimentou dinheiro e faliu. ”A iniciativa do Ministério Público é importante para dirimir as dúvidas que possam existir. A empresa existe, mas sequer chegou a iniciar sua atividade. Conheço Moacir Reis exclusivamente pelo fato de ser namorado de minha cunhada. Fora isto, não tenho nenhuma relação com ele”, afirmou Tatto, em nota.
Segundo dados da Junta Comercial de São Paulo, o estacionamento declarou sede na casa de Tatto, um apartamento no bairro da Vila Mariana, na Zona Sul da capital paulista. O Samepark tem capital social de 20 000 reais. Além dos negócios, o auditor fiscal namora a cunhada do secretário e irmã de Adli Tatto. Reis é servidor de carreira e continua ativo na prefeitura com salário bruto de 19 607,61 reais. Ele é investigado no mesmo procedimento administrativo interno da prefeitura que apurou indícios de enriquecimento ilícito dos quatro auditores que foram presos: Ronilson Bezerra Rodrigues, Eduardo Horle Barcellos, Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral e Luis Alexandre de Magalhães.
Reis também possui mais duas empresas registradas em seu nome. Ele é sócio da Florbela Decorações Conveniência, um comércio em Embu das Artes (SP), e da MFPR Administração de Bens, aberta em 2010, com capital social de 541 000 reais, com atividade declarada de compra, venda e aluguel de imóveis próprios. A sede declarada é o apartamento de Reis, também na Vila Mariana.
“Com o salário que eles têm, possuem empresas de administração de bens próprios, o que é um absurdo”, disse Blat. “Isso é uma coisa primária. Nunca imaginei que em pleno século XXI fosse ver essas técnicas arcaicas de lavagem de capitais.” Blat afirma que o uso de empresas para negociar compra e venda de imóveis com dinheiro de corrupção era usado na primeira máfia dos fiscais, desbaratada em 1999, na gestão do ex-prefeito Celso Pitta, morto dez anos depois.
“Eles não têm qualquer tipo de cuidado. Isso demonstra que foram imprudentes e que tinham um respaldo forte dentro da prefeitura e da Câmara Municipal. Era escancarado”, disse Blat. “Não consigo conceber que quatro ou dez fiscais possam deter um poder político tão grande e movimentar tantos milhões de reais sem serem incomodados, supervisionados por alguém do sistema político. É inconcebível.”
Controladoria – Reis já havia sido intimado a depor na Controladoria-Geral do Município, no dia 24 de outubro, mas só foi exonerado do cargo de confiança pelo prefeito Fernando Haddad (PT) após a publicação da reportagem do site de VEJA.  Reis se apresentou ao Ministério Público na última segunda-feira, mas “não esclareceu fatos e disse ter sido surpreendido com a publicação da reportagem”, segundo o promotor Roberto Bodini. Questionado sobre sua relação com o servidor, Tatto disse que desconhecia a investigação sobre Reis. O secretário também afirmou que “não se lembrava” do estacionamento de sua mulher com o auditor, porque “a empresa nunca movimentou dinheiro”. Apesar disso, o Samepark continua aberto na Junta Comercial.

14/11/2013

Roberto Jefferson, delator do Mensalão de Lula, volta a atirar no PT ao reclamar da sua condenação.


Blog do Jefferson
O ex-deputado federal, Roberto Jefferson, aquele que denunciou o Mensalão de Lula, maior escândalo político da história do Brasil, usou o seu blog no dia de hoje para reafirmar o maior lamaçal da política brasileira, para reclamar da justiça brasileira e para dizer que espera que a partir de agora a política brasileira seja melhorada. Roberto Jefferson se porta como alguém que se sente injustiçado pela decisão do STF de decretar a sua prisão juntamente com aqueles que foram desmascarados e mostrados ao país como quadrilheiros no governo do PT. Jefferson se mostra revoltado com a decisão e como alguém que esperava ser recompensado por ter alertado o Brasil e por iniciar a limpeza na política nacional.
Veja o post de hoje no Blog do Jefferson:
Há oito anos denunciei ao País o maior escândalo que jamais presenciei no Planalto Central desde que me tornei deputado. Tudo realizado por quem, por décadas, apontou o dedo para muitos, acusando-os de corruptos, dando início à nefasta judicialização da política brasileira. Fui cassado e tive meus direitos suspensos por 10 anos; ontem, a Corte Suprema do meu país decretou minha prisão. Estou satisfeito com a decisão? Mentiria se dissesse que sim; conforta-me, porém, a crença de que a política brasileira, daqui para a frente, pode ser melhor. 

