18/09/2024

Produção de tomate deve crescer 36,6% em Goiás


 Goiás deve registrar um crescimento de 36,6% na produção de tomate na safra atual, em relação à de 2023. O avanço é superior ao observado no território nacional (9,9%), e coloca o estado mais uma vez no topo do ranking da cultura.

É o que aponta a última edição do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, que leva em conta os dados colhidos em agosto, o aumento do rendimento médio por hectare da cultura deve chegar a 21,6%.

As demais culturas agrícolas com estimativa de variação positiva na produção em Goiás são: arroz (17,7%), mandioca (6,0%), café (5,8%), feijão 2ª safra (2,7%) e sorgo (2,7%). Entre esses produtos, devem registrar aumento do rendimento médio o café (+7,3%) e a mandioca (+1,6%), enquanto o feijão, o sorgo e o arroz têm a estimativa de crescimento da produção associada à expansão da área plantada.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, ressalta que os resultados positivos foram conquistados apesar das condições climáticas desfavoráveis que marcaram a safra atual, como falta de chuvas e altas temperaturas, fatores que impactaram a maioria das culturas no estado.

“A resiliência e a dedicação dos nossos agricultores, aliadas aos investimentos do Governo de Goiás em infraestrutura, tecnologia e assistência técnica, foram fundamentais para conquistarmos bons números. Continuaremos promovendo a adoção de tecnologias modernas e o acesso a crédito para os produtores rurais, a fim de fortalecer cada vez mais o agronegócio no estado”, declara.

Quanto à produção goiana de cereais, leguminosas e oleaginosas, que inclui a soja e o milho, o levantamento de agosto estima que, em 2024, serão colhidas 31,4 milhões de toneladas, em uma área de 7,4 milhões de hectares.

A participação de Goiás na produção dos itens que compõem esse grupo representa 10,6% do total do país, o que coloca o estado em 4º lugar no ranking nacional, atrás apenas de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

17/09/2024

Ipasgo Saúde agora tem rede de atendimento em Brasília


 


Pela primeira vez em quase 62 anos de história, o Ipasgo Saúde consegue expandir as fronteiras de serviços assistenciais para além de Goiás e passa a realizar atendimentos dentro do Distrito Federal. A expansão visa atender demanda antiga de cerca de 30 mil beneficiários do Entorno, que agora contam com novos 21 prestadores de serviço e 184 filiais localizadas em Brasília, todos credenciados este ano.

Com a estruturação da rede em Brasília, anunciada pelo governador Ronaldo Caiado em coletiva de imprensa na segunda-feira (16/9), os beneficiários que residem nas proximidades do Distrito Federal passam a contar com 96 laboratórios, 67 centros de diagnósticos, 9 clínicas médicas e 2 clínicas odontológicas, 3 hospitais especializados em oftalmologia e um em psiquiatria, além de um hospital geral e serviço de home care.

“Nós seguimos ampliando a rede credenciada na região do Entorno e, atualmente, já temos mais de 300 pontos de atendimento para os beneficiários do Ipasgo Saúde. A demanda é antiga da região e nós não deixamos de atender. Seja em Brasília ou na região do Entorno, temos uma rede credenciada que está em constante fase de ampliação”, diz Ronaldo Caiado.

O Hospital Anchieta, unidade Ceilândia; as redes Laboratório Exame, Grupo Sabin e Oncoclínicas são exemplos de prestadores em Brasília.

Ipasgo Saúde no Entorno

Além de criar uma rede inédita em Brasília, o Ipasgo Saúde também fortaleceu a estrutura de atendimento nas cidades do Entorno. Desde o início do ano passado, o Distrito Federal e Entorno passaram a contar com 35 novos prestadores e 216 novas unidades de atendimento. Agora a região tem, ao todo, 142 prestadores e 347 filiais. Até 2022, o Ipasgo Saúde tinha 107 prestadores, com 131 filiais.

E a rede continuará em expansão. Neste momento está em negociação um centro de hemodiálise, que tem duas unidades na capital federal; e um hospital de Luziânia.

“Como autarquia, anteriormente, não podíamos credenciar ninguém fora de Goiás. Já com a nova personalidade jurídica é permitido que o Ipasgo Saúde faça credenciamentos diretamente com os prestadores, o que possibilitou essa expansão para o Distrito Federal”, acrescenta o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius Luz.

