O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), 53, morreu por volta das 3h30 desta segunda-feira (2), em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde 27 de maio.
O corpo de Déda será velado no Palácio-Museu Olímpio Campos. As informações sobre o enterro ainda não foram divulgadas. Déda deixa cinco filhos, sendo três filhas (Marcela, Yasmim e Luísa), do primeiro casamento, e dois filhos (João Marcelo e Mateus), frutos de sua união com a repórter-fotográfica, Eliane Aquino, primeira-dama e secretária de Inclusão Social.
Afastado do governo do Estado desde maio, Déda lutava contra um câncer no sistema gastrointestinal, descoberto no ano passado. Em 2009, o governador havia passado por cirurgias depois de os médicos identificarem um nódulo no pâncreas.
Com a morte de Marcelo Déda (PT), o vice-governador Jackson Barreto (PMDB) assume o governo até as eleições do ano que vem. A presidente da Assembleia Legislativa, Angélica Guimarães (PSC -SE), acumula as atribuições de vice-governadora. No fim de semana, Barreto havia suspendido eventos de que participaria no Estado após boletim médico divulgado no sábado (30) ter apontado a piora do estado de saúde de Déda.
Compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que batizou sua filha mais nova, Déda era uma das lideranças mais populares do Nordeste e uma das grandes referências do PT na região. Déda foi um dos fundadores do PT e foi eleito pela primeira vez em 1986, como deputado estadual. Em 1994, se tornou deputado federal, se reelegendo em 1998. Elegeu-se prefeito da capital sergipana, Aracaju, em 2000 e em 2004. Também venceu por duas vezes a eleição para o governo do Estado, em 2006 e 2010.
Déda costumava relatar que começou a trabalhar na criação do PT em 1979, durante a reforma partidária do governo Figueiredo, o último do período militar. Dessa reforma, a Arena, partido governista, se transformou em PDS. O MDB, em PMDB. O PTB, extinto na ditadura, reapareceu. E surgiram o PDT e o próprio PT.
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