STF decide mandar mensaleiros imediatamente para a cadeia. Mas, não será tão ruim assim!


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Oito anos após aceitar a denúncia do mensalão, o STF decidiu pela prisão dos principais condenados no caso, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o operador do esquema, o empresário Marcos Valério de Souza. Em uma sessão confusa e pontuada por debates acalorados, os ministros determinaram a execução da pena do julgamento que havia sido encerrado no ano passado.
O número exato de réus que começarão a cumprir a pena assim que a Justiça Federal de Brasília emitir o mandado de prisão não está definido. Serão ao menos 15, já que havia dúvidas sobre seis réus. Dez réus terão analisados no ano que vem a possibilidade de ter suas penas revistas em crimes pelos quais foram condenados com quatro votos a seu favor no plenário –eles apresentaram os chamados embargos infringentes.
Dirceu está entre eles, na sua condenação por formação de quadrilha, que lhe deu 2 anos e 11 meses de cadeia. Assim, agora o antigo homem forte do governo Lula começará a cumprir sua pena de 7 anos e 11 meses por corrupção em regime semiaberto (ele dorme na cadeia). Após rejeitar a maioria de uma leva final de recursos chamados embargos declaratórios, o presidente da corte, Joaquim Barbosa, pediu a prisão imediata de 21 dos 25 condenados do caso. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) terá seu caso analisado depois.
DIVERGÊNCIA
A divergência principal entre os ministros surgiu em relação a réus que, mesmo sem quatro votos, também apresentaram infringentes, entre eles os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry. Na proposta de Barbosa, os recursos de quem não teve quatro votos não seriam reconhecidos por não seguirem o pré-requisito definido pelo regimento do STF, mas Teori disse que seriam preciso analisar os mesmos antes de mandar estes réus para a prisão.
Entre os que vão ser presos de imediato está, por exemplo, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil. Condenado ao regime fechado, terá de cumprir um sexto de sua pena de 12 anos e 7 meses. Julgamento mais longo da história do Supremo, o mensalão foi revelado pela Folha em 2005. Um ano depois, o Ministério Público apresentou denúncia contra o esquema, que consistia na compra de apoio parlamentar durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2006, a denúncia foi aceita pelo Supremo, que iniciou, em 2012, o julgamento contra 37 réus. Após 53 sessões que dominaram a pauta do segundo semestre da corte, 25 foram condenados. Neste ano, os primeiros recursos contra as condenações, conhecidos como embargos declaratórios, foram apresentados. Entre agosto e setembro, em 11 sessões, o Supremo analisou os novos argumentos e manteve as condenações contra os principais acusados.
Os ministros começaram o julgamento rejeitando, ainda que parcialmente, a segunda leva de recursos apresentadas por nove condenados que tentavam esclarecer obscuridades e sanar contradições em relação ao suas condenações. Apenas Breno Fischberg, sócio da corretora usada para distribuir dinheiro do esquema, conseguiu reverter sua condenação de prisão para multa e prestação de serviços comunitários.
O STF também rejeitou uma última tentativa dos advogados de adiar a discussão sobre a execução das penas de prisão dos réus do mensalão. A defesa do deputado João Paulo Cunha pediu prazo para se posicionar em relação ao pedido da Procuradoria-Geral da República que, na noite anterior, solicitou a prisão imediata de 23 dos 25 réus, mesmo aqueles que ainda recorrem da decisão do STF. Durante a sessão, ministros reclamaram por não terem recebido o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Goiás bate Ponte, aumenta série invicta na Série A e acirra briga pelo G-4


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A Ponte Preta deu mais um grande passo rumo à Série B do Campeonato Brasileiro da próxima temporada. Na noite desta quarta-feira, o time campineiro fez mais uma partida ruim e foi derrotado pelo Goiás, por 2 a 0, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, pela 34ª rodada do Brasileirão.
A situação da Ponte segue delicada, pois a equipe segue com 34 pontos na penúltima posição e não dá mostrar que pode melhorar, apesar do bom momento da Sul-Americana. O Goiás, por sua vez, segue firme na luta pela vaga na Libertadores e chegou aos 56 pontos.
Os dois times voltam a campo no próximo domingo. A Ponte Preta tenta seguir viva na elite contra o Cruzeiro, no Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, às 17 horas, enquanto o Goiás recebe o Inter, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Ficha Técnica:
Goiás 2 x 0 Ponte Preta
Fase: Única
Rodada: 34ª
Data: 13/11/2013
Horário: 19h30
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Árbitro: Claudio Mercante Júnior (PE)
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Ricardo Bezerra Chianca (DF)
Renda: R$ 118.375,00.
Público: 6.192 pagantes (7.103 total)
Cartões Amarelos:
Ponte Preta:Diego Sacoman, Artur, Magal
Gols:
Goiás: Eduardo Sasha 23′ 1T, Ramon 25′ 1T
Goiás:
Renan;
Vitor, Rodrigo, Ernando e William Matheus;
Amaral, David, Ramon (Thiago Mendes), Renan Oliveira e Eduardo Sasha;
Walter (Léo Bonatini)
Técnico: Enderson Moreira
Ponte Preta:
Roberto;
Artur, César, Ferron e Diego Sacoman (Rildo);
Magal, Fernando Bob, Alef e Elias (Adrianinho);
Adaílton e William (Rafael Ratão)
Técnico: Jorginho Campos