Até agora os beneficiários do Entorno do DF têm atendimento em 16 cidades: Brasília, Alvorada do Norte, Formosa, Águas Lindas, Cidade Ocidental, Cristalina, Luziânia, Novo Gama, Santo Antônio, Valparaíso, Alexânia, Corumbá, Padre Bernardo, Pirenópolis, Goianésia e Niquelândia.

16/09/2024

Mabel sobre para 23,7% e aumenta a diferença para Adriana e Vanderlan em Goiânia, mostra pesquisa IGAPE


 Saiu mais uma rodada da pesquisa do Instituto Gazeta de Pesquisas. O candidato Sandro Mabel (União Brasil) está à frente na disputa pela Prefeitura de Goiânia.

No cenário de pesquisa espontânea, onde os eleitores indicam livremente seus candidatos, Mabel lidera com 16,1%, seguido por Adriana Accorsi (13,1%) e Vanderlan Cardoso (9,7%). Fred Rodrigues aparece em quarto lugar com 6,2%, e os outros nomes como Rogério, Matheus Ribeiro e Professor Pantaleão somam, juntos, 9,1%. Um total de 46,5% dos entrevistados se declarou indeciso ou não soube responder.

Já no cenário de pesquisa estimulada, onde os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores, Mabel também se mantém na liderança, com 23,7% das intenções de voto. Em seguida, Adriana Accorsi (PT) aparece com 19,8% e Vanderlan Cardoso (PSD) com 19,1%. A pesquisa ainda revelou que 1,7% dos eleitores não votaria em nenhum dos candidatos apresentados, enquanto 5,4% optaria por votar branco ou nulo. Outros 9% não souberam ou preferiram não responder.

Rejeição

Na questão de rejeição, Rogério Cruz é o candidato com o maior índice, sendo rejeitado por 28,5% dos eleitores, seguido por Adriana Accorsi (23,6%) e Fred Rodrigues (8,8%). A pesquisa ainda revelou que 1,7% dos eleitores não votaria em nenhum dos candidatos apresentados, enquanto 5,4% optaria por votar branco ou nulo. Outros 9% não souberam ou preferiram não responder.

SEGUNDO TURNO

O Instituto Gazeta de Pesquisas ainda avaliou possíveis cenários de segundo turno entre os candidatos mais bem posicionados para a prefeitura de Goiânia. Confira:

METODOLOGIA

Os dados foram coletados em Goiânia no período de 09 de setembro de 2024 a 12 de setembro de 2024, abrangendo entrevistas com moradores de 16 anos de idade ou mais. A seleção das pessoas entrevistadas seguiu quotas proporcionais às variáveis de sexo, faixas etárias, escolaridade e faixas de renda.

No total, foram realizadas 800 entrevistas, utilizando questionários estruturados de acordo com os objetivos da pesquisa.

Quanto ao intervalo de confiança, com um grau de confiabilidade de aproximadamente 95%, a margem de erro estimada para a amostra total é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos, não sendo aplicável a cruzamentos ou filtragens de dados.

A pesquisa, contratada pela TV Atual Record News, foi devidamente registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o n.º GO-03654/2024.

Com informações da Gazeta do Estado.

15/09/2024

Instituto Diagnóstico: Vanderlan, Mabel e Adriana tecnicamente empatados. Segundo Turno indefinido em Goiânia.


 

Vanderlan, Mabel e Adriana Accorsi estão tecnicamente empatados na pesquisa estimulada e espontânea

O instituto de pesquisas Diagnóstico Pesquisas de Comportamento realizou no período de 10 até 12 de setembro de 2024 uma pesquisa de intenção votos em Goiânia. O levantamento ouviu 625 eleitores de Goiânia tendo nível de confiança de 95% e a margem de erro amostral é de 4% para mais ou para menos nos dados da amostra global. A pesquisa foi registrada no TSE (PesqEle) sob o nº 02332/2024. O relatório do Instituto Diagnóstico traz um diferencial em relação as eleições em Goiânia. O instituto apresenta um cruzamento de dados envolvendo as zonas eleitorais da capital, o que permite verificar de modo exclusivo onde cada candidato aparece bem ou mal pontuado em Goiânia.

