Diversos deputados, principalmente ligados ao movimento cristão, protestaram no Plenário da Câmara Federal, contra a utilização de símbolos religiosos cristãos na Parada do Orgulho LGBT, que ocorreu no último fim de semana, em São Paulo. No desfile, uma transexual seminua desfilou pregada a uma cruz, simulando a crucificação de Cristo. Outra imagem que causou revolta dos cristãos em todo o Brasil foi um homossexual introduzir no ânus um crucifixo, o principal símbolo do cristianismo.
O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), leu nota de repúdio. “Afrontar as crenças de milhares de brasileiros não assegura a ninguém o direito de ser igual. Não é pela força que se defende ideias, mas com a força dos argumentos. Não nos calaremos diante da atitude de intolerância”, disse.
Campos criticou ainda o fato de a parada gay ter recebido recursos públicos federais e da prefeitura de São Paulo. “É dinheiro público patrocinando a intolerância”, completou. Segundo ele, o objetivo do ato em Plenário é promover uma reflexão que leve à paz e encurte a distância entre os que pensam diferente. João Campos informou também que a Frente Parlamentar Evangélica vai processar as pessoas que profanaram os símbolos religiosos cristãos na Parada Gay de São Paulo.
Projeto de lei
Já o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) comentou a apresentação de requerimento de urgência para um projeto de lei apresentado por ele na última segunda-feira que torna a intolerância religiosa crime hediondo, com pena de até 8 anos (PL 1804/15). “Isso [o uso de símbolos cristão na parada gay é o contrário da tolerância religiosa”, disse.
Para ele, o ato dos deputados em Plenário é uma representação da união dos cristãos contra uma atitude que classificou de blasfêmia e de intolerância religiosa.
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