25/08/2024

Óleo de planta nordestina mostra resultados contra neuropatia diabética


 A neuropatia é uma condição progressiva que surge aproximadamente dez anos após o diagnóstico de diabetes. Ela provoca degeneração dos nervos, principalmente nas extremidades das mãos e dos pés. Devido a essa condição, a pessoa perde sensibilidade, apresentando formigamento e dormência. Com o tempo, isso resulta na atrofia da musculatura, perda de força e massa, desequilíbrios e um aumento na prevalência de quedas.

Além disso, deformações nos pés e a consequente sobrecarga mecânica podem ocorrer. Esse aumento de impacto pode resultar na formação de calos, e, devido à perda de sensibilidade, o andar pode levar à formação de úlceras e até mesmo à amputação. De acordo com informações da Universidade Estadual do Ceará (UECE), uma pesquisa com óleo essencial trouxe uma abordagem pioneira para tratar essa neuropatia associada ao diabetes.

Óleo Essencial: Um Novo Horizonte no Tratamento da Neuropatia Diabética

O diabetes tem tratamento baseado principalmente no controle glicêmico. No entanto, a neuropatia causada pela doença ainda carece de um tratamento eficaz. A grande inovação do óleo essencial está na oferta de um tratamento mais específico e especializado para esta condição. Os testes pré-clínicos em camundongos mostram resultados promissores, principalmente devido ao elevado teor de anetol (80%) no óleo, extraído da planta Croton zehntneri.

A neuropatia diabética é uma complicação que surge quando os nervos são danificados devido a altos níveis de glicose no sangue. É um problema comum entre pessoas com diabetes, afetando até 50% dos diabéticos. Esta condição pode causar uma variedade de sintomas, como:

  • Formigamento e dormência nas extremidades dos membros.
  • Perda de sensibilidade, especialmente nos pés.
  • Atrofia muscular e perda de força.
  • Desequilíbrios e aumento do risco de quedas.
  • Deformações nos pés, levando a calos e úlceras.

Como o Óleo Essencial Atua no Tratamento da Neuropatia Diabética?

A pesquisa realizada pela UECE mostra que o óleo essencial de Croton zehntneri, devido ao seu alto teor de anetol, pode auxiliar no tratamento das alterações neurais sem afetar a glicemia dos pacientes diabéticos. O anetol é um composto vegetal muito eficaz na redução dos sintomas da neuropatia. A proposta do estudo sempre foi descobrir substâncias de baixo custo e pequena toxicidade, que fossem eficazes no tratamento da neuropatia diabética.

Andrelina Souza, uma das autoras da pesquisa, compartilhou sua satisfação com a descoberta: “Essa descoberta, para nós, é mais do que gratificante, uma vez que já estamos trabalhando com isso há muito tempo. Conseguimos mostrar, através de estudos científicos, que a Croton zehntneri é uma planta rica em óleos essenciais, com grande rendimento, fácil extração e baixo custo. Isso torna o medicamento mais acessível à sociedade.”

Importância da Descoberta para a Sociedade

A descoberta desse óleo essencial para o tratamento da neuropatia diabética representa um avanço significativo para a medicina e para a sociedade. As principais vantagens desse tratamento incluem:

  1. Baixo custo: O óleo essencial é de fácil extração e produção, tornando o medicamento acessível.
  2. Eficácia comprovada: Estudos pré-clínicos revelaram a eficácia do anetol em aliviar os sintomas da neuropatia sem afetar os níveis de glicose.
  3. Sustentabilidade: A planta Croton zehntneri, nativa do Brasil, é uma fonte renovável e de baixo impacto ambiental.

Com essas vantagens, o tratamento com óleo essencial de Croton zehntneri tem o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes com neuropatia diabética.

Terra Brasil Notícias

24/08/2024

Rodrigo Pacheco diz que pedido de impeachment de Moraes parece lacração


 Não será nada fácil abrir um processo de impeachment contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), declarou na última sexta-feira, 23 de agosto, que não cederá à pressão para abrir um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um evento na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, Pacheco enfatizou a necessidade de “prudência” na análise desses pedidos, evitando o que ele chamou de “esculhambação” do país.