ESPONTÂNEA

Na pesquisa Espontânea, onde nenhum nome ou cartela é apresentado ao entrevistado, o candidato Sandro Mabel (União Brasil) aparece na liderança com 17,6%, na sequência aparecem Adriana Accorsi (PT) e Vanderlan Cardoso (PSD), os dois cpom 14,1%. Fred Rodrigues (PL) aparece em quarto lugar com 6,9%. O candidato Matheus Ribeiro (PSDB) tem 2,9%, Rogério Cruz (Solidariedade) tem 2,7% e o Professor Pantaleão (UP) apareceu com 0,2% das intenções de votos. Branco/Nulo 4,3%, Não Sabe/Opina 36,8%.


ESTIMULADA

Na pesquisa estimulada, quando um disco com os nomes dos candidatos é apresentado ao entrevistado, os números diferem um pouco da pesquisa espontânea. O triplo empate técnico é verificado, mas com alteração na posições dos nomes. Na estimulada é Vanderlan Cardoso que aparece numericamente á frente com 22,6% das intenções de voto. Em seguida vem Sandro Mabel com 21,1% e Adriana Accorsi com 19,5%. Fred Rodrigues vem 9,9%, Matheus Ribeiro 7,7%, Rogério Cruz 4,2%, Professor Pantaleão 1m1%. Não votariam em Nenhum/Branco/Nulo 7,5% e Não Sabe/Opina 6,4%.

REJEIÇÃO

O Instituto Diagnóstico, de forma estimulada, também perguntou ao eleitor goianiense em que ele não votaria de jeito nenhum. A candidata Adriana Accorsi é a mais rejeitada com 30,1%. Depois vem o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz que tem 26,9% de rejeição na capital. Professor Pantaleão tem 14,9%, Fred Rodrigues 14,4%, Vanderlan Cardoso 9,1%, Sandro Mabel 7,5% e Matheus Ribeiro é menos rejeitado com 7,0%.


SIMULAÇÃO DE SEGUNDO TURNO

Na simulação de Segundo Turno o Instituto Diagnóstico testou três possibilidades. Na hipótese de um Segundo Turno entre Vanderlan Cardoso e Adriana Accorsi a vitória seria de Vanderlan por 50,4% contra 28,6%;

Já na simulação de um Segundo Turno entre Sandro Mabel e Adriana Accorsi a vitória seria de Mabel por 48,0% contra 34,4% de Adriana Accorsi.

Na terceira possibilidade de Segundo Turno testada pelo Instituto Diagnóstico o embate seria entre Sandro Mabel e Vanderlan Cardoso. Nesse caso a vitória seria de Vanderlan Cardoso com 44,5% das intenções de votos contra 37,3% de Sandro Mabel.

CLIQUE AQUI E VEJA O RELATÓRIO COMPLETO DA PESQUISA DIAGNÓSTICO EM GOIÂNIA!

14/09/2024

Balança comercial goiana atinge superavit de R$ 5 bilhões


 O estado de Goiás alcançou um superávit de US$ 5 bilhões na balança comercial entre janeiro e agosto de 2024, conforme relatório divulgado pela Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais, ligada à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC). Esse resultado se deve a US$ 8,8 bilhões em exportações e US$ 3,7 bilhões em importações.

Em agosto de 2024, o saldo comercial de Goiás foi de US$ 356 milhões, com exportações atingindo US$ 998 milhões e importações somando US$ 642 milhões. No ranking nacional, Goiás ocupa a 8ª posição em exportações e a 11ª em importações.

“Na feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central 2024, realizada aqui em Goiânia, no mês de agosto, Goiás se evidencia por sua competitividade e parcerias no mercado internacional, gerando emprego, renda e desenvolvimento sustentável para o estado”, reitera o titular da SIC, Joel de Sant’Anna Braga Filho.

O município de Rio Verde manteve sua posição como maior exportador de Goiás, com a China sendo o principal destino das exportações goianas, representando 33,17% em agosto e 50,82% de janeiro a agosto de 2024.

Anápolis destacou-se como o município com maior volume de importações em 2024, tendo a China como a principal origem dos produtos importados, com 19,37% em agosto e 20,36% no acumulado do ano. Os produtos mais exportados em agosto incluem o complexo da soja (38,71%), carnes (17,34%) e o complexo do milho (13,09%).

No cenário nacional, a balança comercial brasileira registrou um saldo positivo de US$ 4,8 bilhões em agosto de 2024, com exportações de US$ 29 bilhões e importações de US$ 24 bilhões. De janeiro a agosto de 2024, o superávit do Brasil foi de US$ 54 bilhões.

