O maior legado da passagem de José Sarney (MDB) pela Presidência (1985 a 1990) foi guiar o país durante a saída da ditadura militar, um dos momentos mais críticos da história brasileira. Alçado ao cargo máximo da República após a morte de Tancredo Neves, o nome que havia sido ungido pelo Colégio Eleitoral, Sarney enfrentou desde o início a resistência de setores das Forças Armadas que não queriam a passagem de bastão do poder para os civis, mas conseguiu conduzir o governo no fio da navalha, em um movimento decisivo para pacificar a nação.
Hoje, aos 95 anos, vive em seu estado natal, o Maranhão, mas continua influente nos bastidores de Brasília e acompanha com interesse a movimentação política.
Para ele, a agitação promovida em 8 de janeiro de 2023 não foi uma tentativa de golpe e, embora alerte que a democracia sempre inspira cuidados, não acredita que haverá outros distúrbios do tipo. O ex-presidente diz ainda que o Brasil precisa de uma ampla reforma política, critica o sistema partidário e as emendas parlamentares e defende que o MDB, partido do qual é presidente de honra, caminhe com Lula em 2026.
Fonte: VEJA
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