Secretária afirma, no Twitter, que ação do senador contra repactuação de dívida da estatal vai contra interesse dos goianos e compromete desenvolvimento econômico do Estado
A secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, voltou a desmascarar o senador Ronaldo Caiado (DEM) no debate sobre o processo de recuperação econômico-finaneiro da Celg Distribuição. “O processo de recuperação Celg é assunto sério, diz respeito ao desenvolvimento de Goiás e não a interesses políticos”, afirmou Ana Carla, depois que Caiado voltou a tentar politizar o assunto em postagens no Twitter nesta terça-feira (6/10).
Nos comentários, Caiado cita suposta reunião que teria tido como tema a privatização da Celg D, mas é categoricamente desmentido pela secretária da Fazenda. “Essa reunião a que se refere nunca aconteceu, é importante que se registre”, afirmou Ana Carla. A titular da Sefaz, que participa das tratativas de repactuação da dívida da Celg D junto ao governo federal, ressaltou: “A população goiana ganha com a repactuação da dívida da Celg. Por que o senhor é contra?”.
Ana Carla disse ainda que o senador atua contra os interesses do Estado, com o intuito de inviabilizar a repactuação das dívidas e a recuperação econômico-financeira da Celg D. “Como representante de Goiás, o senhor deveria estar lutando pelo que é melhor para o Estado”, afirmou. A titular da Sefaz lembrou ainda que “as discussões sobre a Celg devem ser técnicas e não norteadas por um debate politizado e baseado em falsas informações”.
Na semana passada, Ana Carla também já havia exposto as contradições de Caiado durante audiência pública do realizada no Senado para discutir a desdolarização da dívida da Celg D com Itaipu Binacional – Caiado é contra e quer que a dívida continue em dólares e não seja convertida para reais, o que levaria a companhia à falência. Com a participação dela e o respaldo da senadora Lúcia Vânia (PSB), do deputado federal Giuseppe Vecci, (PSDB), e do presidente da Celg Par, Fernando Navarrete, o senador foi desmascarado na audiência que ele mesmo propôs para discutir a situação econômico-financeira e a privatização da Celg Distribuição.
O senador não apresentou documentos ou argumentos convincentes que corroborem suas afirmações de que a federalização foi desvantajosa para a empresa, ao contrário de Navarrete e dos parlamentares, que apresentaram números sobre a real melhora da companhia e condenaram a exploração política do tema por Caiado. Na ocasião, Lúcia disse que Caiado está tentando transformar o tema em palanque para fazer oposição ao Governo de Goiás.
Navarrete e Vecci ressaltaram que o processo de recuperação da empresa é fundamental para a manutenção do crescimento sustentável da economia do Estado, o que depende essencialmente da oferta de energia. A proposta de privatização é do governo federal, que detém o controle acionário da companhia, com 51% das ações – a Celg Par tem os outros 49%. Em seu perfil no Twitter, Ana Carla criticou duramente a tentativa de Caiado de politizar a agenda de reestruturação da Celg D.
“A responsabilidade e o compromisso com Goiás devem prevalecer @SenadorCaiado!”, disse a secretária da Fazenda no microblog, durante a realização de audiência pública, no Senado, ontem (28/9), sobre a recuperação da Celg. “A Celg não pode ser objeto de uma agenda política #MP677”, disse afirmou Ana Carla, defendendo inclusão de emenda à Medida Provisória número 677/2015 que garante a desdolarização da dívida da estatal com Itaipu.
Leia, abaixo, a íntegra dos últimos posts da secretária Ana Carla Abrão Costa em resposta a Caiado:
@SenadorCaiado A população goiana ganha com a repactuação da dívida da Celg. Pq o senhor é contra?
@SenadorCaiado Como representante de Goiás, o senhor deveria estar lutando pelo que é melhor para o Estado.
@SenadorCaiado Processo de recuperação Celg é assunto sério, diz respeito ao desenvolvimento de GO e não a interesses políticos.
@SenadorCaiado Essa reunião a que se refere nunca aconteceu, é importante que se registre.
@SenadorCaiado As discussões sobre a Celg devem ser técnicas e não norteadas por um debate politizado e baseado em falsas informações.
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