12/09/2024

Demóstenes Torres consegue absolvição do jornalista Luiz Gama da acusação de homofobia contra Matheus Ribeiro



 


Luiz Gama foi absolvido dos crimes de homofobia e transfobia por unanimidade de votos no TJ-GO

O escritório DEMÓSTENES TORRES E ADVOGADOS ASSOCIADOS conquistou mais uma vitória ao lograr êxito numa apelação criminal na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás em favor do Jornalista e Cientista Político, Luiz Carlos Alves, conhecido na mídia brasileira como Luiz Gama. O caso em questão foi a acusação de Homofobia e Transfobia que Luiz Gama teria cometido contra o também jornalista Matheus Ribeiro e que teve grande repercussão na mídia nacional.

Na primeira instância em julgamento na 5ª Vara Criminal de Goiânia, Luiz Gama havia sido punido com duas penas restritivas de direito, consistentes em prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas e prestação pecuniária no valor de 01 (um) salário mínimo, além do pagamento de 10 (dez) dias-multa e de indenização, como forma de reparação pelos danos morais coletivos, arbitrados em R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do Centro de Referência Estadual da Igualdade.

Os advogados Dr. Demóstenes Torres, Dr. Thiago Costa e Dr. Caio Alcântara conseguiram reverter à unanimidade de votos da Quarta Turma Julgadora da 3ª Câmara Criminal do TJ-GO a decisão de primeira instância.

O Ministério Público e o relator da ação, Desembargador Fernando de Melo Xavier, acataram a tese defendida por Demóstenes Torres e Thiago Costa, que alegaram aticipidade de conduta, uma vez que a equiparação da homofobia e transfobia aos crimes de discriminação pela ADO n.º 26/DF não se aplica retroativamente a fatos ocorridos antes de sua publicação. A defesa mostrou também que o princípio da legalidade penal veda a punição por fato que, à época de sua ocorrência, não era tipificado como crime.

Desta forma, por unanimidade o jornalista Luiz Gama foi absolvido dos crimes lhe imputados de homofobia e transfobia.

Veja o voto do relator, a decisão do TJ-GO que absolveu Luiz Gama e a Ata do Julgamento!

 

11/09/2024

O homem arruinou a Terra e é hora de salvá-la. Leia agora o artigo de Demóstenes Torres!

Falta umidade e sobra fogo no planeta; do madeireiro ao ambientalista de gabinete, a responsabilidade é difusa e coletiva

São Paulo começou esta semana como a metrópole mais irrespirável da Terra, segundo a AQI (Switzerland Air Quality Index and Air Pollution), plataforma de Zurique que mede a qualidade do ar podre e quente nas supercidades. O maior aglomerado urbano tem o problema dos demais, não importa o número de habitantes, todos vítimas do desrespeito.

O grito mais doloroso foi lançado há 2 meses pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria):

“465 menores de 5 anos morrem por dia no Brasil em razão de doenças potencialmente causadas ou agravadas pela poluição do ar”.

465 por dia! Enquanto se vê um jogo de futebol, sem os acréscimos, morrem 30 crianças como efeito do pessoal acelerando lá fora, dos setores da indústria ainda não adaptados à sobrevivência alheia e arquitetos de genocídio, de acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Acompanho a degradação dos rios e não é história de pescador. O rio Madeira, um dos 4 maiores do país e 17º do globo, é meu lar durante algumas semanas por ano. A vasta cobertura virou uma quitinete. A cada visita me surpreendo com a rotina do horror da largura e da fundura do que anos antes foi mar. Era um mundo, secou.

Aqui, ali, pululam nos grupos de WhatsApp atravessando-se a pé o Araguaia. O rio Negro não precisa nem de nado. Meu amado Pantanal está deixando de justificar o nome por lhe faltar o pântano. Falta umidade, sobra fogo, falta peixe, sobra fumaça. Chorar em seus leitos não acrescentará líquido ou tempo à existência desses tesouros naturais. Valham-nos as ciências. Inclusive, a jurídica.

O asteroide pequeno ressaltado por Zé Ramalho parece, infelizmente, fadado ao extermínio graças a uma de suas espécies, felizmente a que pode salvá-lo. O homem enfiou a Terra nesta encrenca e tem o dever de pesquisar e descobrir a solução para o ar, as águas, as florestas e os bichos. Se falhar por incompetência ou omissão vai desaparecer junto.

