Uma das ativistas que esteve acorrentada no portão do Instituto Royal dias antes da invasão do local no dia 18 de outubro, foi encontrada morta neste domingo (10) em São Roque, no interior de São Paulo. Julia Colle era conhecida pelo seu ativismo em favor dos animais. A polícia informou que a principal suspeita é de suicídio, mas nas redes sociais, amigos de Julia e a própria mãe da jovem suspeitam da tese.
Uma pessoa que se diz vizinha da ativista disse no facebook que duvida que tenha sido suicídio, porque ela estava com outras pessoas na hora do ocorrido. “Se fosse isso essas pessoas não iam evitar isso? A polícia levou dois caras e uma moça para a delegacia. Não acredito que ela se matou!” Além disso, afirmam que ela e outros ativistas vinham sendo ameaçados. No caso de Julia, ela teria mudado de conta no Facebook, para evitar a perseguição. Muitos dizem ainda que nem a mãe da ativista pode ter acesso ao local do crime.
O delegado Marcelo Sampaio Pontes, responsável pelas investigações, mas disse que não iria falar em linhas de investigação neste momento. Segundo ele, o namorado e a amiga que estavam com Julia na casa já foram ouvidos e outras testemunhas devem ser convocadas a depor sobre o caso.
Suicídio
Segundo o boletim de ocorrência, Julia, o namorado e uma amiga passaram a noite de sábado (9) em uma festa em Cotia, da qual retornaram na manhã de domingo (10). Já em São Roque, teriam feito “uso de bebidas alcóolicas e drogas”. Ainda de acordo com a polícia, as testemunhas foram dormir em seguida e Julia teria ficado acordada.
Horas mais tarde, por volta das 16h, o namorado da ativista recebeu uma mensagem pelo celular, na qual Julia dizia que faria uma besteira. O rapaz então seguiu para a casa, onde estava a ativista e uma amiga. Ambos foram ao quarto de Julia, onde estava o corpo dela. O boletim de ocorrência aponta que a ativista “estava enforcada com uma gravata presa à janela”.
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