O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), negou ter procurado ministros do Supremo Tribunal Federal para solicitar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse autorizado a viajar aos Estados Unidos.
A declaração foi dada após publicação da Folha de S.Paulo afirmar que o governador teria feito um apelo “surpreendente” a ministros do Supremo, propondo que autorizassem Bolsonaro a viajar aos EUA. O objetivo seria convencer Donald Trump a recuar da taxação anunciada na quarta-feira, 9.
“Não houve isso”, afirmou o governador à CNN Brasil. Segundo Tarcísio, não houve qualquer contato com magistrados da Corte sobre o tema nem pedido relacionado à liberação do passaporte de Bolsonaro.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de inquérito para apurar a conduta de Tarcísio.
No documento, o parlamentar o acusa de tentar “facilitar a fuga” de Bolsonaro e aponta possíveis crimes de favorecimento pessoal, tráfico de influência, corrupção passiva e improbidade administrativa.
Na petição, Boulos chama Tarcísio de “office-boy do ex-presidente” pela alegada tentativa de favorecimento à fuga de Bolsonaro.
“É inacreditável a cara de pau do governador Tarcísio. Ele quer ajudar Bolsonaro a fugir e, para isso, se presta ao papel de office-boy do ex-presidente. Isso para não falar do absurdo que é tentar colocar Bolsonaro, o responsável pelo tarifaço que irá prejudicar milhões de brasileiros, como alguém capaz de impedir a medida; é o bandido se fazendo de mocinho”, diz trecho.
Tarcísio de Freitas, na verdade, se colocou como negociador no caso da taxação anunciada por Trump. O governador escreveu em suas redes sociais:
“Acabo de me reunir com Gabriel Escobar, Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, em Brasília. Conversamos sobre as consequências da tarifa para a indústria e agro brasileiro e também o reflexo disso para as empresas americanas. Vamos abrir diálogo com as empresas paulistas, lastreado em dados e argumentos consolidados, para buscar soluções efetivas. É preciso negociar. Narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa.”
Com informações de O Antagonista
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