Fosse problema apenas de nações pobres, que o ufanismo classifica de “em desenvolvimento”, poderíamos preparar as despedidas coletivas, mas os ricos estão no mesmo barco encalhado. Portanto, o “epa!” tem o respiro do “oba!”.

Nos Estados Unidos, o mítico Mississipi seria lamentado por quem o cantou, Mark Twain. O rio Colorado está sumindo. O rio Yang-Tsé, número 1 da China, secou tanto que neste mês a ditadura local anunciou o lançamento de produtos químicos nas nuvens para esperar chuva. Igual está ocorrendo com seu maior lago de água doce, o gigantesco lago Poyang, chamado de “rim da China”.

As cenas são de necrose aguardando a diálise que nunca chega. No Mar Cáspio, que separa a Ásia da Europa, evapora mais água do que chega e o destino a médio prazo é nada sobrar.

Do madeireiro ao ambientalista de gabinete, da petroleira multinacional às entidades pilantras, a responsabilidade é também difusa e coletiva. Do gênero das passeatas pedindo o fim da violência a facções sustentadas pelo tráfico e pela corrupção, os protestos anti-hecatombe da natureza parecem tão patéticos quanto inúteis.

A polarização da política nacional se esborrachou nessa armadilha. Há quem comemore que em tal período foram desmatados tantos campos de futebol a menos que neste mesmo lapso temporal do semestre corrente. Nenhum sino dobrando pelas árvores que sucumbiram sem reflorestamento.

Ou mexe na conta bancária dos dirigentes da mineradora sem compliance ou a asfixia das populações continuará a quebrar recordes. Ou tolhe a liberdade individual de espalhador de plástico nos oceanos ou logo vão virar sertão e dá no coração de Sá & Guarabira a dor de reconhecer que o sertão vai virar mar. O rio São Francisco, lá para cima ou para baixo da Bahia, vai subindo depressa e a água salgada atrás, célere, tomando a frente do ‘Velho Chico’.

 

 

Não se resolve o calor com aparelho de refrigeração, mas com punição severa a quem o provoca. Outra saída é o cancelamento. Veja-se que aqui se sugere a contramão da modernidade: privação de bens e capital, profusão de grade e fim de redes. É a única língua inteligível a desmatadores ilegais, sujismundos de cursos d’água e congêneres bandidos do meio ambiente.

Esqueça-se a cantilena de que eles precisam deixar um local melhor para os netos morarem. Nem ouvem. Querem o deles nas Cayman, pois nenhum homem é uma ilha, mas alguém com uma ilha ninguém humilha.

Há resistência à redenção. Em todos os cargos que exerci tive de enfrentar os tais ecologistas (termo usado à época) de shopping e seus a um só tempo antípodas e próximos, os destruidores de rios e florestas.

Como professor da rede pública, os algozes eram os ônibus velhos despejando nuvens tóxicas a tal ponto que os alunos chegavam à aula com a camisa branca nem tão alva. Como promotor, os vilões enfrentados emporcalhavam a belíssima Chapada dos Veadeiros, que arde em chamas nesses dias de fogo, o Vão do Paranã, o Vale do Araguaia.

Como procurador-geral de Justiça, criei a Promotoria Ecológica Móvel para enjaular agressor dos recursos renováveis onde ele estivesse. Na Secretaria de Segurança Pública e Justiça de Goiás, repeti o sucesso com a Delegacia do Meio Ambiente a bordo de um barco a deslizar pelo Araguaia, contra e a favor da corrente. No Senado, empreendi esforço parecido nos projetos, inclusive, para tornar o cerrado patrimônio nacional.

Resultado: parece que tudo deu em nada, não só nas minhas ações, como na de tantos que ao menos tentaram.

É aí que volta à cena o cancelamento. As mídias sociais que prendem bilhões de pessoas às telas podem movimentar esse público e prender, literalmente, os facínoras dos recursos naturais renováveis. Cancelem as empresas que funcionam. Exibam a cara do infrator que funciona. Partam para a ignorância que funciona. É o homem furioso salvando o semelhante de sua própria fúria.

 

10/09/2024

Justiça Eleitoral suspende a divulgação da pesquisa Serpes para prefeito em Goiânia


 

O juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 135ª Zona Eleitoral, da Capital, atendeu a coligação do prefeito Rogério Cruz que alega várias irregularidades da pesquisa Serpes/O Popular.