13/11/2013

Marconi Perillo anuncia mais 150 mil Bolsas Futuro

Marconi Bolsa Futuro

O governador Marconi Perillo anunciou na terça-feira (13) a formalização de mais 150 mil Bolsas Futuro destinadas à qualificação profissional de trabalhadores de todos os municípios goianos. Em outubro, durante visitas a mais de 40 municípios, o governador participou de cerimônias de entrega de 100 mil certificados de conclusão do Bolsa Futuro, correspondentes a parte da primeira etapa do programa. O vice-governador José Eliton Júnior e o secretário de Ciência e Tecnologia, Mauro Faiad, participaram do anúncio.
A exemplo da primeira turma, os novos alunos receberão incentivo financeiro de R$ 80,00 para auxiliar no transporte e na alimentação. A meta, segundo o secretário Mauro Faiad, é atingir mais de 500 mil alunos até agosto do ano que vem. Na solenidade, que aconteceu no auditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico, o governador assinou a Lei 268, aprovada pela Assembléia Legislativa, que trata da alteração dos subsídios dos cargos de diretores e secretários dos Centros Tecnológicos. Os aumentos salariais variam de 80% a 100%.
As novas 150 mil vagas, segundo Marconi, já estão quase todas preenchidas. Ele apelou aos gestores do programa que deem preferência a trabalhadores cuja renda não lhes permita frequentar cursos pagos de qualificação. O Programa Bolsa Futuro do Governo de Goiás, recentemente elogiado pelo Jornal Valor Econômico como o maior programa de qualificação profissional do País, encerrará o ano com a entrega de 240 mil certificados, entre alunos que receberam e os que não receberam incentivos financeiros. O Estado disponibiliza 107 Centros Tecnológicos mantidos com recursos próprios em todas as regiões do Estado para a capacitação dos alunos.

12/11/2013

Humorista do “Pânico” diz que foi parar na UTI por brincadeira no programa


Marcelo
Quem assiste ao “Pânico na Band” sabe que às vezes os humoristas exageram nas brincadeiras. Segundo Marcelo Zangrandi, o Ie Ie, os integrantes vivem cheios de hematomas. O comediante mesmo já sentiu na pele o efeito de uma delas. Durante o quadro “Zaca Show” – em homenagem ao ex-Trapalhão Zacarias – que Ie Ie gravou com Gui Santana, ele foi “obrigado” a tomar um chá quente com pimenta e as consequências foram graves: o humorista foi parar no hospital.
“O Gui colocou 15 pimentas dedo-de-moça na bebida e eu tomei de uma vez só. Na hora comecei a passar mal. Fiquei dois dias na UTI com gastrite aguda. Sangrou meu estômago e poderia ter me dado úlcera”, revelou Ie Ie ao UOL, nesta segunda-feira (11), durante a inauguração do restaurante Sushibol, em São Paulo, de Daniel Zukerman (O Impostor) e de sua mulher, Marcela Maluf.
Gui Santana disse que sentiu-se culpado pela brincadeira. “Eu não gosto de machucar ninguém, mas aconteceu. As gravações do ‘Pânico’ são intensas, a gente grava, se machuca. Eu já fui parar no hospital três vezes. Já machuquei os olhos, nariz, caí do cavalo. Faz parte”, afirmou Gui.
Durante algumas semanas, o “Pânico” fortaleceu a hipótese de que existia uma rixa entre Eduardo Sterblitch e Gui Santana. Para dar veracidade à “briga”, cada um dos humoristas teve que criar quadros que agradassem ao público. O mais votado poderia se tornar efetivo no programa.