Durante seu discurso, Pacheco destacou que qualquer medida drástica de ruptura entre poderes nesse momento pode afetar a economia do Brasil. Ele criticou a pressão vinda das redes sociais, chamando-a de “lacração”. Segundo ele, muitos dos que pedem o impeachment hoje ficaram calados por oito meses depois da aprovação da PEC das decisões monocráticas no Senado.

Pacheco explicou que a motivação de muitos que solicitam o impeachment de Moraes não é resolver os problemas institucionais, mas sim gerar “lacração” nas redes sociais. Para ele, essas ações são pautadas no desequilíbrio e medidas de ruptura que podem prejudicar o país. “Vou ter muita prudência em relação a esse tipo de tema para não permitir que esse país vire uma esculhambação de quem quer acabar com ele,” afirmou.

23/08/2024

Brasil inaugura fábrica de medicamentos para diabetes e obesidade


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram nesta sexta-feira (23) da inauguração de fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia (SP), voltada para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.
 

Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação”. 

Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa.

21/08/2024

A peleja do Maluco Beleza contra o diabo. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!

 

Nossos ídolos não são mais os mesmos, todavia, Raul Seixas envelheceu bem ou nada, se o sinônimo for anacronismo

Raul Seixas morreu em 21 de agosto de 35 anos atrás, mas continua descrevendo o Brasil como se tivesse feito um show ontem à noite no Maracanãzinho. Em Gita, uma das parcerias com o escritor Paulo Coelho, define-se como “a vela que acende, a luz que se apaga, a beira do abismo, o tudo e o nada”. Com 4 décadas de antecedência, estava pronto o epitáfio do setor elétrico em quase todos os Estados, confiantes na energia poluente, cara e em declínio no mundo inteiro.

 

 

O adeus do Maluco Beleza se deu antes do surgimento das redes sociais e na débâcle do chamado “milagre brasileiro” na economia. Seguindo os passos do 1º grande sucesso, Ouro de tolo”, em 1973 explodiu outro clássico, “Metamorfose ambulante. Guiaria os adesistas da política e a seara das mídias digitais deste 2024 com:

“Eu quero dizer

Agora o oposto do que eu disse antes

Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

 

 

Aí, tem de Rita Lee, que morreu em 2023 e falou algo semelhante em 1991, ao poeta norte-americano do século 19 James Russell Lowell, uma das duplas preferidas das plataformas com textos feitos por ela ou não.

Coelho mudaria do estilo insano para a literatura fast food, trajetória inversa à de Seixas, que começou brega e atingiu o ápice nessa doidura chamada rock’n roll. Foi descoberto por –veja só– Jerry Adriani, com quem tocou, para quem compôs letras açucaradas, como também para Odair José e Leno e Lilian. Os versos não são tão irreconhecíveis, pois alguns acabaram aproveitados até em “Gita”.

Óbvio que Raulzito investia seu tempo e genialidade em algo mais útil que breguice, política, economia e ser o Nostradamus de WhatsApp, Instagram et caterva. Não se sabe o que havia fumado numa segunda-feira carioca para resultar em “Super-Heróis”.

Numa esquina, viu o apresentador Silvio Santos com seu já emblemático sorriso. O cantor não ria, preocupado com a Seleção Brasileira, à época detentora da glória que ainda ostenta, a de melhor equipe de esporte do planeta em todos os tempos. Claro, não com o time de 1974, que perderia a Copa do Mundo, nem com o de 40 anos depois, que ficaria em 6º lugar na Copa América. Os milhões de fãs do homem do Baú da Felicidade, em prantos nesta semana de sua morte, concordariam com o nome da música, ao contrário da torcida apupando a seleção de Dorival Jr.

