O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, foi categórico e negou qualquer tipo de favorecimento a empresas na agência, após a Operação Compadrio,deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, que apreendeu documentos na agência e prendeu o diretor da Agetop, José Marcos de Freitas Musse.
Ele afirma que não tem detalhes da apuração, pois não está em Goiânia, mas está tranquilo e seguro em relação aos atos da agência. Ele ainda ressalta que todos os atos da agência são transparentes. “Estou absolutamente tranquilo a todos os atos de toda a diretoria da Agetop. Todos os processos e procedimentos sempre tiveram à disposição da Justiça e dos órgãos de controles. Não tenho dúvida da lisura destes procedimentos”, disse em entrevista à rádio CBN.
O caso
O diretor de obras da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), José Marcos de Freitas Musse, foi preso nesta manhã, em Goiânia, em decorrência da Operação Compadrio, deflagrada pelo Ministério Público. O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Araçu Tiãozinho Costa também está entre os presos na operação.
Em entrevista ao Jornal Opção Online, o advogado Ovídio Martins contou que ainda não teve acesso aos autos do processo, mas que Musse é investigado por ao menos três procedimentos suspeitos. Entre eles, um empréstimo de R$ 15 mil que o diretor fez ao ex-deputado Tiãozinho Costa e que depois retornou para própria conta.
O diretor da Agetop é suspeito, ainda, de ter subcontratado uma empresa, a qual seria sócio oculto, para prestar serviços gerais para o governo de Goiás. De acordo com Ovídio, o MPGO tenta criar uma relação entre a movimentação bancária e a subcontratação. “Alguém que pertence à direção de uma agência que comanda milhões de reais é suspeito por uma movimentação de R$ 15 mil. Fazer essa ligação já é ficção”, defendeu.
Ovídio também contestou a legitimidade da gravação que comprovaria a subcontratação da empresa, alegando que os diálogos foram interpretados erroneamente. Sobre o empréstimo feito a Tiãozinho, o advogado afirmou que o dinheiro teria circulado de uma conta a outra por se tratar de um empréstimo pessoal.
Por fim, o advogado de defesa contou que Musse também é investigado por depósitos identificados em sua conta corrente, que, segundo ele, são referentes à venda de parte de uma empresa de vigilância pelo diretor. “Temos um contrato e tudo foi declarado à Receita Federal”, justificou.
A investigação foi iniciada em 2013 e apura prática de crimes contra a Administração Pública, realizada por uma organização criminosa instalada em órgãos públicos do Estado de Goiás. Este grupo supostamente valeu-se de funcionários fantasmas e de empresas laranjas para instrumentalizar desvios de dinheiro público. Investiga-se, ainda, práticas criminosas consistentes no favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito, todos eles contando com a colaboração e participação de funcionários públicos. Marcos Musse é responsável pelo planejamento, controle e realização de obras de pavimentação urbana, rodoviária, ferroviária, aeroportuária e aquaviária, além da fiscalização e supervisão das mesmas. (Com informações do Goiás247 e Jornal Opção)
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