A crise econômica e social provocada pela gestão da presidente Dilma Rousseff parece não ter solução à vista. Que o digam os níveis de inflação, que em 12 meses já ultrapassam os 10% em cinco das 11 capitais brasileiras pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações são de reportagem desta quinta-feira (22/10) do jornal Correio Braziliense.
Divulgado ontem, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou um aumento de 0,66% em outubro, o resultado mais alto para o mês desde 2002. No acumulado do ano, a inflação já chega a 8,49% – 9,77% em 12 meses. Os índices são os maiores para os respectivos períodos desde 2003. Já as capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre já apresentam inflação superior aos 10%.
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, não está descartada a possibilidade da inflação atingir os dois dígitos neste ano. “Os dados apontam para inflação de dois dígitos neste ano, sobretudo se o governo aumentar a Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) que incide sobre a gasolina”, disse ao Correio o economista sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano.
De acordo com a publicação, a inflação de outubro foi impulsionada pelos três grupos que mais pesam no orçamento das famílias brasileiras: habitação, com alta de 1,15%, transportes, que sofreu aumento de 0,80%, e alimentação e bebidas, com alta de 0,62%. Os três foram responsáveis por 72,7% do IPCA-15.
Já o botijão de gás, com alta de 16,11%, a gasolina, que ficou 1,70% mais cara em outubro, e o etanol, que agora custa 4,83% a mais, também tiveram pesos expressivos na disparada do custo de vida do brasileiro.
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