Áulus Rincon
Durante dois anos o servente de pedreiro Gilvando Araújo Pimenta, 42 manteve relações sexuais com uma sobrinha que hoje tem 14 anos. Preso após ser denunciado pela mãe da garota, ele confirmou a violência sexual, mas tentou se defender alegando que foi seduzido pela garota.
A mãe da menor foi quem procurou a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPAI) de Aparecida de Goiânia, Delegada Marcela Orçai, para denunciar ter visto, nos seios da filha, marcas de mordida. Ao ser ouvida na delegacia, a menor falou pouco, mas inicialmente contou para a delegada que as marcas tinham sido feitas por Gilvando, que é casado com a irmã de sua mãe.
Amparada por uma psicóloga da DEPAI, a menor acabou relatando que era estuprada há dois anos, e disse que só não contou para ninguém anteriormente porque Gilvando ameaçava matar seus pais e furar os olhos da tia dela caso fosse denunciado. Durante as investigações, a delegada descobriu que os estupros aconteciam na casa do servente, na rua X-35 no Residencial Santa Luzia em Aparecida de Goiânia, local em que ele acabou preso por força de um mandado de Prisão Preventiva.
Como a esposa do acusado cuidava de crianças, a polícia não descarta a possibilidade de existirem outras vítimas. “Por enquanto a vítima é só essa garota, mas nós vamos continuar investigando para saber se outras crianças também foram molestadas pelo Gilvando, uma vez que várias crianças passavam o dia na casa”, relatou a delegada. Marcela Orçai disse que o exame feito no IML, além de comprovar o estupro, mostra que a vítima também contraiu HPV. Apesar de não possuir nenhuma passagem pela polícia, o servente vai responder preso por estupro de vulnerável, crime que tem pena prevista de oito a 15 anos de reclusão.