É em “Super-Heróis” que aparecem os epítetos Dom Raulzito e Dom Paulete (Coelho, o dos livros) dando vivas ao rei Faiçal, da Arábia Saudita, que seria assassinado no março seguinte. Faiçal e outros soberanos do petróleo haviam forjado a crise que duraria até o início dos 1980, por motivo diferente de agora: temia-se o fim das reservas de petróleo e, hoje, há delas para todo lado e a projeção é para substituir totalmente os combustíveis fósseis. Os carros elétricos são só um dos exemplos.

Ainda na incursão pelas vias da cidade maravilhosa, quando o implacável povo do Rio pensou que a roupa do rei de Riad fosse fantasia de carnaval, Dom Raulzito saiu “pela tangente disfarçando uma possível estupidez” ao cruzar com Henrique Costa Mecking, o Mequinho, que naqueles 1970 chegou a ser o 3º melhor enxadrista do mundo no xadrez. Assim como não se produzem mais compositores como os seus contemporâneos, igual ocorre com as celebridades.

Seixas pergunta na canção: Quem é que no Brasil não reconhece o grande trunfo do xadrez?”. Hoje, os colegas de Mequinho conseguem algumas vitórias, mas estão longe do pelotão de elite. Aclamados em público são influencers e quejandos, a quem se pedem selfies sem disfarçar a real estupidez. Melhor seria sair pela tangente.

Na letra, Mequinho morre atropelado por Emerson Fittipaldi. Cita ainda Marlon Brando que, 20 anos depois de sair de cena, é perseguido pelos revisores de biografia escorados no politicamente correto, ávidos em condená-lo por cenas do filme lembrado na canção de Raulzito, “O último tango em Paris”.

Do que versejou (no caso, com Dom Paulette e Marcelo Motta), talvez a candidata a lacrar atualmente seria “Tente outra vez”. Repetiria-se o efeito das demais, pois Raul entoaria uma coisa tentando dizer outra e o público de YouTube e Spotify entenderia o que quisesse, ou seja, nada (no caso, auto-ajuda, tipo a elaborada por Dom Paulete para recordes de tiragens do Afeganistão à França). Alçaria nos algoritmos o líder religioso modinha que entoasse:

“Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda tá na fonte (tente outra vez)
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não, não, não.”

 

 

Nossos ídolos não são mais os mesmos, todavia, Raul Seixas envelheceu bem ou nada, se o sinônimo for anacronismo. O hit que lhe deu o apelido mais célebre, “Maluco Beleza”, um primor de 1977, estará na ordem do dia atravessando gerações. Duas se passaram e permanece jovem:

“Esse caminho que eu mesmo escolhi/ É tão fácil seguir/ Por não ter onde ir”. Rimas pobres, significado mais rico que os poços do Rei Faiçal. Melhora qualquer astral recomeçar a vida ouvindo: “Enquanto você/ Se esforça pra ser/ Um sujeito normal/ E fazer tudo igual/ Eu do meu lado/ Aprendendo a ser louco/ Um maluco total/ Na loucura real”. 

 

 

É de se imaginar o que Raulzito gravaria pós-covid.

O imenso acervo de preciosidades conta com “Rock do Diabo”, erroneamente tachado de pai do estilo, contudo, por qualquer exame de DNA negaria. Em verdade, em verdade, vos digo: é filho de Raul Seixas.

“Me dê um porco vivo para eu encher minha pança
Três quilos de alcatra com muqueca de esperança.”

 

 

Quem abriria um show, um disco, uma canção, um stand-up com essas palavras? Seria chamado de satanista por causa do demônio do frontispício e, por isso, cancelado, a menos que aplicasse o humor, não o ensopado de peixe misturado à expectativa de dias melhores. Raulzito agiu na contramão atrapalhando o tráfego de obviedades e seguiu enfileirando estrofes impecáveis:

“Enquanto Freud explica as coisas
O diabo fica dando toque

Existem dois diabos

Só que um parou na pista
Um deles é do toque

O outro é aquele do exorcista.”

Sua verve faz muita falta e tudo se transforma em ótima desculpa para escutá-lo. Ouça “Panela do diabo”, o disco com Marcelo Nova cujo lançamento coincidiu com sua morte, não atropelado por Fittipaldi, mas pela pancreatite conseguida pelos vícios a 120 por hora. Tem criações como “Pastor João e a igreja invisível”:

“Eu não sei se é o céu ou o inferno
Qual dos dois você vai ter que encarar.”

