20/12/2014

Brasileiro é preso acusado de integrar Estado Islâmico

Um brasileiro de 18 anos convertido ao islamismo foi preso pela Interpol, acusado de integrar a facção radical Estado Islâmico, segundo informações publicadas neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo. O jovem, que é da cidade de Formosa, em Goiás, responderá processo na Justiça espanhola por terrorismo. A detenção foi na segunda-feira, mas a polícia espanhola revelou apenas ontem.

De acordo com o jornal, o brasileiro foi detido quando viajava da Catalunha, na Espanha, onde residia, àSíria, para lutar com o grupo extremista no país. Ele foi preso quando tentava cruzar a fronteira daBulgária com a Turquia. Dois marroquinos que viajavam com ele também foram presos. Os três foram os únicos capturados de um grupo de 20 pessoas que deixou a Catalunha este ano para unir-se ao Estado Islâmico.
De acordo com o jornal, os investigadores ficaram surpresos com a presença do brasileiro, já que ele é mais novo que a idade média do grupo – de 26 anos – e é o único dos 20 que não vem de um país com forte influência do islamismo. Segundo as investigações, o jovem se converteu ao islamismo na Catalunha. Depois, se radicalizou e começou a buscar informações sobre como integrar as fileiras do EI, diz o jornal.
Sua identidade não foi divulgada nem pela polícia nem pelo Consulado do Brasil em Barcelona, sob a alegação de que o caso ainda está sob segredo de Justiça. Funcionários da Agência de Segurança Nacional da Bulgária, no entanto, identificaram o jovem à reportagem pelas iniciais K.L.R.G.
brasileiro e os dois marroquinos estão presos na sede da agência búlgara, e na segunda-­feira (22) ogoverno espanhol pedirá a extradição dos três à Espanha, segundo informou ontem o Ministério de Interior do país.
Eles serão mantidos em prisão preventiva em Madri enquanto aguardam julgamento.
O caso lembra o de Brian de Mulder, filho de uma brasileira que se converteu ao islã na Bélgica, aderiu ao EI e passou a ser chamado de Abu Qassem Brazili. Sem paradeiro conhecido, Brian está sendo julgado por um tribunal belga por vínculo com rede terrorista.

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