13/04/2014

Etnofobia: prefeito gaúcho discrimina baianos e goianos e gera revolta

Etnofobia: prefeito gaúcho discrimina baianos e goianos e gera revolta




O prefeito Fernando Xavier da Silva praticou o crime de etnofobia contra goianos e baianos

O prefeito da cidade de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva (PDT), hostilizou goianos e baianos ao comentar o primeiro lugar do município no ranking estadual do Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese). Fernando pediu cautela na divulgação de uma feira comercial na cidade para evitar que a propaganda atraísse pobreza e estimulasse uma “invasão de goianos e baianos”.
Segundo reportagem publicada no jornal Contexto do dia 5 de abril, Xavier teria feito as seguintes declarações, em 31 de março, no evento da Festiqueijo:
“O que falar de uma cidade como a nossa, que não tem desemprego, limpa, que tem atendido uma série de necessidades básicas? Não temos favela, invasão, gente morando embaixo de lona, de madeirite. Mas temos que ter cuidado ao falar sobre isto. Se colocarmos que aqui só tem coisas boas, as pessoas pensam: ‘vou para lá!’ Botam a mudança em um caminhão, e vamos ver todas as coisas que não queremos. É importante dizer que, para vir pra cá, precisa ter profissão, estudo. Que o custo de vida aqui não é barato. Me parece que as pessoas que fizeram a mudança aqui erambaianos e goianos… não queremos isso para o município. Se vier uma infestação aqui de baianos e goianos, vai começar a ter fome, vão ter que invadir algum lugar… e passamos a ter problemas no futuro e quem sabe a nossa tranquilidade e qualidade de vida comecem a cair”.
O prefeito garante que foi mal interpretado. Segundo ele, bolsões de pobreza em grandes cidades podem ser provocados pela propaganda que políticos fazem dos municípios, sem que haja condições para atender a população migrante.
“O que nós enxergamos por esse Brasil afora, especialmente nas grandes cidades e já em algumas pequenas, é uma quantidade enorme de pessoas excluídas, passando enormes dificuldades. Isso tem que nos tocar enquanto cidadãos, afinal de contas são nossos irmãos”.

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