 

 

Raulzito foi diretinho para o Paraíso dos Imortais. Na peleja particular, seus demônios foram exorcizados nos palcos, onde transformou água em vinho, chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel. Para ele, “não existe impossível”.

Então, “let me sing, let me sing”.

20/08/2024

Inmet alerta sobre riscos da baixa umidade na região central do país


 O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou alertas sobre os riscos causados pela baixa umidade em diversas partes do país, com maior intensidade no Centro-Oeste e parte do Sudeste, onde a umidade relativa do ar poderá ficar abaixo de 12%.

A situação mais preocupante, com alerta de “grande perigo”, abrange a região central do país, incluindo o oeste de Minas Gerais e o noroeste de São Paulo.

De acordo com o aviso do Inmet, com umidade entre 12% e 20% há risco potencial de incêndios florestais e de problemas de saúde, em especial doenças pulmonares, dores de cabeça, ressecamento da pele e desconforto nos olhos, boca e nariz.

As áreas mais afetadas são Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, bem como áreas do Sudeste como São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Araçatuba, em São Paulo; Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, em Minas Gerais.

Nessas localidades, a indicação é de que as pessoas bebam bastante líquido – mas que se evite bebidas diuréticas como café e álcool – e que evitem atividades físicas e exposição ao sol nas horas mais quentes e secas do dia. É também recomendado o uso de hidratante para a pele e que se umidifique o ambiente.

O Inmet divulgou também um alerta de perigo potencial em uma área mais ampla, onde a umidade relativa do ar deverá variar entre 20% e 30%, pegando não apenas Centro Oeste e Sudeste, como o Sul do país e a parte oeste do Nordeste, incluindo o oeste do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia, e boa parte do Maranhão, Piauí e Ceará.

Fonte: Agência Brasil

16/08/2024

Maioria do STF confirma suspensão da execução de emendas ao Orçamento


 A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta sexta-feira (16) por confirmar a suspensão, por tempo indeterminado, da execução de emendas parlamentares ao Orçamento da União.

Até o momento votaram o relator, Flávio Dino, que foi acompanhado por André Mendonça, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Os demais ministros têm até as 23h59 desta sexta (16) para votar na sessão virtual extraordinária convocada somente sobre o tema.

Com isso, ficam confirmadas três liminares (decisões provisórias) de Dino, que suspendem a execução de diferentes tipos de emendas feitas por parlamentares ao Orçamento, incluindo as impositivas individuais e de bancada dos estados, cuja execução seria obrigatória.

Também foram suspensas as emendas individuais de transferência especial, as chamadas “emendas Pix”, que permitem a transferência direta a estados e municípios, por indicação individual de parlamentar, mas sem que seja necessário vincular a verba a projeto, programa ou convênio específicos.

Pelas decisões de Dino, a suspensão dos repasses deve vigorar até que o Congresso implemente regras que garantam a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares. O ministro destacou que o plenário do Supremo já definiu restrições às emendas no julgamento de 2023, em que proibiu o chamado “orçamento secreto”.

Dino atendeu a pedidos que haviam sido feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Psol e pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Em comum, todos alegaram que a dinâmica atual da execução de emendas parlamentares não atende a requisitos constitucionais mínimos de transparência, rastreabilidade e eficiência.

No voto em que mantém as liminares, Dino disse que deve levar adiante esforços por uma solução consensual para o tem. Ele escreveu que “a busca por conciliação deve prosseguir”.

Mais cedo, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, negou um pedido feito pelo Congresso para derrubar por conta própria as liminares de Dino, alegando que a interferência da presidência da Corte só se justificaria em circunstância “excepcionalíssima”, o que não seria o caso.

Na decisão, Barroso destacou que o assunto está em votação no plenário virtual, outro motivo pelo qual ele não poderia interferir. A sessão foi antecipada pelo presidente do Supremo para esta sexta após pedido de Dino. Antes, o julgamento havia sido marcado para 30 de agosto.

