O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), disse nesta sexta-feira (31) que está mantida a convocação da advogada Beatriz Catta Preta, ex-defensora de vários delatores da Operação Lava Jato, inclusive do empresário Júlio Camargo, que acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de envolvimento em recebimento de propina, acusação negada por Cunha.
Motta lançou suspeitas sobre a origem dos honorários recebidos pela advogada. Catta Preta disse estar se sentindo “ameaçada” pela CPI, em entrevista na quinta-feira (30) à TV Globo. Segundo o presidente da CPI, a advogada está usando uma estratégia de “vitimização” para não esclarecer as dúvidas da comissão.
“Ela tem que esclarecer quem está ameaçando a sua família. Tem que ir à Polícia Federal, à polícia do seu estado. A CPI quer saber quem a está ameaçando. A CPI não ameaça ninguém. Isso leva a questionamentos de que ela usa a vitimização para não explicar a origem dos seus honorários. Essa vitimização não vai intimidar a CPI. A CPI será um grande palco para que ela tenha oportunidade de dizer quem a está ameaçando”, disse Hugo Motta.
A data para eventual comparecimento da advogada, porém, não foi definida. Decisão do Supremo Tribunal Federal, a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a desobriga de falar sobre honorários. “Mas ela pode esclarecer outros fatos, inclusive sobre a suposta ameaça”, disse Motta.
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