A Justiça eleitoral de Goiás, por meio do juiz eleitoral Alessandro Pereira Pacheco, determinou a suspensão da divulgação da pesquisa SERPES/O Popular que foi publicada no último sábado, 07 de setembro. Nesta pesquisa o Serpes apontou crescimento do candidato Sandro Mabel (UB) na disputa pela prefeitura de Goiânia. Segundo a decisão do magistrado, a pesquisa não atende os requisitos legais e apresenta irregularidades, como a ausência de dados que comprovem os resultados obtidos.

A decisão da justiça atende uma representação feita pela Coligação Todos por Goiânia, formada pelos partidos Solidariedade, Mobiliza, PDT, PRTB e DC e que tem como candidato o atual prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. A coligação apontou que a pesquisa apresentou uma série de irregularidades nas informações sobre a amostra coletada, o que impede a verificação da precisão dos dados e põe em dúvida a confiabilidade do levantamento.

Na determinação, o juiz pontua que houve a “a ausência do número de eleitores pesquisados por bairros/localidades”, a “não apresentação da comprovação da origem dos recursos despendidos na pesquisa”, e também alegou que “a estratégia da empresa de pesquisa faz com que os candidatos Vanderlan, Adriana e Sandro, tenham mais chances de serem escolhidos pelos eleitores do que os demais candidatos Rogério, Matheus, Fred e Prof. Pantaleão, induzindo os entrevistados a erro e os colocando em posição de destaque”, concluindo que “a forma como o questionário foi construído altera os resultados”.

“Para a concessão da liminar, entendo que estão presentes os pressupostos legais do ‘periculum in mora’ (perigo na demora) e ‘fumus boni iuris’ (fumaça do bom direito), havendo verossimilhança em pelo menos parte das alegações feitas na inicial, havendo indícios que foram detectadas circunstâncias ofensivas à legislação e jurisprudência eleitoral, que podem afetar a confiabilidade da pesquisa realizada e que justificam o reconhecimento, pelo menos em análise preliminar,o reconhecimento da antecipação da tutela”, explicou o juiz eleitoral na decisão em caráter liminar.

De acordo com o magistrado, “caso não seja impedida a sua publicidade [da pesquisa], pode interferir indevidamente na livre escolha do eleitor, por gerar uma percepção distorcida da realidade, com a divulgação de informações, que a princípio, podem não refletir a realidade do eleitorado goianiense, ao final, afetando o pleito”.

Dados obrigatórios ausentes na pesquisa Serpes

Entre os dados obrigatórios inicialmente ausentes na pesquisa Serpes/O Popular, o juiz notou “a ausência do número de eleitores pesquisados por bairros/localidades”. “Não há informações sobre o número de eleitores pesquisados em cada setor censitário, constando apenas o nome dos bairros, fato que desrespeita frontalmente o disposto no artigo 2º, § 7º, inciso IV da Res./TSE n. 23.600/2019.”

Na decisão, o magistrado aponta que não consta nos documentos referente à pesquisa a “origem dos recursos despendidos na pesquisa – nova exigência – Res./TSE n.º 23727/24 – Ausência do demonstrativo do resultado do exercício do ano anterior ao da realização das eleições – ainda que realizado com recursos próprios”. E descreve que “não há informações sobre o Demonstrativo do Resultado do Exercício do ano anterior ao da realização das eleições, da empresa que contratou a pesquisa”.

O juiz Alessandro Pereira Pacheco entendeu que a pesquisa não atende aos requisitos legais para garantir a integridade das informações e determinou a suspensão imediata da divulgação da pesquisa realizada pela SERPES Pesquisas de Opinião e Mercado Ltda., registrada sob o número GO-07357/2024, e publicada pelo jornal O Popular. A decisão também afeta o veículo de imprensa e o candidato Sandro Mabel, que devem retirar qualquer referência à pesquisa de suas publicações e plataformas.

Desse modo, considerando a alegação do juiz de que “a falta de dados adequados e a manipulação de informações são inaceitáveis e colocam em risco a lisura do processo democrático”, a Serpes, o Jornal O Popular e o candidato Sandro Mabel devem retirar imediatamente quaisquer publicações relacionadas à pesquisa e fornecer esclarecimentos sobre as irregularidades apontadas.