Desde as 5h desta terça-feira (15/10) o Ministério Público de Goiás (MPGO) realiza operação com objetivo de desarticular uma organização criminosa cujos suspeitos de envolvimento são prefeitos, secretários de saúde, empresários e advogados que atuam há mais de um ano em vendas fraudadas, viciadas e direcionadas, além de superfaturadas de medicamentos em vários municípios goianos.
A Operação Tarja Preta, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) na manhã desta terça-feira (15/10) com vista a desarticular organização criminosa cujos suspeitos de envolvimento são prefeitos, secretários de Saúde, empresários e advogados cumpre mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Goianira, Trindade, Aragarças, Barra do Garças (MT), Pontal do Araguaia (MT), Inaciolândia, Carmo do Rio Verde, Rubiataba, Ceres, Rialma, Rianápolis, Uruana, Corumbaíba, Cromínia, Israelândia, Matrinchã, Indiara, Perolândia, Aloândia, Luziânia, Araguapaz, Mozarlândia, Piranhas e Pires do Rio.
As apurações do órgão apontaram que os suspeitos atuam há mais de um ano realizando vendas fraudadas, viciadas e direcionadas, além de superfaturadas de medicamentos. O repasse de informações à imprensa tem sido evitado de forma a não atrapalhar no andamento da operação, que busca cumprir 123 mandados nessas cidades. Uma coletiva foi agendada para às 16h30 na sede do MPGO em Goiânia.
Sabe-se até o momento que em Araguapaz o prefeito Fausto Brito, do PSDB, foi visto saindo algemado de sua residência; e que em Goianira os promotores fizeram busca e apreensão na prefeitura e na Secretaria de Saúde que resultou na retirada de seis malotes de documentos e computadores. Há informações de que dois mandados tem por destino o prefeito Randel Miller de Assis Santos (PP) e o secretário de Saúde de Goianira, que não foram localizados na cidade.
Investigações
As apurações realizadas até o momento apontam, segundo nota do MPGO, indícios de prática de formação de quadrilha, formação de cartel, peculato, corrupção ativa e passiva, dispensa indevida e inexigibilidade de licitação. Fraude à licitação, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de dinheiro e ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realizá-Ias em desacordo com as normas financeiras pertinentes (delito do inciso “V” do Decreto-lei nº 201/1967).
A Operação Tarja Preta conta com a atuação de 70 promotores de justiça, 386 policiais militares das PMs de Goiás e Mato Grosso. A ação do MPGO é coordenada pela Procuradoria-Geral de Justiça, Procuradoria de Justiça Especializada na Promoção de Ação Penal contra Prefeito Municipal, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI).