O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou novo depoimento à Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13), em Brasília. Ele é alvo de uma investigação que apura uma suposta tentativa de obtenção de passaporte português com o objetivo de deixar o Brasil. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Mais cedo, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão e chegaram a prender Cid em sua casa, no Setor Militar Urbano, em Brasília. A prisão, no entanto, foi revogada pelo STF minutos depois, antes de ser efetivamente cumprida.
O ex-ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13), no Recife, capital de Pernambuco. A prisão ocorre sob a suspeita de que Machado teria tentado articular a emissão de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com o objetivo de viabilizar uma possível fuga do país. A operação da PF foi motivada por um pedido do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, ao Supremo Tribunal Federal (STF), para a abertura de um inquérito contra o ex-ministro. As acusações incluem obstrução de Justiça e organização criminosa.
De acordo com a defesa de Mauro Cid, ele e sua família já possuem cidadania e carteira de identidade portuguesas, mas não têm passaporte. A advogada Vânia Bittencourt afirmou que Cid está à disposição da Justiça e não pretende sair do país sem autorização.
Mensagens encontradas no celular de Cid indicam que ele já havia buscado a cidadania portuguesa em janeiro de 2023. A PGR considera que os fatos podem configurar tentativa de obstrução de justiça.
Além da atuação junto ao consulado, a PGR também investiga Gilson Machado por ter promovido, em suas redes sociais, uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro supostamente destinadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao STF a abertura de inquérito contra Machado por possível favorecimento pessoal e obstrução de investigação criminal.
Mauro Cid, Jair Bolsonaro e outras 29 pessoas são réus em ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
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