Contrárias à suspensão na execução das emendas parlamentares ao Orçamento, as mesas diretoras do Senado e da Câmara alegaram ao Supremo que a medida é uma “interferência drástica e indevida nas decisões políticas dos poderes Executivo e Legislativo”, violando o princípio constitucional da separação de Poderes.

Outro argumento do Legislativo federal é o de que a determinação de Dino “suspende a execução de políticas, serviços e obras públicas essenciais para a vida cotidiana de milhões de brasileiros”.

Fonte: Agência Brasil

15/08/2024

Caiado comemora. Goiás é 1º lugar no IDEB.


 Em coletiva à imprensa para anúncio dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb 2023, nesta quarta-feira (14/08), o governador Ronaldo Caiado destacou as ações para reestruturação da Rede Estadual de Educação que levaram Goiás ao primeiro lugar nacional.

O estado atingiu a maior nota do país, com média 4,8, e também ficou entre as únicas três unidades da federação que atingiram a meta do Ideb, juntamente com Pernambuco e Piauí.

“Com engajamento em modo contínuo, a rede estadual de educação trabalhou o tempo todo, com pique de chegar ao pódio e ganhamos a medalha de ouro: Goiás tem a melhor educação do Brasil”, ressaltou o governador, que estava acompanhado da primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado.

Caiado afirmou ainda que nunca duvidou da capacidade dos profissionais da Rede Estadual e, por isso, não poupou esforços em apoiar as ações necessárias para que continuasse ofertando o melhor ensino público.

“É uma luta salutar, uma disputa que contribui, cada vez mais, para que o beneficiário seja o cidadão, o nosso aluno”, disse Caiado.

Goiás atingiu a maior nota do país, com média 4,8 (Foto: Rômullo Carvalho e Walter Folador)

Ideb 2023

O Ideb 2023 foi elaborado a partir do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicado durante o mês de outubro do ano passado. O resultado divulgado nesta quarta-feira (14/08) pelo Ministério da Educação também coloca Goiás em primeiro lugar no anos finais do ensino fundamental, com a média 5,5, ao lado do Ceará e do Paraná. Já a nota no ensino fundamental, anos iniciais, é 6,3.

A secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, destacou que esse trabalho é contínuo, e que o Goiás tem os melhores profissionais de Educação do Brasil.

“Isso é fruto de um trabalho muito forte, de muito investimento por parte do governo estadual e, principalmente, de uma dedicação tremenda dos professores, da equipe administrativa, de gestão escolar, das regionais e dessa Secretaria de Educação que trabalha tanto para poder enxergar esses resultados”, disse a secretária.

Programas

Para garantir a melhoria da aprendizagem dos alunos goianos em todas as modalidades e etapas da educação básica, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO), desenvolve diversos programas, como o Revisa Goiás, Goiás Bem no Enem (GoBem), Ser Goiás e GoiásTec, que universalizou o acesso ao ensino médio, levando aulas de qualidade para as localidades mais distantes e remotas do estado.

Bolsa Estudo, voltado para os estudantes do ensino médio e 9° ano do ensino fundamental, também tem assegurado a frequência e as boas notas dos adolescentes e jovens das escolas estaduais.

Já o AlfaMais Goiás, implantado pelo governo estadual em regime de colaboração com os municípios, garante a alfabetização das crianças na idade certa, além de melhorias já evidentes nos anos iniciais do ensino fundamental.

Metas por estado

As metas do resultado do Ideb foram criadas em 2015 e definidas individualmente de acordo com as condições de cada estado. Além de ter o melhor resultado nacional, com nota de 4.8 no Ideb, Goiás ultrapassou a meta estipulada, que era de 4.7.

A nota do estado de Pernambuco é a mesma do estipulado pela meta, de 4.5. Já o Piauí também ficou acima da meta, que era de 4.1, e atingiu 4.3 no Ideb.