Jovem que se acorrentou em portão do Instituto Royal é encontrada morta em São Paulo


Julia Cole
Uma das ativistas que esteve acorrentada no portão do Instituto Royal dias antes da invasão do local no dia 18 de outubro, foi encontrada morta neste domingo (10) em São Roque, no interior de São Paulo. Julia Colle era conhecida pelo seu ativismo em favor dos animais. A polícia informou que a principal suspeita é de suicídio, mas nas redes sociais, amigos de Julia e a própria mãe da jovem suspeitam da tese.
Uma pessoa que se diz vizinha da ativista disse no facebook que duvida que tenha sido suicídio, porque ela estava com outras pessoas na hora do ocorrido. “Se fosse isso essas pessoas não iam evitar isso? A polícia levou dois caras e uma moça para a delegacia. Não acredito que ela se matou!” Além disso, afirmam que ela e outros ativistas vinham sendo ameaçados. No caso de Julia, ela teria mudado de conta no Facebook, para evitar a perseguição. Muitos dizem ainda que nem a mãe da ativista pode ter acesso ao local do crime.
O delegado Marcelo Sampaio Pontes, responsável pelas investigações, mas disse que não iria falar em linhas de investigação neste momento. Segundo ele, o namorado e a amiga que estavam com Julia na casa já foram ouvidos e outras testemunhas devem ser convocadas a depor sobre o caso.
Suicídio
Segundo o boletim de ocorrência, Julia, o namorado e uma amiga passaram a noite de sábado (9) em uma festa em Cotia, da qual retornaram na manhã de domingo (10). Já em São Roque, teriam feito “uso de bebidas alcóolicas e drogas”. Ainda de acordo com a polícia, as testemunhas foram dormir em seguida e Julia teria ficado acordada.
Horas mais tarde, por volta das 16h, o namorado da ativista recebeu uma mensagem pelo celular, na qual Julia dizia que faria uma besteira. O rapaz então seguiu para a casa, onde estava a ativista e uma amiga. Ambos foram ao quarto de Julia, onde estava o corpo dela. O boletim de ocorrência aponta que a ativista “estava enforcada com uma gravata presa à janela”.

11/11/2013

E agora Paulo Garcia? Município de Goiânia condenado por morte ocasionada por buraco na pista


Juiz José Proto
Juiz José Pronto do Tribunal de Justiça de Goiás.
O juiz da 3ª Vara de Fazenda Pública Municipal, José Proto de Oliveira (foto), condenou o município de Goiânia a pagar R$ 10 mil, a título de indenização, para o marido e os três filhos da doméstica Dalira da Silva Ribeiro. Ela morreu em acidente de trânsito ocasionado por um buraco na rua.
Dalira estava em uma moto, a qual era conduzida por seu esposo, Nivaldo Ribeiro da Silva, no dia 14 de março de 2011, aproximadamente às 22 horas. Eles trafegavam pela Avenida 01, no loteamento Grande Retiro, em Goiânia, quando a moto caiu em um buraco existente na pista, momento em que Dalira, que estava na garupa, foi arremessada a mais de 20 metros de distância e morreu logo em seguida. A família pleiteou a responsabilização da prefeitura pela morte da doméstica, por falta de manutenção e cuidados com as vias.
O município, por sua vez, alegou que o acidente foi uma fatalidade e que a distância em que o corpo foi encontrado demonstra que foi a alta velocidade com que Nivaldo trafegava, e não o buraco, que ocasionou o acidente. Sustentou, ainda, que a passageira morreu porque não estava de capacete.
O magistrado, contudo, acolheu a versão da família de Dalira. “Não antevejo resquícios de fatalidade, pois é obrigação do município de Goiânia manter a via pública sem obstáculo para o livre tráfego do cidadão e de seu veículo”. José Proto ressaltou que, nesse caso, a condenação não tem por objetivo punir a municipalidade, mas sim, assistir a coletividade, no sentido de que se forneçam condições ideais previstas como direitos fundamentais da pessoa humana.
De acordo com o juiz, tanto os depoimentos de testemunhas quando a análise do Boletim de Acidente de Trânsito levam à conclusão de que o buraco foi mesmo a causa do acidente de trânsito. O magistrado afastou o argumento de fatalidade, visto que a existência do buraco já perdurava por longo tempo. Outras justificativas do município foram desacolhidas pelo juiz, como a falta de capacete e a velocidade alta, por falta de provas. Para José Proto, considerando que o local do acidente é um declive, independente da velocidade, qualquer objeto tende a ser arremessado ladeira abaixo.
Além dos danos morais, o município de Goiânia também foi condenado a pagar dois terços de salário mínimo ao viúvo de Dalira. Ela morreu aos 42 anos e foi considerada, para os cálculos, a data em que ela completaria 65. (Texto: Jovana Colombo – estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)