O prefeito Paulo Garcia (PT) encerra 2014 de maneira nada agradável. As chuvas deste final de ano fizeram com que o tormento dos buracos nas ruas voltasse, a oposição ganhou a disputa pela presidência da Câmara Municipal, a prefeitura segue endividada e agora quer empréstimo de R$ 500 milhões, os vereadores da base se cansaram dos desgastes e estão abandonando Paulo, o reajuste no IPTU proposto pelo Paço não será votado e arejeição junto à sociedade goianiense aumentou.
É o que mostra Pesquisa Grupom publicada pelo Diário de Goiás. A avaliação negativa de Paulo Garciaatinge agora 85,2%. A pesquisa leva em consideração o sentimento do goianiense em relação ao governo do petista: decepção é de 53,1%, rejeição 21,6% e desconfiança 10,5%. A avaliação positiva se restringe a apenas 14,8%.
Os números de reprovação só cresceram nos intervalos pesquisados pelo Instituto Grupom. A rejeição ao prefeito era de 34,2% em setembro de 2012, aumentou para 64,9% em janeiro deste ano, cresceu até 76,9% em junho e agora em dezembro saltou para 85,2%.
Nesses dois anos de administração, Paulo Garcia não conseguiu tirar do papel o discurso de “cidade sustentável” que sustentou sua campanha vitoriosa em 2012. Ao contrário. Goiânia virou notícia em todo País e apareceu até no Jornal Nacional devido à sujeira por toda a cidade, resultado de problemas na coleta do lixo. Em alguns bairros, os caminhões coletores ficaram até 20 dias sem coletar os resíduos.
Paralelo a esta crise, a prefeitura sempre sofreu com a crise financeira. Dívidas com fornecedores paralisaram serviços básicos e a dificuldade em cumprir compromissos com servidores tiveram como consequência greves, como a dos professores municipais. A gestão de Paulo Garcia chegou a ter este ano um rombo de R$ 380 milhões e déficit mensal de R$ 40 milhões – este cenário de terra arrasada foi revelado pelo ex-secretário de Finanças Cairo Peixoto.
A solução para sair desta crise foi simples: aumentar impostos e assim bombar a arrecadação. Paulo Garcia apostou tudo no aumento do IPTU/ITU. No entanto, a sociedade, os vereadores de oposição e entidades classistas não aceitaram reajuste que em alguns casos seria até de 1.000% e até hoje a novela do IPTU se arrasta.
O prefeito ainda pode iniciar 2015 sem apoio do PMDB, seu principal aliado. O partido de Iris Rezende ensaia um rompimento com o PT já pensando na eleição de 2016.
Metodologia
A pesquisa Grupo realizou 600 entrevistas neste mês e a margem de erro é 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos. (Com informações do Goiás247)
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