Além de ter o melhor resultado nacional, com nota de 4.8 no Ideb, Goiás ultrapassou a meta estipulada, que era de 4.7 (Foto: Rômullo Carvalho e Walter Folador)

Investimentos na Educação

Desde 2019, o Governo de Goiás transformou a Educação em prioridade, promovendo uma série de melhorias: construção e reformas das unidades escolares; aquisição de equipamentos e amplo acesso à tecnologia; programas de incentivo para manter o estudante na escola; reajuste de 300% nos recursos da alimentação escolar; segurança e a valorização dos profissionais, com formação continuada, reajuste salarial e pagamento de bônus.

Nos últimos cinco anos e meio, foram investidos mais de R$ 7,4 bilhões na Educação pública goiana.

Somente em obras de infraestrutura, mais de R$ 1,5 bilhão foi aplicado na construção de 30 novos prédios, reformas de todas as instituições de ensino, além da implantação de sistema fotovoltaico e poços artesianos, gerando economia para o Estado.

O Governo de Goiás também investiu em tecnologia com a distribuição de chips e tablets, lousa digital e a entrega de Chromebooks para os estudantes do 9° ano do ensino fundamental e 3° série do ensino médio.

14/08/2024

O incomodante sucesso de Janja. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!


 

As primeiras-damas deste século têm atributos que não seriam cobrados dos cavalheiros caso elas exercessem a Presidência do país

Sábado (10.ago.2024), véspera do encerramento dos Jogos Olímpicos em Paris, foi anunciada a medalha de ouro de Janja. Não deu nem tempo de lembrar que a mulher de Lula havia voltado ao Brasil na 2ª feira (29.jul.2024) da semana anterior. Mas, antes de a memória, ou a falta dela, criar qualquer fantasia a ser alimentada pelo partidarismo, veio o complemento da narrativa ao qual não se devotou atenção inicialmente.

Tratava-se da escaladora eslovena Janja Garnbret, 25 anos, que se sagrava bicampeã na acepção original do termo, pois vencera também em Tóquio, sede anterior das competições.

Apesar do sucesso da xará europeia, a Janja brasileira também viu o prestígio subir bem antes de chegar à França. Ali, viu-se em nova missão, a de representar o marido, não o Executivo chefiado por ele, e a fatia dos brasileiros que se sentem por ela dignificados. São milhões e alguns eventualmente não gostam de Lula. Não o é, porém teve agenda de chefe de Estado e nada ocorreu que enxovalhasse a imagem do Brasil, tantas vezes arruinada por personagens não questionados.

A rigor, o que pesa contra Janja?

  • Ah, não foi eleita” ou “Nem passou em concurso” –ministros, de tribunais ou auxiliares do presidente da República, também não.
  • É macumbeira” –participa do Círio em Belém e de culto evangélico para todo lado, todavia basta não demonizar as crenças de matriz africana para levar mais pancada que tambor das cerimônias.
  • Foi isso e aquilo no passado” –foi, sim: isso, professora de universidade pública e de analfabetos em periferias; aquilo: responsável por garantir sustentabilidade em usinas hidrelétricas.
  • “É uma deslumbrada” –aí, já não é conversa de polarização Lula/Bolsonaro, mas de machismo. Não se ouve adjetivo assim referente a homem.
  • “Foi amante de Lula” –o atual presidente era viúvo no início do namoro.
  • “Oportunista” –quando se enturmaram, Lula era apenas um idoso encrencado na Justiça, com alta possibilidade de continuar preso pelas décadas seguintes, sem dinheiro para os bilionários ressarcimentos.

Os autores desses absurdos contra Janja se igualam, na ferocidade como no vocabulário e na injustiça, aos que atingem a honra de Michelle Bolsonaro. Com a ressalva da denominação religiosa, uma apanha porque não discrimina, a outra sofre por ser fiel aos templos evangélicos.

Enfim, nem o Cristo que ambas veneram, cada qual a seu modo, consegue agradar a todos, quanto mais as companheiras de políticos.

Se inveja matasse, superaria o trânsito, a violência de rua e as doenças do coração. Se todo olho gordo começasse a lacrimejar ao mesmo tempo, verteria mais água que a transposição do rio São Francisco. E o Brasil é pródigo nas duas categorias de secar pimenteira. Para circunscrever às mais recentes, a verdade é que as primeiras-damas deste século dispõem de atributos que dificilmente seriam cobrados de cavalheiros cujas mulheres exercessem a Presidência do país (no cargo, Dilma Rousseff já estava divorciada).

Há ainda uma gente que odeia a felicidade dos outros e essa parcela deve ter ido ao delírio nas vezes em que Jair Bolsonaro demonstrava alheamento à rotina do poder. Essa parcela, sem ideologia nem partido, deve morder a própria testa de tanto rancor quando Lula se vangloria de suas performances. É a turminha que enfiou o dedo no nariz e rasgou quando o Tribunal de Contas da União decidiu o óbvio, que mimo é de quem ganha, dando razão ao atual presidente e seu antecessor.

Essa galera, que o filólogo Antônio Houaiss definiu em seu dicionário como a que tem “desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem”, viveu o ápice de sua triste existência durante o reinado de Moro/Dallagnol em Curitiba. É líder em algo? Busca e apreensão, algema, cadeia e condenação. É empresa bem-sucedida, com alcance planetário? Cata dono e diretores, joga tudo no camburão, cancela os contratos e já cuida da falência.

Rosângela, a Janja, toda plena, de mãos dadas com Brigitte e Emmanuel Macron nos jardins da sede presidencial francesa… Essa imagem deve ter provocado a ira do pessoal que se dilacera com “desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem”, na descrição de Aurélio Buarque de Holanda, colega de ofício de Houaiss e tio de você sabe quem.

O desfile dela naquele tapete vermelho, a reverência dos dirigentes das potências, a queda de queixo de empresários e banqueiros internacionais, a prefeita de Paris atenta à sua defesa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o protagonismo no Palácio do Eliseu pouco antes da abertura das Olimpíadas e a ligação de Macron a Lula agradecendo pela representante. Isso incomoda até dizer chega. Os invejosos roeram quilômetros de unhas.

 

 

Como a moça brilhou em Paris, o jeito é ofuscá-la com denúncias. Coisas gravíssimas: viajou na classe executiva e seus assessores, na econômica. 8 agentes da Polícia Federal. Precisava mesmo de 8 só para a segurança da representante do presidente da República mais 2 ministros de Estado? O que faziam ali 2 ministros? O que o ministro dos Esportes tinha a tratar numa Olimpíada? E o do Turismo na cidade que sozinha anfitriona mais que o dobro de visitantes do Brasil inteiro? Essas análises são feitas pelos zumbis que atazanam os integrantes do Supremo Tribunal Federal por andarem com segurança.

Outro escândalo: Janja não recebeu diárias, porém à sua comitiva foram pagas refeições e deslocamentos. Onde já se viu assessor ter direito a comer? Almoçou ontem, pra que jantar hoje?

O interessante na soberba desse naco da imprensa é que se arvora de porta-voz da sociedade. Ocorre o contrário. A população, sobretudo a parte humilde, adora as primeiras-damas, das municipais à nacional.

Ruth Cardoso fez do governo de Fernando Henrique um oásis da Educação. Marisa Letícia foi o retrato do equilíbrio. Marcela Temer liderou o programa Criança Feliz. Michelle Bolsonaro divulgou a inclusão na prática, pessoalmente, e comandou o Pátria Voluntária. Janja faz o contraponto às pautas alheias à sua militância partidária superior a 4 décadas, para desconforto de quem jurava que ela tivesse virado petista diante do cárcere de Lula.

Dizem que presidir uma nação não é talento ou sorte, mas destino. E o destino dos invejosos, como se sabe, é habitar a caixa de pandora, é vaiar o pôr do sol, é torcer para Janja Garnbret despencar do último bloco de pedra e sua xará quebrar o salto do sapato enquanto desfila aos olhos do mundo nos tapetes vermelhos parisienses.